6. eu

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— Diz pra mim. — ele repetiu, passando a língua em torno da minha orelha.

O suor quente que descia pelas minhas costas, me deixava ofegante e estimulada. Será que a vadia da minha mãe também diria que isso era errado? O errado e o certo são tão iguais ao meu ver, eu acho que a insanidade dele está me possuindo aos poucos

Não importa. Ela está morta. Morta em pedaços. Junto de suas tantas palavras malditas. Não importa o que eu sou, o que eu faço de errado. Eu não sou o sangue seco nas mãos de um assassino, ou o pecado de um padre. Nós, somos todos vítimas de alguém.

Eu sou vítima das mãos fantásticas desse rapaz, ainda mais quando estou entorno delas.

— Não gosto de pedir duas vezes.

Eu não peço de novo, também não sou do tipo que pede duas vezes. Avanço até sua boca, beijando os lábios dele sem medo e sem pressa. Minha língua promíscua e pecadora alcança o céu da sua boca, trazendo-o para mais perto. Sinto todas as sensações boas do mundo, só que de um jeito mau.

Seu sorriso fraco e sem vida era doentio por entre meus lábios, clássico daqueles que não temiam a nada.

Afasto-me do corpo dele, lambendo toda a região da minha boca. Seu gosto é incrível. Ele não sorri como antes, sua mão vai até seus lábios, limpando todo o meu prazer da sua pele. Do seu jeito perigoso, doentio e tóxico de sempre, tenta me puxar para perto de novo. Você gosta tanto assim?

— Mas por você eu faço uma exceção.

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All the love.

DADDY ISSUES, j. valeskaWhere stories live. Discover now