8

178 16 0
                                    

TIA ANIA E LILIAN ESTAVAM dormindo quando sai de casa.

Já são mais de onze horas. Estou determinada a seguir até o fim. Estava querendo me livrar desses problemas, mas depois do beijo de Arthur, preciso de qualquer distração.

Não sei porque, mas quando ele me beijou eu correspondi, e não sei como já que eu era bv até então.

Assim que o beijo terminou, ele se afastou de mim e pediu desculpas. Parecia aflito e foi embora sem me dar explicações.

Tentei ligar para ele, sei que foi só um deslize, mas mesmo assim não o encontrei mais.

* * *

Chego a praia, dela me vem uma brisa fresca e uma fraca ventania.

Vejo em meu celular que ainda tenho mais de meia hora. Então sento-me em um tronco podre, para observar o mar.

De alguma maneira, me sinto reconfortada e livre. Queria que fosse realmente livre.

Fico ali, sem pensamentos, até a hora de ir.

Me levanto, respiro fundo e sigo meu rumo.

A floresta é um pouco densa, pois isso tomo cuidado.

Não tenho um bom senso de direção, mas seu a localização da caverna.

Há um lago pequeno no caminho para a caverna, então tento encontra-lo.

Depois de algum tempo o encontro, sigo reto e me deparo com a caverna.

Ela é cheia de vigas e pedras pontudas, uma verdadeira armadilha.

Entro e sigo em frente. A certos momentos que quase me corto, mas com algum esforço passo só com alguns arranhões.

Me deparo com duas passagens uma para a direita e a outra para a esquerda, que é aonde entro.

Ela é praticamente uma decida, e muito íngreme.

E depois de receber mais alguns arranhões chego literalmente no fim do túnel.

Mas não existe mais nada ali. Apenas o final da caverna.

Mais algo me diz que há mais do que estou vendo.

Algo como um instinto me leva até a parede de lado para o túnel de onde vim. Sei que é ridículo e muito clichê, mas passo a mão pela porta. E em questão de segundos ela se abre.

Assim que entro pela passagem, vejo Cara encostada numa parede conversando com alguns caras. Que posso denominar todos muito gatos.

- Finalmente você chegou. - Ela me da um sorriso. - Pronta para ter suas respostas?

- Mais do que pronta.

Mas na verdade não. Estava tremendo por dentro.

Mas eu tinha que aceitar que já estava na hora.

- Primeiro irei lhe apresentar os rapazes. - Ela me apontou para um cara que aparentava ter uns vinte anos, como todos daquela sala. Esse era loiro dos cabelos lisos e olhos castanho escuros. - Este é Finn. Aquele é Mason meu namorado. - Ela apontou para um cara de cabelo castanhos claros e cacheado de olhos castanhos.- Ali esta o Brad. - Ela apontou para um cara moreno de olhos castanhos. - Jared meu irmão. - Ela indica o que me parece ser o mais novo, igual a irmã só que com olhos castanhos. - E Peter. - Agora ela aponta para o mais bonito. Ele era de cabelo castanho escuro liso e de olhos verdes.

Mason era o mais forte, mas Peter era só um pouco mais magro e seus olhos chamuscavam furia e sarcasmo. O que fazia que se destaca-se mais.

- Ok. E minhas respostas? - Não queria ser indelicada, mas queria mostrar confiança, já que qualquer um ali poderia me matar facilmente.

- Branca peso que seja compreensiva. Prometo que se não acreditar eu mesma lhe mostrarei. - Ela respira fundo e continua. - A séculos, nossos ancestrais foram enganados e caíram em um feitiço, por uma bruxa. Não se preocupe já a matamos. Esse feitiço é uma maldição pasada para alguns de nós. Tentaram quebrar a maldição de diversas maneiras, mas nunca conseguiram. Alguns tentaram fugir e ter uma vida normal. Mas seus descendentes também estavam amaldiçoados. A maioria dos descendentes eram normais, mas alguns não. E você Branca, assim como nós somos amaldiçoados.

- Que tipo de maldição?

Eu acredito em maldições, essa pode ser uma explicação para meu comportamento selvagem essa semana.

- Branca nós somos... - Ela estava nervosa, e com isso começou a me deixar nervosa também. - Nós somos lobisomens.

ReflexoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora