Voltando a sonhar

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- Mãe olha o que eu ganhei.- Guilherme entrou correndo na sala, sacudindo uma camisa oficial do Corinthians.

- Ganhou de quem? Já disse pra não aceitar nada de estranhos.

- Com licença, estou entrando - ao ouvir a voz de Paulo o coração de Helena disparou.

- Paulo que bom que você veio.- Ana saiu correndo da cozinha para abraça-lo.

- Trouxe um presente pra você também, Aninha.

- Assim esses dois ficam mal acostumadas...- Helena não terminou a frase pois Paulo lhe estendeu um buque de flores e uma caixinha.

- É presente de natal adiantado.- disse ele.

- Obrigado.- respondeu Helena e por um instante ficaram se olhando.

- Que lindo, olha mãe é um vestido florido.

- A moça da loja disse que você pode ir trocar se não servir.

- Acho que serve, vou ir experimentar. Obtigado Paulo.

Helena cheirou as flores e depois foi colocá-las num pote com água.

- Eu não costumo receber flores, nem tenho vaso em casa.

- Apois no que depender de mim, isso vai mudar.- ao notar o rubor na face de Helena, ele mudou de assunto.- E não vai abrir o outro?

Sem jeito Helena abriu a caixinha e deparou-se com um par de brincos de pérolas.

- São lindos, mas não precisava.

- Fiz sem precisão mesmo, foi de coração.

- Seu sotaque é lindo.- murmurou Helena.

- Oxe é só o sotaque? Eu também não sou de se jogar fora.- apesar do tom de brincadeira Helena ficou ainda mais vermelha.

- Claro que não, você é um homem muito bonito.

Ana entrou na sala rodopiando para mostrar o vestido novo.

- Ficou linda.

- Eu também achei mãe. Bem que o Paulo podia passar o natal com a gente.

- Filha, ele deve ter compromisso e não se esqueça que trabalho no restaurante até tarde ajudando a preparar as ceias.

- Todo ano é assim. Chega tarde no dia 24 e sai cedo no dia 25.- resmungou Guilherme que já vestia a camisa nova.

Engole o choro, guerreira.Where stories live. Discover now