Capitulo 20

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- Ganheiiii - Dei um pulo do sofá e comecei a comemorar - Você é um verdadeiro amador Arthur - provoquei ele.

- Amador ? Sabe ... - ele levantou do sofá e veio em minha direção - Você também não é tão boa no que faz - me provocou.

- O que você quer dizer com isso ? - A não, ele não pode estar falando do que aconteceu ontem.

- Vou deixar subentendido Melzinha, agora vou para o meu quarto, tenha uma boa noite.

E assim fez o desgraçado, foi para o seu quarto e me deixou aqui, com um milhão de perguntas. Será que eu beijo mal ? Nunca ninguém reclamou, pelo contrário, sempre pediram por mais.

Subi para o andar de cima, estava no corredor quando deu um trovão muito forte, eu odeio esses tempos de chuva, morro de medo, adentrei em meu quarto e deitei na cama.

Um misto de perguntas e medo me atingia, o tempo só piorava e eu continuava encanada com aquilo que o Arthur disse, mas porque eu estou me importando tanto ? Não deveria, quem liga para a opinião dele Melissa, pensava comigo mesma, até que um trovão pior que aquele me assustou mais Ainda, eu não conseguia dormir com o barulho do vento na minha janela.

Até que resolvi tomar uma atitude que se não fosse pelo meu medo, eu com toda certeza me condenaria por isso, peguei meu travesseiro, meu celular e fui para o quarto do Arthur, bati na porta um vez e ele não atendeu, fiz isso várias vezes incansavelmente até ele aparecer.

Ele estava só com uma calça de moletom cinza, sem camisa, deixando a mostra aquele corpo gostoso, seu abdômen era muito definido, seus braços eram fortes, aquilo estava me deixando desconcertada.

Desconcertada? Pensei, Melissa quando você ficou desconcertada com um cara ? Na minha adolescência, quando eu era uma aborrecente, Virgem e que não tinha malícia de nada, cadê aquela Melissa que se garante, que não deixa se abalar por nada, eis a questão, não estou sabendo lidar com um cara que é extremamente chato, que me tira do sério, mas mexe comigo de alguma forma.

- Alô, Terra chamando Melissa - que pior, me perdi nos meus devaneios e não percebi que ele estava falando comigo - O que você quer agora ?

- Então sabe o que é, esse tempo, eu ... - nesse momento deu outro trovão e eu me encolhi de medo.

- Já entendi tudo... - ele disse.

- Será que eu poderia dormir no seu quarto ? Prometo não te encher o saco - Fiz uma cara de piedade que sempre funciona quando quero algo.

- Então é assim né, você me maltrata, me xinga e agora vem atrás quanto precisa, não sei se você merece - Ele disse pensativo.

- Para de ser chato mano, logo logo já amanhece e você não precisa ficar mais perto de mim, é que eu realmente não consigo dormir com esse tempo.

- Primeiro eu não sou seu mano e segundo, eu deixo, mas com uma condição.

- Qual ?

- Você vai ter que me elogiar para o seu pai, vai falar que eu cuidei muito bem da fazendo e cuidei muito bem de você.

- Porque se importa tanto com o que meu pai pensa de você ?

- Porque ele é importante pra mim e eu quero que ele veja o meu potencial.

- Ok - Empurrei ele para o lado e fui até a cama dele e me joguei.

Era quase mais gostosa que a minha, ele fechou a porta e veio deitar também, cada um para um lado, a medida que o tempo ia passando eu ficava mais inquieta, virava para um lado e para o outro e não conseguia pegar no sono.

- Dá para você sossegar ? Mais que caralho - parecia irritado.

- Achei que já estivesse dormindo, desculpa.

- Dormir como se você não para de chacoalhar a cama com esse vira vira.

- Até parece que você não gosta de chacoalhar a cama - eu disse da boca pra fora, ele ficou em silêncio e foi aí que eu me dei conta da bosta que eu falei.

Ele soltou uma gargalhada.

- Tá sabendo bem em dona Melissa, você costuma chacoalhar muito a cama ? - ele pediu com um tom malicioso.

- Isso não é do seu interesse, você não estava com sono ? Agora vira e dorme - Tentei finalizar sem sucesso essa conversa.

- Se não fosse do meu interesse eu não estaria te perguntando - Foi isso mesmo que eu entendi produção? Então o Arthur pensa em algo a mais comigo.

Um silêncio predominou, mais eu continuava sem sono e não tirava o que ele disse na sala da minha cabeça.

- Arthur, o que você quis dizer com aquilo que você disse na sala ?

- Me diz você, o que você acha que eu quis dizer?

- Que eu beijo mal - respondi.

Estávamos deitados um de frente para o outro, bem próximos, o que fazia com que falássemos baixo.

- Não foi isso que eu disse - ele respondeu.

- Mas foi o que transpareceu - respondi.

- E você acha que beija mal ? - Ele me perguntou.

- Ninguém nunca reclamou - Me exibi.

- Então sempre tem uma primeira vez né - Ele se aproximou mais um pouco, fazendo com que eu sentisse sua respiração bem próxima a minha - Não acha ? - Me provocou.

Já que ele quer brincar, vou entrar no joguinho dele também.

- Será mesmo que eu não sou boa no que faço - Sussurei levando minha mão até seu peitoral e desci até seu abdômen que se contraiu com meu toque.

- Melissa, Melissa, melhor você parar, se não eu não vou me controlar.

- E quem disse que eu quero parar - provoquei.

- Eu avisei ... - Bastou.

Ele foi se aproximando até que selou nossos lábios, pediu passagem com a língua e eu dei espaço para que ela me invadisse, iniciamos o beijo calmamente, mais havia desejo, ele colocou a mão em minha cintura e me puxou para mais perto colando nossos corpos.

Ele aprofundou o beijo e aumentou a velocidade, eu passava as unhas em suas costas o provocando, em um rápido movimento me pôs em cima dele, o beijo foi ganhando intensidade, ele afundou sua mão eu meus cabelos e deu uma leve puxada, ele estava tomando conta de mim e então essa era a hora para eu tomar controle da situação.

Parei o beijo e comei a distribuir beijos em seu pescoço, segui um caminho até sua orelha da qual eu dava leves mordidas e foi aí que ele soltou um gemido baixo.

- Tem certeza que não sou boa no que faço ? - sussurrei em seu ouvido e rebolei em cima do seu membro que nessa altura do campeonato já estava bem acordado.

Ele soltou um grunhido como resposta e foi minha deixa para eu finalizar e provar pra ele o contrário do que me disse.

- É, foi o que eu pensei, você não resiste a mim, parece que eu sou boa sim no que faço, e muito né - disse saindo de cima dele e apontando para o seu amiguinho.

Eu já estava saindo da cama quando ele pegou no meu braço.

- Pera aí ? Aonde você acha que vai ? Não vai me deixar aqui nesse estado né ? - Ele pareceria uma criança pidona.

- Estou indo para o meu quarto, e sim, vou te deixar nesse estado, tenha uma boa noite - Fui saindo o mais rápido possível do seu quarto, antes que me eu me arrependa e volte para terminar o que nós começamos.

- Você vai me pagar por isso, fica ciente que isso não acabou - Ele falou alto e na mesma hora fechei a porta e corri para o meu quarto com aquele ar de vitória.

A Garota do Campo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora