Engole o choro, guerreira.

Tragédia anunciada

Nos dias seguintes o rosto machucado de Patricia estava em diversos jornais, ela denunciara Luis Guilherme e fizera um escândalo enorme.

Alheia a toda essa confusão, Helena cuidava dos preparativos para o casamento no civil, ajudada por Carmosina.

- Nem acredito que vou voltar para Sergipe.- falava toda animada.

- Vou mais vocês, não pense que vai se ver livre de mim.- brincou Carmosina.- Paulo contou que vocês vão abrir uma pousada lá e já me empregou.

Helena a abraçou, sorrindo.

- Você que não vai se livrar de nós tão cedo.

- Mãe você viu o noticiário?- perguntou Guilherme.

- Não, o que aconteceu?

- Meu pai está foragido da polícia. Parece que bateu na Patricia e ela o denunciou.

Carmosina e Helena trocaram olhares.

- Bem meu filho tomara que tudo se resolva logo. Eu vou ir pra clinica trabalhar um pouco.

Helena beijou o filho e se despediu de Carmosina.

Chegou cedo na clínica e foi preparar a sala para a primeira cliente quando ouviu uma gritaria.

Foi até a recepção e viu Luis Guilherme transtornado com um revólver na mão.

- Calma Luis, o que está fazendo?- falou ela.

- Eu vim buscar o que é meu.- ele apontou a arma pra cabeça dela.- Te falei, eu disse que você era só minha mas você não me ouviu.

Helena ergueu as mãos e tentou acalmá- lo.

- Vamos conversar.

- Agora não tem mais conversa.- gritou ele, um disparo foi ouvido e um corpo caiu no chão.