Capitulo 37

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Capítulo 37 Epílogo
Pov. Dakota
6 anos depois

Valentina, como qualquer criança saudável, cresceu, graças a Deus. Sim, porque por mais que bebês sejam fofos e lindos quando ainda não fazem nada sozinhos, eles dão um certo trabalho. E mesmo que nos arrependamos lá na frente por termos torcido para que eles tivessem crescido logo, no fundo sentimos uma alegria imensa por vê-los amadurecerem e se transformarem em pessoinhas cheias de saúde e prontas para conquistar o mundo.
Mas ela ainda não é uma adulta, nem uma adolescente. Está longe disso. Valentina tem 6 anos, há precisamente dois dias.
Ainda não presenciamos a queda do seu primeiro dente de leite ou sua primeira formatura, mas estivemos lá quando ela andou de bicicleta pela primeira vez e a encorajamos no seu primeiro dia de aula. Trocamos muitas fraldas, compramos muitas bonecas, escutamos muitos choros vindos de joelhos ralados. A ensinamos a nadar e exercitamos o início da sua leitura. Fomos pais de primeira viagem, mas segundo Grace, nos saímos muito bem.
Eu concordo, apesar de não ter nenhuma base como referência. Valentina parece uma criança bastante serelepe. Sua simpatia e seu jeito de parecer gostar de todo mundo são sua marca registrada. Ela quase nunca se irrita, e às vezes, quando não sabe como reagir a um determinado estímulo, opta por cair na gargalhada. Ela pode fazer amigos com uma simples saída, seja indo ao parque ou à padaria.
É humanamente impossível não amá-la.
Para uma melhor educação, Jamie e eu dividimos nossas obrigações como pais. Isso significa que ele é responsável pelos "sins", enquanto que dizer os "nãos" necessários sobra para mim. Felizmente (porque a última coisa que eu quero é me tornar uma mãe chata e repressora competindo com um pai engraçado e "maneiro"), Valentina é uma criança boa. Um anjo, por mais agitada que seja. Não precisamos (eu não preciso) reprimi-la duas vezes. Ela simplesmente entende que, caso eu não a deixe fazer alguma coisa, deve haver algum motivo, e magicamente obedece (o que é um tanto esquisito. Crianças de 6 anos não deveriam ter esse discernimento).
Eu realmente não tenho do que reclamar. Muitas crianças são umas pestes, mas não ela.
E ela tem só 6 anos. Há precisamente dois dias. O que faz com que hoje seja um dia um pouco especial para mim.
– Emma? - Chamei, chegando na cozinha e encontrando-a no fogão.
– Oi, Dak! - Ela respondeu toda contente - Feliz aniversário!
– Brigada... - Falei ainda morrendo de sono, abraçando-a e me jogando em cima dela - Que horas são?
– Quase 11h. Estou fazendo o almoço, daqui a pouco eles chegam...
– Merda... Dormi demais. - Falei, levando a mão à cabeça - Eu deveria estar te ajudando...
– Coisa nenhuma! É seu aniversário. E aniversariantes não trabalham.
Emma gosta de me dar ordens. A essa altura nós já temos esse nível de intimidade mesmo.
– Ei, eu gosto de cozinhar, e você sabe diss...
– Você - não - vai - cozinhar.
Bufei. Ela é teimosa como uma mula, e eu sabia que a única forma de chegar perto do fogão seria acertá-la com uma frigideira e deixá-la desacordada em um canto.
Desisti de brigar.
– Ok. Onde está Valentina?
– Ela estava na casa da árvore da última vez que eu vi.
Uma casa na árvore. Jamie deu a Valentina uma casa na árvore como presente de 6 anos. E não é uma daquelas casas na árvore feitas de tocos de madeira e cordas: É uma casa com porta e janelas de vidro, varanda, escada e dois andares. Uma família poderia facilmente morar ali.
A "casinha" foi construída na grande árvore rosa (como a chamamos) que fica no canto do jardim. Graças ao empenho de Jamie em procurar uma empresa especializada em construções desse tipo e deixar claro que a queria pronta o quanto antes, ela foi terminada em menos de três semanas. Foram três semanas com placas enormes em torno da obra, impedindo que Valentina visse do que se tratava para que, no dia do seu aniversário, ela tivesse uma surpresa.
E ela ficou surpresa. E, para ser sincera, eu também. Era mesmo um trabalho belíssimo, embora eu tenha adquirido uma leve dor de cabeça só de pensar nos perigos que minha filha poderia passar naquela varanda, por mais que a casa ficasse só a dois metros do chão. E por mais que houvesse colchões fofos embaixo dela (porque Jamie, graças a Deus, é mais neurótico do que eu).
– Ela está sozinha? - Perguntei, querendo saber se Jamie estava com ela.
– Está com a Babalu.
Babalu é uma cachorrinha maltês fêmea, com olhos que parecem duas jabuticabas, branca feito uma bolinha de sorvete de creme que anda para lá e para cá atrás da dona: Minha filha. Esse foi o presente de Jamie para os seus 5 anos, uma cachorra que parece ser movida a pilha. Ele se sentiu no dever de alegrá-la depois que seu sapo (outro presente de Jamie, que não sabia dizer um "não") morreu. Seu nome era Musgo, e no seu velório - cuidadosamente organizado por Valentina -, Grace, Jim, Jamie e eu tivemos que prestar nossos sentimentos diante da sua pequena cova.
Musgo permanece enterrado no jardim até hoje.
Mas Babalu chegou, trazendo de volta toda a alegria de Valentina. Ela dá pelo menos dois banhos na cachorra por semana com o shampoo de pêssego. É uma compulsão, o que torna Babalu um pequeno pêssego feliz ambulante. Com um lacinho rosa na cabeça.
– Ah, certo... Mas você viu o Jamie?
– Não. Ele já não estava quando eu cheguei. Deve ter saído cedo.
Fiquei com medo. Por que Jamie teve que sair cedo num domingo? Meu aniversário tinha alguma coisa a ver com aquilo, ou seu sumiço repentino não passava de uma coincidência?
– Bom, tudo bem... Então eu v...
– FELIZ ANIVERSÁRIO, MÃE!
Fui quase arremessada ao chão por um golpe baixo (literalmente) de Valentina, que se agarrou na minha cintura como um carrapato assim que me virei para sair da cozinha. Ela tem uma incrível capacidade de ser silenciosa quando quer, e berrar como se eu fosse surda no momento seguinte.
– Aaah, brigada! - Respondi feliz, abraçando-a de volta e me inclinando para baixo. Ela me deu um beijo efusivo.
– Peraí, Babalu! Eu tô falando com ela! - Valentina soltou em uma voz meio esganiçada, tentando fazer com que Babalu parasse de pular nas minhas pernas como se eu fosse um pedaço de carne mal passada. Ela queria me dar os parabéns também.
– Oi Babalu. - Falei, achando graça.
– MÃE, ESPERA AÍ!
E assim, do nada, Valentina saiu da cozinha correndo como se estivesse com dor de barriga. Babalu correu atrás dela.
– Por que ela grita tanto? - Soltei.
– Acho que ela é assim quando está muito animada com alguma coisa. - Emma tentou explicar.
– Se eu sair daqui ela vai ter uma síncope, não vai?
– Vai. - Ela pontuou.
Achei melhor esperar, pegando um pêssego da fruteira e comendo. Babalu sempre me faz ter vontade de comer pêssegos.
Quando Valentina voltou, trazia em uma das mãos um buquê de camélias brancas e, no outro, um papel.
– Eu tenho dois presentes pra você! - Ela disse abrindo um sorriso de orelha a orelha, me entregando o buquê e depois o papel. Era um desenho, que ela fez questão de explicar - Somos nós! Essa é a vovó e esse é o vovô. Aqui é o papai, e aqui sou eu com a Babalu. E essa é a Emma. E essa é você.
