A Garota do Campo (EM REVISÃO)

Capitulo 17

Por mais que no fundinho eu não quisesse parar, isso não era NADA certo, eu odeio ele, ele me odeia, ele é louco, quer somente se aproveitar de mim, se ele acha que eu sou uma daquelas que lambe o rastro dele, meu amor, ele está muito enganado.

- Você pirou ? - parei o beijo bruscamente levando minha linda mão em seu rosto, somente o som do estalo predominou.

- Quem pirou foi você, quem você acha que é pra me bater ? - ele alterou a voz, estava nervoso, provavelmente devia ser o primeiro tapa que tinha levado de uma menina.

- Não importa, não chega mais perto de mim seu idiota, a próxima vez que você fizer alguma coisa ... - ele me interrompeu.

- Você vai fazer o que ? Contar para o papai, sair gritando igual uma louca ? - ele zombou - Ah Melissa, vamos lá, você pode fazer melhor do que isso - me desafiou - Para de ter essas atitudes de criança, vê se cresce.

- Realmente, eu posso sim fazer muito melhor do que isso e você vai ver - dei as costas e entrei dentro de casa indo em direção ao meu quarto.

Eu disse que se ele mexesse comigo, eu ia revirar a vida dele, já que ele pediu agora vou mostrar o outro lado sagaz de Melissa, quero ver quem vai ganhar esse joguinho.

Entrei no quarto, fui direto para o banheiro, tomei um banho e depois fui para a cama.

Arthur

Louca é apelido para aquela menina, ela vai me pagar, que moral tem para me dar um tapa, deixa ela comigo, vou ensina-lá a crescer.

Meu rosto provavelmente estava marcado, ainda sentia queimar, subi para o meu quarto e resolvi tomar um banho.

Quando sai, coloquei uma cueca e deitei na cama, algo me incomodava, aquele beijo, foi coisa do momento, por mais difícil que seja admitir, ela beijava bem pra caralho.

Se tiver que acontecer mais alguma coisa, não vou tomar atitude alguma, vou fazer com que ela venha atrás, só vou fazer algo quando ela pedir e acreditem em mim, ela vai pedir.

Melissa

Amanheceu, ainda deitada olhei para a janela e o tempo estava nublado, senti um calafrio, estava com o corpo ruim e dor de cabeça, mais essa, peguei gripe.

- Melissa minha filha, posso entrar - pediu meu pai do lado de fora do meu quarto.

- Pode pai - falei meio rouca, ele veio até a cama e sentou, continuei enrolada no cobertor.

- Você parece não estar bem, aconteceu alguma coisa ? - se preocupou.

- Nada demais, só estou indisposta, apenas um resfriado.

- Você precisa se alimentar bem, depois do café vamos no medico.

- Pai, eu to bem, não precisa, eu só quero continuar aqui deitada, descansando.

- Tudo bem, mais tarde a Marta trás algo para você comer - ele deu um beijo em minha testa e saiu do quarto.

Meu celular tocou, era o Fred, tinha esquecido completamente que ele vinha pra cá hoje.

- Bom dia flor do dia - Ele disse empolgado.

- Nossa que clichê - ele deu risada - Bom dia.

- Que voz é essa menina, pelo visto a noitada ontem foi boa - falou em um tom malicioso.

- Foi ótima, ela trouxe um belo resfriado - Ironizei - Que horas o ônibus vai sair daí ? São muitas horas de viagem.

- Então Mel ... - ele fez uma pausa - Eu não vou mais poder ir.

- Como assim Frederico ?

- Lembra aquele boy que eu estava saindo ? A família dele quer me conhecer e eles vão passar o fim de semana na praia e fizeram questão que eu fosse, achei chato falar não.

- Fred você vai trocar sua melhor amiga por um cara que você conheceu a menos de UM ano, sério, vem pra cá, a gente nunca passou um aniversário meu separado.

- Mel você sabe que eu gosto muito dele e por isso esperava que você entendesse, você sabe que eu te amo muito muito muito e que é uma das pessoas mais importantes da minha vida, então tenta entender por favor.

- Aii tudo bem energúmeno, vai ser feliz com seu boy, pelo menos lembra de trazer um presente e você vai ter que me prometer que vai vir me ver.

- Aí como é fofa, eu prometo amiga, agora deixa eu ir arrumar as malas, eu te amo muito.

- Também, beijo - finalizamos a conversa.

Já que o tempo estava nublado não tinha muito o que fazer lá fora, resolvi voltar a dormir.