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COMBINEI COM CARA DE VOLTAR a caverna hoje.

Então eu fui.

Faz um mês que ela anda me treinando. Já peguei quase tudo. Controlar mentes, me comunicar com a alcatéia a distância, alguns golpes de luta e principalmente me controlar.

Mas ainda falta algo. Usar meus instintos.

E para isso preciso me concentrar, mas minha mente só gira em torno de Arthur.

Ele não atende minhas ligações, não fala comigo, nem ao menos percebe minha presença.

* * *

Chego na caverna no exato momento que uma moto preta. Parece um dos rapazes, o que é estranho.

Cara quer me treinar pessoalmente, para que não tenha a menor chance de eu agir como os garotos.

O motociclistas desse da moto e tira o capacete. É Peter.

Ele nunca trocou uma palavra comigo. E toda vez que me olha, percebo um sorriso sarcástico em seu rosto.

- O que faz aqui? - Pergunto tentando soar despreocupada.

- Cara e os outros tiveram uns problemas e tiveram que partir por um tempo. E com isso me sobrou ficar de babá. - Ele tinha uma firme e confiante, que combinava muito com ele.

- Ei!

- Tentarei te ensinar algo que preste, já que provavelmente Cara só te ensinou coisas idiotas.

Nenhum dos membros da alcatéia acompanhou meu treinamento com Cara.

Ele faz um gesto para que eu o siga. E é o que eu faço.

Ele para na minha frente a centímetros de mim.

- Não adianta ter um rostinho bonito em uma luta, teremos que treinar seus instintos.

Não sei se aquilo foi um elogio ou um insulto, mas resolvi deixar para lá.

Treinamos primeiro a saída para uma armadilha.

Transformei-me em lobo junto com Peter.

Ele disse para de fossemos para o penhasco, o que me causou arrepio.

Assim que chegamos lá ele se pôs a minha frente, me deixando entre ele e o penhasco.

Estava apavorada por dentro. Sabia o que ele queria. Era questão de vida ou morte.

Instinto, disse a mim mesma, use seus instintos.

E foi o que fiz quando ele partiu para cima de mim.


ReflexoWhere stories live. Discover now