– Eu estou também? - Emma chegou perto para ver.
Grace e Jim eram o casal de bonecos de palito no canto. O palito de Emma estava acenando, como se fosse uma fotografia. Jamie era o boneco mais alto. A boneca mais baixa, logo ao lado dele, tinha uma bolinha branca com lacinho rosa na altura do seu peito. Por fim, do outro lado dela, estava um boneco de palito que só podia ser eu mesma.
Estávamos todos em um jardim cheio de flores, ao lado de uma árvore rosa e alta. Identifiquei nosso próprio jardim.
– Está chovendo e fazendo sol ao mesmo tempo? - Emma perguntou curiosa, notando o sol amarelo e redondo de um lado e, do outro, uma nuvem que descarregava gotas de chuva em cima de "nós".
– É... - Valentina começou, empregando um tom de professora na voz - É que o papai me viu desenhando, e ele disse que a mamãe gostava de chuva. E, bom, como hoje não tá chovendo, então eu dou a chuva de presente pra ela.
Ela pontuou a explicação como se fosse algo muito simples de ser entendido, sorrindo daquele jeito fofo dela.
E então eu comecei a chorar como uma imbecil.
– Desculpa, mãe! Eu posso apagar a chuva...
– Não, meu amor! - Tentei explicar, abraçando-a e dando nela um beijo apaixonado - A mamãe adorou!
– Mas você tá chorando! - Ela falou fazendo um beicinho.
– Mas eu não estou triste. Eu prometo. Estou muito feliz, e gostei muito do presente!
– Mas eu não gosto de ver você chorando...
– Tá bem. - Falei, secando as lágrimas - Parei.
Ela pareceu duvidar de mim, então resolvi mudar de assunto.
– E as flores?
Valentina fez cara de paisagem.
– É o seu outro presente.
– Ah, é? - Provoquei-a.
– É.
– O papai tem alguma coisa a ver com isso?
– Não...
Valentina não sabe mentir. Algumas crianças já conseguem fazer isso nessa idade. Minha filha não é uma dessas crianças. Seus olhos se arregalam como se ela estivesse sendo silenciosamente eletrocutada.
– Ok. - Falei, tentando não rir - Obrigada, eu adorei!
Abracei-a de novo, e nesse momento Babalu começou a pular nas minhas pernas outra vez.
– AI, BABALU! DEIXA EU FALAR COM A MAMÃE! - Ela soltou meio nervosa, e Babalu levou um susto e saiu correndo da cozinha. Valentina imediatamente se sentiu a pior pessoa do mundo, e saiu correndo porta a fora atrás do pêssego saltitante - EI, ESPERA! DESCULPA, BABALU!
– Espera, Valent...
– Não adianta. Ela não vai ouvir ninguém enquanto não pedir desculpas pelo menos dez vezes pra Babalu. - Emma falou calmamente, rindo da situação.
Suspirei
Encontrei um vaso e o enchi de água, colocando as flores nele. Quando ia sair para guardar meu desenho em algum lugar - e procurar por Jamie -, o telefone tocou.
– Alô?
– Oi, querida! Feliz aniversário! Que você seja muito feliz!
– Oi, Grace! Muito obrigada!
– Daqui a pouco estamos aí pra te dar um beijo pessoalmente!
– Ah... Sim! Claro! é que eu acordei um pouco tarde, então talvez o almoço demore um pouquinho... - Comecei a correr pela cozinha, pegando algumas travessas na esperança de ajudar o trabalho de Emma a andar mais rápido. Ela bateu com uma colher na minha mão como se eu estivesse sendo mal educada.
– Ah, eu posso ajudar vocês...
– Nem pensar! Você não vem pra comemoração do meu aniversário pra ajudar a arrumar as coisas! Onde já se viu?
Valentina entrou outra vez na cozinha saltitando com Babalu no colo. Aparentemente, as duas tinham feito as pazes.
– Mãe!
