Yes, I do - Dylmas

36.

Quando abro o álbum, o despertador do celular começa a tocar. Dou um gritinho e acabo derrubando o celular do meu lado.

— Porra — Murmuro e começo a procurar o celular dele, que ainda estava tocando.

Ao achar, rapidamente desligo o despertador e fecho os olhos, me xingando mentalmente.

— Caralho, Dylan. Que tipo de pessoa coloca um despertador para às duas da manhã? — Sussurro.

— O tipo que precisa tomar um remédio — Ele murmura, ainda deitado e de olhos fechados. — Isso lhe acordou?

— Não, eu estava... — Falo sem pensar e mordo meu lábio. — Estava indo dormir agora.

Ele arqueia a sobrancelha e se levanta, saindo do quarto. Bato minha cabeça na parede e rio. "Foi por pouco."

(...)

— Starbucks? — Arqueio minha sobrancelha.

— É — Dylan sorri. — Vamos, você vai gostar.

Entramos no pequeno Café e sentamos em uma das mesas ao lado do grande vidro. Dylan faz os pedidos, pedindo por ele e por mim.

— Como tem tanta certeza de que vou gostar? — Cruzo os braços em cima da mesa.

— Você vai ver — Ele arqueia as sobrancelhas e sorri. — Eu te conheço, e além do mais, não é a primeira vez que vem aqui.

Arrumo-me na cadeira, sem descruzar meus braços e observo a rua. De repente, um sentimento ruim passa pelo meu corpo.

"Quando vou começar a falar, as lágrimas voltam à tona, me fazendo perder a voz. Julia chama a garçonete e pede água, ela segura minhas mãos e as massageia, tentando me acalmar.

— Shhh — Ela sorri e me olha nos olhos. — Se acalme.

A garçonete chega com a água e Julia agradece. Ela abre a garrafa e me dá. Bebo devagar e aos poucos vou me acalmando."

Outro flash! Aconteceu de novo! Minhas memórias estão realmente voltando. Mas esse foi estranho... Eu me senti mal ao lembrar disso, como se eu fosse chorar. O que deve ter acontecido?

Escuto Dylan murmurar algo e volto minha atenção para ele. Ele tinha agradecido a garçonete que tinha trago nossos pedidos.

— Vai, prove — Ele abre um sorriso travesso.

Encaro o grande bolo — de chocolate com mais alguma coisa, aparentemente — e pego o garfo.

— Estou confiando em você.

Corto um pedaço e o levo até minha boca. Uma explosão de sabores enche minha boca e reviro os olhos ao sentir o quão bom aquilo era.

— Caralho — Falo de boca cheia. — Isso é muito bom. É chocolate com o quê?

— Doce de Leite.

— Eu tenho mesmo um bom gosto para as coisas. — Rio.

— Nada convencido. — Ele ri e come seu bolo.