Cap 40

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  Finalmente era o dia da batalha, havia um grande campo entre os dois castelo, lugar ideal para aquilo. Eu estava nervosa, meu corpo todo tremia olho para Roxy que estava vestida como maga ao meu lado, seu capuz de cor púrpura brilhava. Não havia sol, havia muitas nuvens, provavelmente choveria, Dante estava vestido como normalmente e eu também, mas tinha alguns esconderijos na minha calça, onde eu guardava facas e entre outras coisas.
Dante saiu do castelo primeiro, sinto a tensão e olho para Roxy, ela percebe e toca meu ombro como forma de conforto. Era a minha hora, era a minha vez. Saio do castelo e fico impressionada, milhares de vampiros estavam ali, eu ainda não tinha percebido a dimensão da coisa, todos eles olhavam para mim e para o Dante, mas especificamente para mim. Eu era a prova viva de que podíamos vencer os originais lobos. Logo Roxy sai com o resto das pessoas do castelo. Dante deu alguns passos à frente e toda a multidão parou bruscamente, o silêncio era absoluto, os olhares estavam parados no Dante.
— Irmãos, todos aqui sabem que carregamos um nome, que carregamos um sangue e um legado de uma família historicamente poderosa, nós carregamos conosco o nome da família mais poderosa de vampiros do mundo, nós somos os vampiros mais fortes e velozes desse planeta. Tudo isso graças à nossa família.. Mas como todos aqui também sabem, nossa família foi humilhada por outra, desrespeitada e tirada de seu posto por poder... Mataram nosso grande e memorável Conde, MEU PAI, E PAI DE MINHA IRMÃ, o homem que ensinou à muitos aqui presente, que colaborou para nossa família crescer, esse homem foi morto por Miranda, A MESMA QUE DESRESPEITOU NOSSA CASA, NOSSA HONRA, NOSSO SANGUE, NOSSA FAMÍLIA!
Um brado ecoou e Dante continuou:
— ANOS E ANOS FICAMOS QUIETOS, APENAS CRESCENDO EM PODER, NÃO POR VINGANÇA MAS POR HONRA E EM RESPEITO AO QUE MUITOS FIZERAM E ESTÃO AQUI PRESENTES. ESSA É A NOSSA VEZ, NOSSA CHANCE DE RETOMARMOS NOSSO RESPEITO, DE RECONQUISTARMOS NOSSO POSTO E NOSSA IRMÃ, MINHA MÃE  DHALIA! TENHO COMIGO ALGUÉM TÃO FORTE E TALENTOSA QUANTO EU, MINHA IRMÃ DE SANGUE, NOSSA ARMA SECRETA QUE POR TEMPO FOI CUIDADA E ESCONDIDA PARA ESSE MOMENTO, PORTANTO LUTEM POR NÓS E PELA NOSSA CASA!
A multidão bradou muito alto, logo seus olhares ficaram vítreos,   suas presas foram postas para fora, suas veias perto dos olhos saltaram, e todos dispararam como raios para a formação no grande campo de batalha. Dante me olhou antes de disparar como um raio, respiro fundo e me aproximo de Roxy, damos às mãos.
— Nabhasel – Pronunciamos juntas o feitiço de teletransporte.
  Abro os olhos, o tempo estava úmido. As nuvens pesadas e escuras cobriam o céu acima de milhares de vampiros originais, era tanto poder ali presente que me causavam calafrios, eu estava de frente observando o exército quando virei. Eram milhares e milhares de originais lobos, na verdade era o dobro de nosso exército, as mandíbulas rangiam por rosnarem tão alto e forte, parte deles estsvs transformada e outra não. A luta não seria fácil, Miranda estava de pé à frente do exército como eu, Dante e Roxy. 
Os olhos de prata de Miranda brilhou, ela nos encarava com um excesso de mistura de ódio com desprezo.
Então de repente vi seu lábio formar um sorriso malicioso.
— ATAQUEM! — Ela gritou e os milhares de homens mulheres e lobos vieram pra cima de nós.
— VÃO. — Dante ordena e os vampiros se locomovem tão rápido quê apenas vejo vultos e meus cabelos voarem sendo espalhados no meu rosto na direção em que eles corriam.

Dante Telepatia: Logo veremos nossa mãe Blaire! Logo estaremos em paz na nossa casa!

Olho para ele que logo sumiu com os outros vultos. Eu estava parada, vendo o choque entre os dois exércitos quando uma bola de fogo é disparada contra mim.
— Nutzē — à bola de fogo se dissipa.
— Ora ora.. Finalmente nosso momento chegou.  — Um vampiro correu na direção dela e em um movimento rápido ela apareceu atrás do corpo dele, quebrando e arrancando sua cabeça, ela largou a cabeça que rolou pelo chão.   — Vamos lá criança.. Está com medo?
Corro na direção dela e seu corpo de choca contra o meu, ela dispara um soco mas eu desvio, logo em seguida pego seu braço e torço quando ele pega fogo e me queima.
— E isso que você tem? É esse ódio? Mesmo depois que queimei seu pai .. Os gritos dele eram tão agudos — ela ri.
— Aarrgg — Pulo para cima dela levitando, agarro sua cabeça e estendo no ar com uma mão.
— Você vai gritar muito mais. —  agarro seu pescoço com as duas mãos.
— Ikanhęnut yugestar jhukssulœ — eu repetia essas palavras e via sua pele ficar pálida como papel. 
Ela se solta.
Eu a pego pelo seu pescoço e bato sua cabeça no chão como uma boneca. Jogo ela com toda força no chão que por um momento acreditei que sua cabeça tinha estourado.
De repente seu olho de prata ficou de outra cor.. Era vermelho alaranjado.. Uma cor de fogo. 
Minha mão é queimada enquanto a pele de Miranda muda de forma.. Existia algo nela que ninguém sabia até aquele momento. Sua pele foi coberta por pelo vermelho, seu rosto se tornou uma figura bestial meio sem forma, suas garras cresceram, e espinhos grossos e pequenos saíram de suas costas.
Sim, Miranda era um demônio, assim como Athos, mas ela tinha tomado a forma dele!
O demônio abriu a boca jogando uma bola de fogo tão rápido que me desviei por um triz, se pegasse em mim certamente eu não estaria viva, o demônio pulou pra cima de mim, era pesado e me deixou imobilizada no chão, seus dentes que eram do lado da cabeça abriam e fechavam se aproximando do meu rosto quando ouvi que era magia negra da qual eu nunca ouvira antes.
– ihssutr wszoaykkii NAyyyshtreppo — o demônio sussurrou quando senti meu coração ser esmagado, senti um líquido na minha boca quando comecei a tossir, e não conseguir respirar, eu estava sendo engasgada com meu próprio sangue quando a criatura me ergueu e me jogou longe.
Bati a cabeça no chão do gramado e minha visão ficou completamente turva, meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu não iria morrer chorando. As imagens de minha mãe e do Dante quando eu era pequena vieram à minha cabeça, as palavras do Dante antes da batalha.. Eu precisava viver aquilo, eu precisava..
  Minhas mãos se fecham de ódio, eu mal podia me mexer, sentia que estava morrendo, sangue não parava de sair da minha boca. Quando sinto o chão tremer e percebo que o demônio se aproximava. Ele estava prestes a fazer um movimento quando Dante interviu disparando uma série de golpes habilidosos, Dante era tão rápido que o demônio mal o percebia, ele jogou o demônio para trás e antes dele atingir o chão Dante o chutou tão alto e forte como se ele fosse uma bola.
— Ninetzchiē..  — o demônio sussurrou no chão do gramado.
Dante caiu de joelhos. Sangue escorria pelos seus olhos, narizes e ouvidos, ele se levanta e golpeia o demônio mas ele mal sente, quando pega a cabeça de Dante e aperta como se fosse explodir. Mas Dante se encolhe e chuta com as duas pernas bem alto, atingindo a cabeça do monstro que cai para trás com o pescoço torcido.  Dante aterrissa e vem em minha direção quando o demônio o joga no chão ao meu lado enfiando as garras em sua barriga, sangue espirra de sua boca. Dante vira sua cabeça vagarosamente para mim em sussurros identifico suas palavras.