– E qual o problema? Você sabe que eu gosto de ajudar...
– Mãe!
– Pera um pouquinho, amor. - Falei carinhosamente para minha filha - Grace, não precisa. Emma e eu damos conta do recado.
– "Você" uma ova! - Emma replicou.
– Mãe!
Babalu começou a pular nas minhas pernas de novo.
– Valentina, sua cachorra tem molas nas patas?
– Ok, ok. Eu levo a sobremesa então. – Grace falou pacientemente - E não se preocupe se o almoço atrasar.
– Mãe!
– Ok, Grace, obrigada mesmo! Um beijo!
– Mãe!
Desliguei o telefone, virando para Valentina logo em seguida e cutucando-a da maneira mais insuportável a cada palavra:
– Oi. Oi. Oi. Oi. Oi.
Ela riu.
– Viu como é chato? - Perguntei, colocando o telefone no lugar.
– É que você não me respondia...
– Eu estava falando com a vovó no telefone. Agora pode falar.
– É que o papai chegou. Ele pediu pra chamar você lá no jardim.
– Por quê?
– O seu presente tá lá.
Considerei sua resposta por algum tempo.
– E por que ele não traz aqui? - Perguntei.
– Porque não cabe. - Ela riu.
Congelei.
– Oh-oh... - Emma soltou.
Puta que pariu, Jamie...
– Vem! - Ela falou, agarrando minha mão e me puxando para fora.
Segui com ela para o hall, já traçando planos de como castigar Jamie pelo que quer que ele tenha feito. Qualquer coisa grande o suficiente para não caber dentro daquela cozinha enorme o classificava como "culpado".
Quando chegamos no jardim, fechei os olhos lentamente e respirei fundo. Valentina soltou a minha mão e saiu correndo para o Mini Cooper preto estacionado na frente da garagem, com as portas abertas.
Um carro. Por que eu não tinha pensado naquilo? Era a cara de Jamie.
– Não é legal? - Ela gritou para mim, a alguns metros de distância, entrando no carro e sentando no banco do motorista - Posso dirigir?
– Não. - Falei, esfregando a testa e caminhando até ela.
– Por quê? - Ela perguntou decepcionada.
– Porque você precisa de carteira de motorista pra dirigir.
– Por quê?
– Porque se você dirigir sem uma carteira de motorista você vai presa.
– Por quê?
– Porque sim.
– Aaah...
– Cadê o papai? - Perguntei, querendo assassiná-lo.
– Não sei. Ele tava aqui...
Cretino. Deve ter se escondido.
– Vou procurá-lo. Não deixa a Babalu entrar no carro, tá?
– Tá. - Ela respondeu, se ajeitando no banco, segurando o volante e fazendo uma expressão meio psicopata.
Por via das dúvidas, tirei a chave da ignição e levei comigo.
– Jamie! - Chamei no meu tom de voz mais puto, entrando em cada aposento daquela casa e me virando para procurar no próximo quando me dava conta de que ele não estava lá. Entrei na biblioteca, na sala e até na piscina. Emma me garantiu que ele não havia passado pela cozinha. Subi e continuei gritando pelo seu nome até chegar no nosso quarto. Entrei no banheiro e concluí que ele não estava lá. Ao me virar para sair e continuar minha busca, encontrei-o a um centímetro de mim, como um psicopata. Dei alguns passos tortos para trás com o susto até bater na pia de mármore.
– Oi, amor. Feliz aniversário! - Ele falou calmamente, com um sorriso maníaco no rosto. Se eu não o conhecesse, poderia jurar que Jamie me esfaquearia naquele segundo e ficaria assistindo minha morte lentamente nos azulejos do chão - Gostou do presente?
– Você lembra das minhas exatas palavras ontem de noite? - Perguntei, ignorando o fato de estar quase sendo espremida contra a parede.
– Lembro sim.
– E quais foram?
– Você disse que não queria nenhuma lembrança de aniversário.
– Precisamente.
– E o que tem? - Ele perguntou, parecendo se divertir.
– "Tem" que você concordou.
– Sim. Eu concordei.
Levantei as chaves do carro à altura dos seus olhos e as sacudi.
– Então que porra é esta?
Ele fingiu uma cara de espanto, como se tivesse sido verbalmente agredido.
– Então você chama um carro de "lembrança"? Estou chocado.
Me controlei para não esganá-lo.
– Jamie...
– É muito mais que uma lembrança. É algo muito útil.
– Eu... não sei... dirigir. - Falei pausadamente, articulando as palavras muito bem para que ele as entendesse.
– Já está mais do que na hora de aprender.
Desejei ter um martelo de carne nas mãos para poder amassar seus dedos, um a um.
– Vamos... - Ele continuou - Eu nunca te dei nada desse nível.
– Você queria me dar uma casa na Polinésia Francesa no ano passado!
– E você não deixou!
– Mas é óbvio que eu não deixei! - Minha voz começou a sair estridente - Se eu fosse deixar que você me enchesse de presentes, em três anos eu teria uma quantia boa o suficiente pra comprar o Taj Mahal e morar nele!
– Mas você é mesmo exagerada. Eu te dei um carro. Grandes coisas.
Respirei fundo e contei até três. Tentei me convencer de que estava exagerando. Ora, era só um carro.
– Ok, Jamie. - Fiquei em silêncio por algum tempo - Eu entro em uma auto-escola...
– Eu posso arranjar a carteira de motorista se você quiser. Aulas de auto-escola são sempre tão chatas...
Encarei-o me perguntando se ele alguma vez ouvia o que eu dizia. Será que ele estava prestando atenção?
– Faça isso e eu arranco suas bolas, frito e dou pra Babalu comer.
Ele fez uma cara engraçada de dor.
– Você sairia perdendo se fizesse isso...
Ele chegou ainda mais perto. A essa altura eu já estava praticamente sentada em cima da pia mesmo.
– Não vai agradecer pelo presente? - Ele perguntou aproximando nossos rostos.
– Pelo carro? - Arqueei as sobrancelhas - Não. Mas obrigada pelas flores.
– Não tenho nada a ver com isso. Foi coisa da Valentina.
– Claro que foi.
Ele riu de uma maneira doce. No fundo Jamie sempre soube que aqueles detalhes, aqueles pequenos atos e lembranças significavam muito mais para mim. Ele me conhece. Sabe que uma simples camélia arrancada de qualquer jeito do jardim de Grace, com terra e tudo, ou uma noite de primavera que ele passe deitado na grama ao meu lado no nosso próprio jardim, valem muito mais do que qualquer jóia ou qualquer presente. Valem mais porque simbolizam muito mais. Porque me trazem de volta memórias, e porque me mostram que o romantismo ainda está aqui, vivo entre nós dois.
Não só vivo como, ao que tudo indica, mais intenso. Se o nascimento de Valentina tinha nos afastado momentaneamente (o que estava dentro da normalidade, já que era exatamente o que acontecia com quase qualquer casal), seu crescimento nos deu a chance e o tempo de nos aproximarmos outra vez. Talvez fosse só uma impressão, mas parece que Jamie desenvolveu algum tipo de adoração esquisita por mim. Não que me assuste ou faça com que eu me sinta desconfortável - não MESMO -, mas é curioso e um pouco estranho como às vezes eu me sinto em algum tipo de pedestal.
– Acho que está na hora de termos uma segunda lua-de-mel. - Ele falou bem baixinho, me beijando com delicadeza.
Passei o braço em torno do seu pescoço.
– E você acha que a sua filha não vai querer vir junto? - Perguntei esquecendo completamente de continuar puta com ele.
– Nós deixamos ela com o Jackson na França e nos mandamos. - Ele abriu os olhos como se tivesse acabado de falar algo muito inteligente - Porra, eu sou um gênio!
Sorri, beijando-o intensamente sem aviso. Por um bom tempo.

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