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(n/a: eu vou pular um tempão porque 1º. eu posso e 2º. porque não aconteceria nada de muito importante nesses 3 meses)

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Já faziam três meses que eu tinha acordado e sido liberado para voltar para casa. Mas a minha casa não era o lugar que eu queria ficar agora.

Thomas estava de coma ainda, no mesmo quarto, do mesmo jeito. Seu quarto era o lugar que eu mais ficava no momento. Eu dormia, comia lá, passava meu dia todo do seu lado. Às vezes eu conversa com ele, sem esperar uma resposta. Às vezes lia um livro para ele.

Perdi a conta de quantas vezes Kaya e Ki tentar me levar para casa, falando para eu descansar, para eu ir tomar um banho, falavam que qualquer coisa me ligavam. Tinha vezes que eu cedia, que eu voltava para casa para tomar um banho e descansar, mas logo no dia seguinte eu já estava no quarto de Thomas.

E a mídia não perdoa. Claro, não posso culpa-los de se preocuparem com Thomas, mas realmente enche o saco quando perguntam todos os dias sobre ele, me fazendo lembrar de tudo o que aconteceu e que Thomas continua inconsciente nessa droga de cama de hospital.

— Dyl? — Abro os olhos e viro meu rosto na direção da porta, encontrando-me com Julia.

— Oi, Ju.

Ela sorri e se aproxima de mim, sentando na cadeira ao meu lado, perto de Thomas.

— Alguma coisa? — Ela pergunta sem virar o rosto para mim.

— Não — Suspiro. — Continua na mesma.

Julia segura a mão de Thomas e o encara com um pequeno e triste sorriso.

— Eu sinto a falta dele.

— É — Murmuro. — Todos sentimos.

— Você acha que ele vai acordar em breve? — Ela me encara.

— Sinceramente? — Encaro-a nos olhos, seu rosto cheio de tristeza. — Não.

Ela volta a encarar Thomas e seus olhos se enchem de lágrimas.

— É, eu também — Ela limpa uma lágrima com as costas da mão. — Ele está a muito tempo assim, daqui a pouco vão... vão...

Ela não consegue terminar e cai no choro. Eu não entendi exatamente o que ela quis dizer, mas tinha uma ideia. Levanto-me da cadeira e a puxo para um abraço apertado.

— Ei, ei — Aperto-a. — Vai ficar tudo bem...

— Dyl — Ela se distancia. — Você não sabe, não é?

— O quê?

— Você não sabe — Ela encara o chão e cruza os braços.

— Ju, o que eu não sei?

Ela parecia hesitante, seus olhos continuavam cravados no chão e as lágrimas escorriam pelas suas bochechas.

— Ás vezes, quando uma pessoa fica muito tempo em coma — Ela começa. — O médico responsável pelo paciente vem conversar com você e fala sobre a situação da pessoa. Dependendo do "não progresso", ele entrega um documento para você assinar.

— Esse documento é sobre o quê? — Eu não havia percebido, mas já estava roendo as unhas.

— Sobre o desligamento das máquinas do paciente.

Ao escutar aquilo, sinto meus olhos se encherem de lágrimas e meu mundo girar.

— Já fazem quatro meses que ele está em coma, Dyl — Ela funga. — Ele não teve nenhum progresso.

— Eles não podem fazer isso... — Murmuro. — Eles não podem matá-lo!

— Eu sei — Ela segura meus braços, tentando me acalmar. — É por isso que vamos adiar assinar esse documento o máximo possível.

— Espera. Ele já entregou o documento?

— Já — Ela suspira.

Agora as lágrimas corriam soltas pelo meu rosto. Eu não podia deixá-los matar Thomas. Eu nunca deixaria eles fazerem isso.

(...)

Julia's POV

— E aí? — Kaya cruza os braços.

— Ele concorda comigo — Cruzo os braços, imitando-a.

— Julia, por favor — Kaya se aproxima. — Você precisa entender meu ponto de vista.

— Não — Distancio-me dela. — Você precisa entender o meu ponto de vista. Kaya, estamos falando do Thomas! — Jogo meus braços no ar. — Thomas, o seu amigo, o namorado do Dylan, um dos meus melhores amigos! Você não percebe o quão precipitado está sendo a sua decisão? Você nã--

— Julia! — Ela me interrompe. — Por favor, escute! Apenas me escute.

Volto a cruzar meus braços e encaro-a, esperando ela começar a falar.

— Eu sei a decisão que estou tomando. E eu sei quem ele é, Thomas também é um dos meus melhores amigos! Mas você não vê o quão ruim é deixá-lo naquela cama de hospital?! Ele já está a quatro meses sem nenhuma mudança, só um milagre podia fazê-lo acordar — As lágrimas já rolavam livres pelo seu rosto pálido, fazendo meu coração doer. — Eu o amo demais para deixá-lo apodrecendo naquela cama, Ju.

Vou até Kaya e a abraço bem forte. Ela abraça meu peito e afunda o rosto em meus cabelos. Abraço sua cintura e acaricio deus cabelos.

Quando seu choro diminui, me distancio dela e coloco uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha.

— E eu o amo demais para desistir dele tão facilmente.

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esse capítulo foi pequeno, eu sei, mas teve 800 palavras, certinho, que perfeito kskfkdkd

triste né? :( desculpa

não xinguem a Kaya!!!!!!! imagina que uma das pessoas que você mais ama está em coma por um tempão, você vai aguentar vê-la naquela cama pra sempre? eu acho que eu não aguentaria

segurem-se porque ainda vem mais bomba!!!

acho melhor eu correr agora pq to correndo perigo ok tchau bjs

é isso <333

love y'all

Yes, I do - DylmasUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum