dezesseis

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Fiquei um pouco triste quando percebi que sou totalmente de humanas e fiz as contas erradas. Esse capítulo era pra ter saído no dia 01/Fev, mas eu estava atrasada (então no dia primeiro precisei postar o cap 15). 

Ia dar certinho, poxa... 

Enfim, tá aqui o capítulo dezesseis que ficaria ótimo sendo postado no dia 1 (bc harry's bdayyy). Boa leitura.

★☆★☆    

"Bem, primeiro, é meu aniversário." Harry disse com um sorriso tão grande que seus olhos se apertaram. "Mas, essa não é a melhor notícia!"

Espere, era o aniversário do Harry? Merda, (merda), merda, que ótimo namor- amigo eu era.

"É seu aniversário?" Perguntei, minha face denunciando emoção. Eu estava triste, desapontado comigo mesmo por não saber, eu estava triste por não ter acordado mais cedo e dado à Harry um café da manhã na cama, mas em vez disso, Harry havia feito algo bom para mim.

Anne assentiu. "Dezenove hoje, meu bebezinho."

Espere, (19)??!

Eu tinha imaginado que ele tinha uns vinte anos, assim como eu. Esse tempo todo que estivemos indo à encontros, bebendo cafeína, beijando na boca, ele sempre teve dezoito? DEZOITO?

Para alguém que encontrava conforto em datas e calendários e no passar dos dias, eu estava me sentindo sem controle.

Eu acho que sabia bem (menos) sobre Harry do que pensei.

"Ok, ok, mãe." Harry resmungou, tentando retomar o assunto. "Minha mãe não mora em Londres como eu. Ela vive com meu padrasto."

"Certo", eu disse, sem conseguir seguir a linha de raciocínio. Eu estava, mentalmente, tentando descobrir o que eu conseguiria fazer para o aniversário do Harry entre aquela hora e meia-noite. Talvez algumas rosas? Música francesa?

"Sim, bem, ela mora um pouco longe, mas eu vou visitar lá semana que vem e ficarei até o Natal."

Consegui sentir meu sangue correndo frio pelas veias, meu coração caindo para o estômago.

Ele iria ficar fora por um (mês)? Um mês inteiro?

Eu senti, de verdade, aquela coisa estranha e incômoda na minha garganta, aquela que acontece antes de você chorar, a qual apenas serviu para me deixar com (muita) vergonha. Eu tinha certeza de que estava parecendo como uma criança, com os olhos todos marejados e as bochechas rosas.

Eu mal conseguia aguentar um dia sem Harry, muito menos (30).

"Oh." Exclamei.

Harry estava olhando para Anne e sorrindo, e eu senti uma onda de raiva. Por que ele estava tão feliz? Por tudo que eu sabia, Anne poderia morar em Los Angeles, e Harry poderia se apaixonar pela ideia de se sentar embaixo de palmeiras ao invés de embaixo de Paris e eu ficaria sentado aqui sozinho para sempre.

"E minha mãe concordou que, caso você esteja disponível, pode vir comigo!"

"Agora eu não quero que se sinta pressionado, Louis. Louis me contou que você gosta de ordem e padrões e tudo relativamente na rotina." Ela parecia um pouco preocupada, como se eu fosse atacá-la ou algo do gênero. "Mas Harry também me disse o quanto você ama o lugar e ele gosta muito de você... Bem-vindo a família."

Se fosse possível, meu coração provavelmente teria explodido de amor naquele momento.

Harry.

Harry.

(Harry).

"Eu adoraria ir", falei.

"Minha mãe mora em Paris", Harry respondeu.

E eu comecei a chorar (de verdade).

Underneath Paris » Larry (Portuguese Version)Where stories live. Discover now