CAPÍTULO ONZE ×

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Beijar meu padrinho foi como me sentir flutuando sem nenhuma força da gravitação. Foi diferente dos outros que eu só queria beijar e no dia seguinte acorda em camas diferente, com ele era diferente eu queria beijar e beija-lo e no final da noite dormir com a cabeça em seu peito.

Mais após o nosso momento da noite passada, eu não sabia o que fazer no dia seguinte, qual seria a minha reação ou sensação ao vê-lo, mais não foi preciso já que ele estava sentado ao lado da cama fazendo de tudo para me acorda.

- Tá na hora de acordar mocinho. - Falou ele com sua doce voz matinal

- Que horas são?

- São Cinco e quarenta e cinco.

- Da tarde? - Pergunto

- Não da manhã.

- Hoje não tem aula, não preciso levantar cedo. - Digo colocando o travesseiro no rosto contra a claridade do dia.

- Vou te levar a um lindo lugar, vai ser o melhor final de semana que você já teve.

- Deixar para mais tarde.

- Se não vai levantar por bem, você vai levantar por mal. - Falou ele arrancando o lençol de cima de me e me colocando em seu ombro

- Veja só o dia está belo. - Falou ele me colocando de frente ao espelho. - Veja só essa cara parece que não ver um barbeador a anos e essa cara amassada, tá pior do que o da minha vó no caixão.

Olho pro espelho e realmente a barba já estava grande e já havia uma semana que não via o barbeador, e meu cabelo estava todo desengrenado um fio agarrado no outro.

- Agora fique quieto. - Ele parou em minha frente e não conseguia para de olhar para o seu belo rosto, enquanto ele começava a passar o barbeador sobre o meu rosto.

Sua pele clara, sem nenhuma marca ou espinha, suas sombrancelhas perfeitas e seu olhos azuis que de longe se ofuscava pelo azul dos marés.

- Se houver outro dilúvio já sei em qual floresta o Noé pode retirar os bichos. - Falou ele que olhar para me e dou um leve soco nele.

- Se eu deformar seu rosto não venha me culpar. - Seus dentes eram perfeito, brancos e alinhados e sua pequena boca era uma tentação o que me lembrou da noite passada e que ainda não falamos sobre o acontecimento.

- Preciso dizer uma coisa. - Fica quieto ou vou te cortá. - Falou ele me detendo.

- Mais eu preciso muito te fazer uma pergunta. - Tentei falar mais fui impedido por ele mais uma vez.

- Veja só se não ficou melhor do que estava, de homem pré histórico ah um "garoto normal" . - Falou ele abrindo aspas nas últimas palavras.

Realmente tenho que admitir fiquei um pouco diferente, apesar de ficar com aparência de criança toda vez que faço a barba eu fiquei feliz com o resultado.

- Agora hora de me agradecer. - Quando viro para o Ricardo sou pego de surpresa com um beijo de tirar o fôlego, cada beijo dele era um gosto e uma sensação diferente.

- E o que você queira me perguntar?

- Nada. - Digo afogando minha cabeça em seu perfeito e escultural peito nu.

- Então se apressa você tem quinze minutos para descer, se não vai passar o final de semana nessa casa sozinho.

Olho pela janela e vejo o sol nasce na sacada e uma das cenas mais belas e triunfante da vida e agradeço a Deus por amanhecer vivo e por presenciar essa cena.

Uma bermuda táctil branca, uma regata branca, com um óculos e um chinelo para completar e logo encontro o padrinho na sala mais belo do que nunca. Cada estilo diferente o faz ficar ainda mais atraente uma bermuda rosa, uma camiseta branca e uma bota, acompanhado de um óculos escuro.

- Tem certeza que você vai de chinelo?

- Sim. Para onde vamos afinal?

- Você vera. - Falou ele beijando minha testa e cada um pegar uma mochila e partindo para o carro.

Quase quatro horas de viagem sem saber para onde estava indo, mais foram quatro horas de muita cartória, de música oficial a cover, de Madonna a Beyoncé, de Jorge e Mateus a Gusttavo lima.

Depois de quatro horas no carro, deixamos o carro e entramos em uma floresta e começamos a caminha, por uma beleza geográfica e complementada pelos cantos do pássaros.

- Eu avisei que sandália não era uma boa.

- Em nenhum momento você me avisou para onde iríamos. - Digo já revoltado nunca andei tanto em minha vida.

- Relaxe estamos chegando. - Falou ele me dando um selinho e continuando a caminhada.

Depois de mais alguns minutos caminhando, de sol na cara e mosquitos me mordendo, estou parado em frente a uma porteira feita de arame farpado e alguns gravetos velhos protegendo uma casa feita de madeira.

- Chegamos. - Falou sentando em um banco também de madeira, porém pendurado no teto por correntes, o chão começou a rangir a cada passo que eu dava.

Por dentro era até espaçosa e me lembrava muito a casa do desenho coragem o cão covarde. Havia uma cadeira de madeira, um sofá velho forrado por um forró formado por pedaços de lençóis, uma mesa quadrada de quatro cadeiras, uma lareira e um quadro de um casal no estilo anos 60.

- Esses são os meus pais. - Falou ele me guiando até o quarto.

Uma cama de casal e ao lado uma pequena cômoda com um belo abajur, um velho guarda roupa, um espelho que vai até o chão sobre a parede e alguns livros empilhados sobre uma velha e empoeirada estante.

- O que achou da casa? - Perguntou ele sentado-se sobre a cama.

- Achei bem aconchegante. - Não foi assim que imaginei esse final de semana, talvez ficado na cidade sozinho não teria sido má ideia.

SEU AFILHADO (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now