Beijar meu padrinho foi como me sentir flutuando sem nenhuma força da gravitação. Foi diferente dos outros que eu só queria beijar e no dia seguinte acorda em camas diferente, com ele era diferente eu queria beijar e beija-lo e no final da noite dormir com a cabeça em seu peito.
Mais após o nosso momento da noite passada, eu não sabia o que fazer no dia seguinte, qual seria a minha reação ou sensação ao vê-lo, mais não foi preciso já que ele estava sentado ao lado da cama fazendo de tudo para me acorda.
- Tá na hora de acordar mocinho. - Falou ele com sua doce voz matinal
- Que horas são?
- São Cinco e quarenta e cinco.
- Da tarde? - Pergunto
- Não da manhã.
- Hoje não tem aula, não preciso levantar cedo. - Digo colocando o travesseiro no rosto contra a claridade do dia.
- Vou te levar a um lindo lugar, vai ser o melhor final de semana que você já teve.
- Deixar para mais tarde.
- Se não vai levantar por bem, você vai levantar por mal. - Falou ele arrancando o lençol de cima de me e me colocando em seu ombro
- Veja só o dia está belo. - Falou ele me colocando de frente ao espelho. - Veja só essa cara parece que não ver um barbeador a anos e essa cara amassada, tá pior do que o da minha vó no caixão.
Olho pro espelho e realmente a barba já estava grande e já havia uma semana que não via o barbeador, e meu cabelo estava todo desengrenado um fio agarrado no outro.
- Agora fique quieto. - Ele parou em minha frente e não conseguia para de olhar para o seu belo rosto, enquanto ele começava a passar o barbeador sobre o meu rosto.
Sua pele clara, sem nenhuma marca ou espinha, suas sombrancelhas perfeitas e seu olhos azuis que de longe se ofuscava pelo azul dos marés.
- Se houver outro dilúvio já sei em qual floresta o Noé pode retirar os bichos. - Falou ele que olhar para me e dou um leve soco nele.
- Se eu deformar seu rosto não venha me culpar. - Seus dentes eram perfeito, brancos e alinhados e sua pequena boca era uma tentação o que me lembrou da noite passada e que ainda não falamos sobre o acontecimento.
- Preciso dizer uma coisa. - Fica quieto ou vou te cortá. - Falou ele me detendo.
- Mais eu preciso muito te fazer uma pergunta. - Tentei falar mais fui impedido por ele mais uma vez.
- Veja só se não ficou melhor do que estava, de homem pré histórico ah um "garoto normal" . - Falou ele abrindo aspas nas últimas palavras.
Realmente tenho que admitir fiquei um pouco diferente, apesar de ficar com aparência de criança toda vez que faço a barba eu fiquei feliz com o resultado.
- Agora hora de me agradecer. - Quando viro para o Ricardo sou pego de surpresa com um beijo de tirar o fôlego, cada beijo dele era um gosto e uma sensação diferente.
- E o que você queira me perguntar?
- Nada. - Digo afogando minha cabeça em seu perfeito e escultural peito nu.
- Então se apressa você tem quinze minutos para descer, se não vai passar o final de semana nessa casa sozinho.
Olho pela janela e vejo o sol nasce na sacada e uma das cenas mais belas e triunfante da vida e agradeço a Deus por amanhecer vivo e por presenciar essa cena.
Uma bermuda táctil branca, uma regata branca, com um óculos e um chinelo para completar e logo encontro o padrinho na sala mais belo do que nunca. Cada estilo diferente o faz ficar ainda mais atraente uma bermuda rosa, uma camiseta branca e uma bota, acompanhado de um óculos escuro.
- Tem certeza que você vai de chinelo?
- Sim. Para onde vamos afinal?
- Você vera. - Falou ele beijando minha testa e cada um pegar uma mochila e partindo para o carro.
Quase quatro horas de viagem sem saber para onde estava indo, mais foram quatro horas de muita cartória, de música oficial a cover, de Madonna a Beyoncé, de Jorge e Mateus a Gusttavo lima.
Depois de quatro horas no carro, deixamos o carro e entramos em uma floresta e começamos a caminha, por uma beleza geográfica e complementada pelos cantos do pássaros.
- Eu avisei que sandália não era uma boa.
- Em nenhum momento você me avisou para onde iríamos. - Digo já revoltado nunca andei tanto em minha vida.
- Relaxe estamos chegando. - Falou ele me dando um selinho e continuando a caminhada.
Depois de mais alguns minutos caminhando, de sol na cara e mosquitos me mordendo, estou parado em frente a uma porteira feita de arame farpado e alguns gravetos velhos protegendo uma casa feita de madeira.
- Chegamos. - Falou sentando em um banco também de madeira, porém pendurado no teto por correntes, o chão começou a rangir a cada passo que eu dava.
Por dentro era até espaçosa e me lembrava muito a casa do desenho coragem o cão covarde. Havia uma cadeira de madeira, um sofá velho forrado por um forró formado por pedaços de lençóis, uma mesa quadrada de quatro cadeiras, uma lareira e um quadro de um casal no estilo anos 60.
- Esses são os meus pais. - Falou ele me guiando até o quarto.
Uma cama de casal e ao lado uma pequena cômoda com um belo abajur, um velho guarda roupa, um espelho que vai até o chão sobre a parede e alguns livros empilhados sobre uma velha e empoeirada estante.
- O que achou da casa? - Perguntou ele sentado-se sobre a cama.
- Achei bem aconchegante. - Não foi assim que imaginei esse final de semana, talvez ficado na cidade sozinho não teria sido má ideia.
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SEU AFILHADO (ROMANCE GAY)
RomanceDar o melhor presente, assumir responsabilidades, compartilhar o que tem de melhor essas sempre foi uma tarefa de um bom padrinho, coisas que para Maurício nunca foi necessário quando tudo isso era substituto por luxo. Mais quando seu segredo é desc...