— Diga.. Para mamãe, que .. Estou com saudade.
Meus olhos se arregalam ao olha–lo sendo espancado pelo monstro, cada murro e soco, seu olhar fica mais vitrio e seu lábio forma algo que depois de um tempo percebo que era um sorriso.
Roxy aparece afastando o monstro e olhando com os olhos arregalados para nós. Roxy faz um escudo de proteção nos nossos corpos e fica do lado de fora com o monstro que a ataca, meus olhos pesados piscam,  e quando os abro percebo que se passaram minutos, vejo Roxy com a roupa rasgada e ensanguentada, se cetro estava apoiando seu corpo com dificuldade enquanto o demônio ia em sua direção, faço o maior esforço de minha vida ao virar-me para meu irmão, me arrasto até ele.
—D— era difícil pronunciar as palavras e respirar enquanto se engolia sangue, percebi que lágrimas escorriam — Dante.. — eu o sacudi de leve — Dan...te — seus olhos estavam parados, nenhuma parte de seu corpo se mexia. — Dan..Dante não.. Por favor — Eu chorava como uma criança enquanto segurava sua roupa com o resto de minhas forças. — A ma- a mamãe, nós temos que ver ela.. Por favor dante.. Por favor.
Deito a cabeça em seu peito e retiro o feitiço que tinha queimado seu rosto.
—Me desculpa.. Me desculpa, a mamãe Dante a mamãe...
Eu olhei para o seu rosto quando finalmente a ficha caiu que eu não o veria se mexer novamente. Olho para fora do escudo e vejo Roxy quase morrendo sem forças de batalhar com o monstro. Ela foi jogada longe novamente, mas diferente dessa vez, ela não se levantou.
Sinto algo ferver em minhas veias, um ódio e uma maldade sobrenatural, sinto minhas presas crescerem, a adrenalina sobe por todo meu corpo que começa a coçar para se mexer e explodir o mundo. O demônio ia em direção à Roxy quando quebro o escudo. Ele se volta para mim me olhando admirado.
Me agacho levemente para pegar impulso e salto para cima dele no salto, pego sua cabeça e torço completamente, vejo uma rachadura se formar até a metade.. Eu teria que golpear mais para matá-lo. Ele se vira soprando mais fogo como um dragão.
— Tighel svvdos octam — o fogo vem para minha mão e fica da cor azul, o devolvo ainda mais forte na cabeça, que derrete metade do rosto do monstro.
Mais um pouco de seu pescoço se racha mas era preciso mais.
De repente o demônio bate com o pé no chão. Sinto todo meu corpo tremer quando vejo que o chão aos meus pés se partem no meio formando uma fenda, o monstro pronuncia algo quando de repente a rachadura se abre formando um abismo caio por um segundo mas consigo segurar na borda, o abismo vai se abrindo, meu corpo escorregava e o demônio se aproximava, eu segurava com dificuldade e terra parecia cair onde eu segurava. No fundo do abismo havia fogo.. Lava.  O demônio se aproxima e pisa em uma de minhas mãos, sinto quebrar meus dedos, me contorço, mas eu não conseguia segurar mais.. Solto. E o mostro pisa devagar na outra mão. Grito o grito mais alto de toda a minha vida quando sinto meus dedos serem quebrados, eu não ia aguentar muito tempo, meu peso estava todo para uma mão quebrada segurar.
Olho para os olhos do demônio, sei que Miranda sorri por dentro. Quando de repente sua cabeça cai. Na verdade ela é quebrada por trás. O corpo cai no chão e a cabeça no fogo. Vejo uma silhueta e uma mão estendida eu não podia acreditar no que estava vendo. Pego sua mão e ele me levanta colando nossos corpos. Eu havia me esquecido de como era aquele cheiro, como era senti-lo. Meus olhos estavam marejados, quanto tempo senti sua falta mas rejeitei, como eu o odiava por não conseguir odia-lo. Seus olhos brilhavam por me ver, via o ódio estampado em seu rosto ao ver seus arranhões e machucados, seus olhos ficaram vermelho vivos.

Loba: Meu companheiro

O corpo do demônio se mexe.


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