Arthur
Não é atoa que dizem, tudo o que é bom realmente dura pouco e comigo vai durar menos ainda.
- Aí, você tá me machucando, me solta Arthur - ela tentava se soltar de mim enquanto a segurava pelo braço.
- Já chega Melissa, vem, vou te levar embora, já deu o que tinha que dar - muitos pararam o que estavam fazendo para olhar a cena.
- Eu não vou embora, você não manda em mim - ela esbravejou.
- Já chega - peguei ela pelo braço e a levei para fora da festa.
- Ei Arthur, espera aí, não vai embora sem mim - Bianca veio atrás gritando.
Mais essa agora, já não bastasse ter que lidar com a infantilidade dessa insuportável, chega a Bianca pra dificultar.
- Olha Bianca, eu preciso levar ela embora - disse indicando para a Melissa que estava largada na calçada - Ela precisa ir para casa antes que o pai dela a veja nessa situação, pega um táxi ou carona com alguém.
- A gente tinha combinado que eu ia para a sua casa hoje, lembra ? Sabe ... - Ela falou se aproximando - Prometo que não vai se arrepender.
- Nem vai dar Bianca, outro dia você vai - Ela fez uma cara de irritada e deu as costas voltando para a festa.
- Melissa vamos - chamei ela e a mesma me olhou com com as sobrancelhas levantadas.
- Qual parte você não entendeu, que eu não vou embora - ela falou de forma engraçada, confesso que tive vontade de rir mais não era o momento.
- Já que você não vai por bem, vai por mal - fui até ela e peguei como se fosse um saco de batatas, ela se debatia.
- Aí seu estupido, me solta - Resmungou.
Fui em direção a camionete e coloquei ela no banco da frente a prendendo com o cinto, ela tentava soltar mais a tentativa era sem sucesso, estava muito bêbada.
Dei a volta e entrei no lado do motorista, liguei e arranquei com a camionete, depois de tagarelar e me xingar muito ela acabou dormindo no caminho, Graças a Deus, pensei.
Chegar em casa, missão cumprida, quero ver pra conseguir levar ela para o quarto , eu deveria deixar ela se fuder sozinha, mais se o Antônio acorda e vê ela nesse estado vai sobrar pra mim.
- Melissa acorda, chegamos - disse chacoalhando ela sem um pingo de cuidado.
- Aí seu grosso, estupido - ela me xingou mais uma vez.
Desci e logo em seguida ela desceu atrás, subi as escadinhas da varanda e fui em direção à porta, quando olho para trás foi inevitável não rir, ela não consegui subir, eu não faço ideia do que ela bebeu, mais tá fora de si.
- Tá rindo do que idiota, tem algum palhaço aqui ? - esbravejou
- Quer uma ajudinha aí ? - zombei
Sabia que ela era orgulhosa demais para pedir ajuda, fui até lá e ajudei ela a subir, quando entramos dentro de casa foi a mesma história, só que pior, a escada era grande e para fazer ela subir, naquele estado, em silêncio, tava sendo quase impossível.
Enfim chegamos no quarto dela, ela foi entrando na frente e eu fui atrás.
- Pronto, vê se não faz barulho ein garota, vou para o meu quarto - virei indo em direção à porta.
- Tá cedo, tem certeza que quer ir embora ? - Que ? Ela briga comigo, me xinga e agora quer que eu fiquei, vai entender, quando olhei pra trás paralisei.
Ela estava somente de calcinha e sutiã, me encarando, por Deuses, como ela era maravilhosa, fechei o punho tentando me controlar.
- Dá para você colocar uma roupa por favor - pedi, cara que gostosa.
- Não, estou melhor assim - ela começou se aproximar - Sabe Arthur, eu não te acho tão ruim assim, até que você dá para o gasto - Ela já estava bem próxima, quando ela foi tentar me beijar eu a impedi.
- Vou embora, antes que eu não responda mais por mim mesmo - falei a deixando igual uma estátua e sai do quarto.
Cheguei no meu, tomei um banho e fui dormir. Parabéns Arthur, você merece um prêmio de autocontrole.
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A Garota do Campo (EM REVISÃO)
Teen FictionMelissa é uma garota mimada, tem 18 anos, é dona de uma personalidade forte e sempre teve tudo o que deseja, perdeu sua mãe ainda pequena, o que fez com que ela fosse para São Paulo morar com sua tia. Depois de anos sem voltar para a fazenda em que...