Capitulo 9

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- Então vamos logo, eu to com pressa - me apressou.

- Você tá louco ? Acha que vou para uma festa nesse estado ? Vou subir para me arrumar - respondi calmamente.

- Se você não estiver aqui em baixo em 15 minutos eu vou e te largo - bufou.

- Em 20 minutos estou aqui - provoquei e subia para o meu quarto.

Sequei meu cabelo primeiramente, decidi fazer uma maquiagem básica olho gatinho, muito rímel e batom vermelho, agora eis a questão, que roupa colocar.

Escolhi uma bota over com um vestido de onça e um cinto, passei perfume, peguei minha bolsa e desci.

- Tá atrasada

- A qual é, só um minuto - respondi.

- Que seja, agora vamos - saímos da casa e fomos em direção a camionete.

- Vai atrás - me interrompeu quando estava abrindo a porta do carro.

- Você só pode estar de brincadeira né ? - eu não estava acreditando.

- Olha pra minha cara e vê se eu to brincando, anda logo, lugar de criança é no banco de trás - Melissa respira, conta até 10, ou se não mata de vez esse imbecil.

- Olha aqui, se você acha que tem moral ... - ele me interrompeu.

- Bla bla bla, minha namorada vai na frente, entra logo antes que eu te deixe aqui.

- Você não teria coragem - ou teria ?

- Quer apostar ? - me desafiou.

- É o seguinte, fica na sua que eu fico na minha, se você mexer comigo, amor, eu faço sua vida virar de cabeça pra baixo.

Como sempre impaciente ele entrou no carro e deu partida, entrei logo em seguida e partimos, antes de chegar na cidade ele pegou uma estrada que dava para um sítio bem bonito, não muito grande, ele estacionou a camionete perto da casa e ficou aguardando.

- Você não vai lá ? - perguntei

- Ir lá fazer o que ?

- Falar com os pais dela ué ou buscar ela na porta - falei como se fosse óbvio.

- Tá pra nascer o dia que vou pedir permissão para pai e mãe de menina que eu fico ou namoro.

- Que estranho - as coisas são bem diferentes da forma que penso e além do mais, já era de se esperar uma atitude assim vinda dele.

- Estranho nada, estranho seria eu pedir a menina em namoro para os pais dela, vou namorar ela, se ela aceitou foi por vontade própria, a opinião dela que conta, não a deles.

- Nossa, como você é cavalheiro - retruquei.

- Se você veio pra cá com esperança de arrumar mauricinhos você veio para o lugar errado, o que menos têm aqui é esses filhinhos de papai - zombou.

- E quem disse que eu vim pra cá com intenção de arrumar alguém ? Me relacionar com algum caipira arrogante como você? To fora - respondi.

Graças a Deus a menina chegou e interrompeu aquela conversa extremamente desnecessária.

- Oi Amorrrr - ela fechou a porta e agarrou ele, eu bem que poderia ter ido dormir sem essa cena, que cena melosa - O que significa isso Arthur, quem é essa menina no seu carro ? - ela deu um gritinho.

- Ela é filha do Antônio Bianca - ele respondeu.

- Aí que vergonha. Oiii cu - ela disse animada, socorro, me tirem daqui.

- Cu ? - eu questionei.

- Cunhada né - ela respondeu e deu uma gargalhada - Logo mais você e o Thur vão ser irmão, espero que sejamos ótimas amigas.

Eu só retribui com um sorriso forçado e olhei para a janela.

Arthur não deu um piu sequer, mais estava achando aquela cena cômica, o desgraçando olhava minha cara de nojo e ria.

- Dá para a gente ir logo pra essa festa - eu estava prestes a implorar.

- Vamos, a criança tá de cinto ? - me olhou pelo retrovisor, eu apenas lancei um olhar matador e ele seguiu para a festa.

A Garota do Campo (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now