Engole o choro, guerreira.

Entre lágrimas e sorrisos

Toda essa tristeza durou cerca de quatro meses até ser marcada a audiência. Paulo e Jean estavam confiantes.

- Consegui uma imagem de uma camera de segurança.- contava Jean.- Veja aqui, mostra exatamente o momento em que são abordados pela polícia.

Paulo aproximou- se do monitor do notebook.

- Você descobriu quem é o quinto integrante?

- Tarcísio Junqueira de Queirós, filho do senador Queirós. Pois é, Paulo.

- Peixe grande.

- Tubarão na verdade, o avô é ministro do supremo. O nome dele nem foi citado. O Gui e os demais vão segurar a bronca.

- Alguém sabe dessa fita?

- Não. Eu tomei conhecimento a poucas horas.

- Você pode me ceder uma cópia?

Jean concordou e Paulo marcou uma hora com Luis Guilherme.

- O que você quer aqui?

- Eu vim para mostrar uma coisa.- Paulo pôs o pendraive na mesa.

- Eu não me interesso por nada que venha de você.- falou Luis Guilherme.

- Eu fico feliz em saber. Na realidade isso diz respeito a você e um tal senador que tem um filho.

Luis encarou- o por um longo tempo e como Paulo não parecia blefar, pegou o pendraive e pôs no notebook conforme as imagens iam avançando, ele ficava pálido.

- Não pode mostrar isso a ninguém, pelo bem do Guilherme.- falou Luis.

- Eu não gostaria de ser obrigado a mostrar. Mas pelo bem do Guilherme, eu farei isso. A menos que você faça algo a respeito.

- O que quer que eu faça?

- Que seja pai. Que livre seu filho. A audiência é na próxima semana.

Paulo saiu. Luis ficou furioso.
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Carmosina segurava a mão de Helena no dia da audiência, fizera questão de vir ajudar a amiga, Ana também estava presente.

Pouco antes de iniciada a audiência, o advogado de um dos rapazes detido com Guilherme pediu para se aproximar do juiz, após deliberarem por um tempo o juiz fez um pronunciamento.

- O réu William de Machado deseja confessar ser o dono das drogas ilicitas encontradas e inocentar os companheiros, alegando que não tinham conhecimento da mesma e apenas lhe deram carona.

Helena demorou para entender que Gui estava livre e chorou abraçada a Carmosina e Ana.

Naquele dia abraçou seu filho tão forte que era como se tivessem se tornado um só, novamente.