3. rapaz

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Conviver com o tal rapaz misterioso era único, intocável para aqueles que sentiam repulsa. De todas as tarefas que eram minha obrigação dentro de Arkham, minha preferida era olhar para o rosto dele. Engraçado, sua áurea de desastre se iguala a minha.

— Você é o tipo de rapaz que lá fora faria muito sucesso. — prosperei, cruzando as mãos por cima da mesa, quase sem oxigênio. — Você faria sucesso comigo?

Eu acho que sussurrei a última palavra, pois ele se aproximou mais de mim, se debruçou um pouco por cima da mesa, perigosamente perto, não negarei, sua pele é um primor de perto. Tão perto que eu podia sentir seu cheiro de remédio.

Tão venenoso quanto uma poção.

— Depende do quão famosa você é. — ele molhou os lábios com sua língua ácida, erguendo meu queixo para cima.

Ele, o rapaz, homem, garoto, o quê achar melhor, tirou a mão do meu queixo, e eu xinguei mentalmente todos os palavrões existentes. Posso provar a acidez da sua boca?

— Pra você eu sou uma celebridade. — digo, tão certa que chegava a estar errada. — Posso te mostrar minha estrela na calçada da fama.

Jerome dobrou o canto de seus lábios, em um pequeno sorriso perverso. Sua mão foi até meu pescoço. Deslizou pela minha pele quente e faminta, chegando até os panos mal lavados do manicômio. Eu fitei suas mãos antes de perguntar. 

— Quer ver uma coisa?

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All the love.

DADDY ISSUES, j. valeskaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora