Cap 26

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Corro desesperadamente para alcança-lo mas ele tinha sumido. Entro na sala e vejo os meninos discutindo. Yan e Kitan seguravam Victor.
— Ele vai matá-lo! — Victor vociferou.
— Ele tá aprontando faz tempo tu sabe que ele não vai segurar. — Alec disse o segurando nervoso quando Jace aparece com Cassy.
— Não consegui alcança-lo. — Ele olha para mim e Cassy corre me abraçando.
— Blaire você está bem? — Ela perguntou.
— Me deem algum objeto do Alex. — digo a ignorando.
Eles me olham um pouco curiosos quando Jace corre e aparece com casaco.
— Isso é dele, ele me emprestou semana passada serve?
— Sim. — digo pegando o casaco. — também preciso do sangue de alguém da família dele — digo olhando para Cassy.
— De jeito nenhum – Replica Jace. — Pra quê tudo isso?
Não respondo e me viro para Cassy.
— Se você quer salvar o seu irmão me dê seu sangue.
Ela me olhou um pouco assustada pelo jeito que falei com ela, manteve o olhar por alguns segundos e em seguida acenou com a cabeça.
Fomos para cozinha e ela se cortou. Pude ver Jace olhar para mim com raiva mas o ignorei, como fiz a todos. Pego o copo de sangue e corro para o quarto, eu não tinha tempo de bolar um bom feitiço de transparência mas podia anular o cheiro de Alex, de forma que Athos não o encontrasse. Jogo o sangue na bacia.
— Suantehá nasvoker lashy yunturé lá sibia
Rasgo um pedaço do casaco e o jogo no sangue.
— Shitsubierna yonkai.
Passei quase toda energia para aquele feitiço e vi a luz do quarto se apagar o que significava que tinha funcionado. Suspiro de alívio. Desço as escadas e os meninos me olham, eu não devia uma explicação mas decidi dizer algo. Se eu estivesse no lugar deles eu gostaria de saber.
— Usei um feitiço de anulação, o cheiro de Alex estará anulado por um tempo.
— Não sabia que era bruxa. — Cassy diz e eu a ignoro.
Nos sentamos no sofá e ficamos por horas e horas ali, olhando para o teto branco, esperando e rezando para que estivesse tudo bem. Fiquei pensando em toda aquela situação,   Tudo aquilo por minha causa, o Athos estar daquele jeito, não consigo esquecer aquela imagem obscura dele naquele cômodo sombrio, cheirando aquilo, eu sei que o Athos não liga pra mim e estava fazendo o papel de macho alfa dele em querer matar o Alex mas eu sabia que era por mim. Olho para o relógio e são oito da manhã quando escutamos um barulho, Athos abriu a porta com uma cara surpreendente de que nada tivesse acontecido e foi pra cozinha.
— Graças à Deus. — Victor sussurrou.
Todos sabíamos que o feitiço dera certo e ele não conseguira pegar o Alex. O pessoal levantou e foi dormir mas no meio da escada decidi ir pra cozinha quando sinto um braço me puxar.
— Você tem certeza disso? — Cassy me pergunta.
Eu já estava cansada daquilo.
— Se estou indo é porque tenho certeza.
— Blaire eu não sei o que fiz pra você me tratar assim.
Olhei no fundo dos olhos dela e fui para a cozinha. Athos estava fazendo um sanduíche com qualquer coisa que estava na geladeira, me encostei na porta e cruzei os braços.
— Teve sucesso? — Perguntei erguendo a sobrancelha, não sei porque acho que iria morrer hoje.
— Depois do seu feitiço foi impossível acha-lo— Ele disse sem sequer olhar pra mim.
Ele mordeu o sanduíche e ficou olhando o horizonte da janela.
— Fico feliz que esteja bem.
Ele se virou com olhar duro olhando diretamente para mim.
— Você fica feliz porque sabe que ele está bem.
— Athos, eu me preocupo com você.
— Que merda de preocupação é essa?
— Será que não dá pra gente se falar sem brigar?
— Você dá mole pra um cara que trabalha pra mim, some e volta com o cheiro dele, beija ele e ainda quer que eu seja suportável? EU NÃO SOU TROUXA PORRA. VAI, FAZ SUAS MAGIAS PRA FICAR LONGE DE MIM E DÁ O FORA EU CANSEI DE VOCÊ BLAIRE, EU SOU UM DEMÔNIO NÃO TENHO TEMPO PRA UMA CRIANÇA RIDÍCULA QUE SÓ PENSA EM SÍ PRÓPRIA.
Ele saiu da cozinha me deixando ali, com a cara no chão. Ele tinha me mandado embora! Eu não acredito! Subo as escadas o mais depressa possível e pego a minha mala. A sala estava cheia, e eu não iria passar pelos meninos. Pulo a janela e corro sem rumo, eu ainda não acreditava nas palavras dele, porque doía tanto? Era verdade tudo aquilo? Acho que sim, até agora perto dele fui uma criança ridícula. Diferente dos outros dias a avenida estava cheia, era dia de semana e estava chuvoso apesar de não cair nenhum pingo de água até agora. Paro em uma lanchonete para tomar café e peço bacon com ovos, tinha tanto tempo que eu não comia aquilo. Depois de comer olho para fora e reparo que por causa do tempo parecia estar tarde, mas era apenas 12h. Saio da lanchonete e ando em direção ao ponto de Taxi quando sinto uma mão em minha boca.  Alguém me arrasta até um beco, eu me debatia como louca mais era impossível, o cara subiu em cima de mim e mordeu meu pescoço. Era tudo tão rápido tão horrível. Empurro ele de lado e pego um caco de vidro, ele vem pra cima mas tento enfiar nele quando percebo que ele tinha uma força sobrenatural o caco de vidro começou a flutuar então percebi que ele era bruxo.
— Bruxinha, vou sugar seu poder pra mim.
MERDA. Em um segundo vejo que seu corpo não estava mais em cima do meu e ouço um estrondo, olho para trás e vejo Athos com a cabeça do cara na mão. Seus olhos estavam vermelhos e ele andou até mim. Aquele estado dele me arrepiava mas eu permaneci imóvel, suas mãos pegaram meu rosto de uma forma... Menos bruta.
— Não vou deixar você escapar de novo.
Mesmo depois de tudo que eu fiz, ele estava aqui e agora na minha frente, com seus olhos vermelhos e sua pose de indestrutível. Ele me puxa pra si sem demora e morde meu pescoço, em cima da mordida que o cara tinha me dado, mas a mordida do Athos era diferente, era prazerosa. Subo minhas mãos até a sua nuca e o puxa mais pra mim, ele se afasta e puxa minha coxa para si me encostando na parede, ele me ergue e nos beijamos descontroladamente, sinto a ardência que era saciada ao senti-lo encostar em mim, ele sabia exatamente onde tocar, onde beijar, como me fazer ficar de uma forma que ninguém nunca fez. Sinto as gotas geladas da chuva mas continuamos a ignorando aquilo estava tão bom, senti-lo estava tão bom.
— Vamos pra nossa casa.

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