Cap 28

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Estava de tarde e eu não notei a presença de Athos quando acordei, seu cheiro estava impregnado em mim de forma que dava até dor de cabeça de tão bom. Eu estava com um sorriso no rosto e não sabia porquê, talvez porquê fosse a primeira vez que eu fazia aquilo com ele no quarto, no nosso quarto... Não sei, dessa vez foi diferente das outras vezes, tinha algo que eu não sabia explicar. Desço as escadas e vou até a cozinha pois estava com uma fome de dez mendigos e uma sede de um camelo da arábia saldita. Chego na bancada e me espanto, tinha um café preparado com um bilhete. Pisquei os olhos umas quinze vezes, não.. Me belisquei.. Era um bilhete de Athos? O que? Como assim gente?
"Coma, você deve estar cansada. Estou treinando lá fora"
Eu não vou nem encostar nesse negócio! Deve estar envenenado... É isso explica tudo, ele deve ter envenenado pra não ser mais "bom" comigo.. Olho para aquele café que parecia delicioso e minha barriga ronca. Okay, Okay. Pego o pão doce e dou um gole no suco natural de laranja que é o meu favorito, espera, como ele sabia disso?? Enfim como tudo e lambo os dedos saciada. Agora é só esperar o veneno fazer efeito. Sentada na bancada olho o relógio que demora a passar.. Quer saber vou ver o que o estrume está fazendo. Saio da casa e não vejo nada além de um jardim sem fim, percorro aquele corredor admirando as flores alinhadas e bem cuidadas que decoravam aquele ambiente, ouço barulhos e sei que é Athos pelo cheiro, ando devagar para que ele não note minha presença e fico atrás de uma árvore. Ele estava sem blusa e suado, fazia um circuito pesado em uma academia ao ar livre que tinha atrás da casa e um pouco dentro da mata, é, essa casa é cheia de surpresas.
— Já me admirando? — Ele diz sem sequer olhar para mim, em seguida ao não ouvir minha resposta se vira e ergue uma sobrancelha.
— Estava envenenado não é mesmo? — estreito os olhos saindo detrás da árvore.
— Eu sei ser bom de vez em quando.
Ele dá de ombros e volta a treinar. Vejo um tatame no chão e dois quimonos, pego um e tiro a roupa ali mesmo, vejo o olhar do Athos me comer com os olhos e ainda provoco tirando vagarosamente a roupa, visto o quimono e viro para Athos. Ele ri.
— Qual é a graça? — pergunto cruzando os braços e revirando os olhos
— O que pretende fazer com isso? — Ele me olha de cima a baixo.
— Te vencer.
Ele para os abdominais e levanta andando com seu olhar amedrontador até mim, ele gostava daquilo, de me fazer de presa, mas o que eu odiava era que eu amava isso. Ele se aproxima de mim e eu me forço a não recuar.
— Está me desafiando? — Ele morde os lábios
— Preciso repetir? — digo olhando em seus olhos. Sinto sua mão apertar minha coxa com força e ele solta, ele desabotoa a calça olhando em meus olhos, puta que pariu ele não pode parar se ser gostoso? Ele veste o quimono e vamos para o tatame. Mal ele pisa eu derrubo o brutamonte mas ele me vira, droga! Ele vai quebrar meu braço, giro meu corpo e fujo das suas pernas que tentam me prender, ficamos em pé novamente e ele me ataca mas caio por cima dele e dou um mata leão forte, ele fica sem respirar mas não transparece nada mantenho o mata leão por quatro minutos e Athos continua imóvel, mal meu braço se afrouxa ele me imobiliza ficando por cima de mim, sua respiração estava forte, eu poderia tê-lo matado se continuasse daquele jeito mas ele nunca iria se render. Sorrio e ele me olha.
— Que tipo de garota sorri em uma batalha?
— O mesmo tipo que quase te matou e você não falou nada.
— Só existe uma coisa que pode me matar. — Ele me solta mas continua por cima de mim.
— E o que é?
— Você.
Ele se aproxima e por um impulso meu agarro sua nuca e mato a distância entre nossos lábios. Me afasto com aquela atitude mas ele se aproxima novamente e sinto seus lábios macios e firmes nos meus seus movimentos intensos me fazem suspirar, sua língua pede passagem em minha boca e travo uma briga constante entre ela e a minha, sinto algo frio em minha testa mas ignoro, ele puxa minha nuca para si intensificando o ato e desce para meu pescoço, sinto mais gotas geladas e percebo que a chuva cai grossa e rápida. Ele me olha e olhamos para a casa.
— Quem chegar por último faz o jantar. — digo já saindo correndo como uma criança.
Corro desesperadamente pelo jardim e chego a escadinha da varanda para entrar na casa, sinto o braço do Athos me puxar pelo pé e eu caio puxando ele junto. Levanto mas ele me puxa e caio em cima dele na beirada da porta.
— Parece que houve um empate não é mesmo? — ele diz sorrindo. — Vamos cozinhar juntos .
— Você? Ó sétimo filho da sétima geração de Alfas originais sabe cozinhar?
— Melhor do que você.
Reviro os olhos.
— Veremos — digo me levantando e indo para a cozinha.
  Acabou que fizemos o jantar juntos. Depois de comermos vimos um filme, lembro que eu estava deitada em seu peito e meus olhos se fecharam.
  Acordei cedo ao ouvir o despertador, enquanto eu ainda estava deitada olhando a bunda maravilhosa daquele homem que saía do banheiro após um banho, as gotas de água desciam em seu peitoral à minha frente, sorri sozinha, não é possível já acordo sendo tentada! Ele colocava um terno cinza em um tom escuro, ri ao pensar que ele poderia ser o sr.grey. Pensei em elogia-lo ao vê-lo tão chique e sexy com aquela roupa mas achei que ele se acharia demais então só perguntei a questão  que não queria calar.
— Onde você vai assim?
Ele se virou abotoando a blusa de forma sexy.
— Vou resolver algumas coisas na Mamba.
Franzi o cenho, o quê?
— Não quero te deixar aqui sozinha, sem dizer que é torturante ficar longe dessa sua buceta — Ele me olhou mordendo os lábios  — Então se arruma que você também vai.
Mesmo não fazendo a menor ideia do que era aquela tal mamba, acabei concordando.

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