Uma sala de hospital fria e deserta. Ao por os pés no chão sinto o frio percorrer meu corpo e meu braço doer, no lugar onde havia um cateter ligado, me sinto estranho dentro dessa vestimenta.
Caminho até a porta e está mais deserto ainda. Não vejo um pé de gente e em vez em quando as luzes piscam. Não sei o que quero mais dentro de me, eu estou procurando algo. Continuo andando e até os quartos estão vazios, macas bagunçadas, mais nenhum sinal da médico, enfermeira ou paciente.
Continuo caminhado e viro a esquina e na primeira sala através do vidro, vejo um corpo sobre a maca cheio de fios ligados nele. Ele estava vivo pois de fora eu podia escutar o barulho do aparelho. Caminho lentamente até a sala é me aproximo do paciente eu não o conhecia mais senti pena dele, olho para todos aqueles aparelho e não entendo nada, mais de uma coisa eu sabia ele ainda estava com vida.
Mais de repente o som do aparelho que era de maneira suave, se tornou em um barulho continuou e infernal, os batimentos sumiram da tela e o homem começou a se mexer na cama eu não sábia o que fazer.
No mesmo instante que os corredores estavam vazios, agora ele estava movimentando. Pessoas entrando e saindo, médicos carregando macas, pessoas chorando e se abraçando eu gritava pedido ajudar, mais parecia que ninguém me ouvia, era como se eu nao estivesse ali, era como se fosse um pesadelo.
A ambulância correr o mais rápido que pode, as sirenes são pra tentar ajudar chegar o mais rápido possível, mais só faz meu coração apertar mais.Seguro a mão da mamãe e do Rick na esperança de tudo ficar bem. Ao olhar seu belo rosto, ainda me recordo de quando o vir na porta baleado e desacordado e de lá pra cá nada mudou, só ador que triplicou.
Os dois estão desacordados, Rick parece está dormindo, ele é tão lindo parece um anjo. Eu fecho os olhos e começo a ora sei que para muitos Deus condena os homossexuais, mais eu sei que nesse momento ele vai me ouvir.
Chegamos ao hospital e vejo as macas serem levadas por lados diferentes e sou obrigado a ficar na espera, eu tento entra na sala mais sou contido mais de uma vez.
Cada minuto nessa sala de espera parece uma eternidade. Eu chorei quando a vovó se foi, mais dessa vez é diferente e eles ainda estão aqui comigo. A cada médico que surgia eu levantava rapidamente da cadeira, mas nenhum deles era o que poderia me resgatar ou terminar de me afundar.
Eu queria apenas um abraço, alguém para por a cabeça no ombro é descansar em silêncio até que esse inferno acabasse, mais não tenho ninguém estou sozinho e perdido e como se eu estivesse em um labirinto sem saída.
Vejo algumas pessoas recebendo notícia que seus ente querido se foram e parte ainda meu coração, a maneira que eles dão as notícias, eu queria fugir daqui eu não queria ser o próximo ao ouvir o que eles tinham a dizer é já faz horas que eu estou aqui e a única coisa que ouço e "tenha calma a cirurgia irá demorar, eles estão dando o máximo de sí".
Ando de um lado para o outro, Já tomei uns dez copinhos de café mas nada me acalmar e nada de notícias. Sento em uma cadeira e mais uma vez começo a falar com Deus, acho que nunca falei tanto com ele, como falei hoje. Até que sinto uma mão áspera e cansada pousa sobre a minha. Era uma senhora de cabelos branco sentada ao meu lado com aparência abatida e cansada.
- Meu marido sofre de câncer em estado terminal e passo todos os meus dias aqui. Toda vez que vamos pra casa eu tenho que voltar horas depois. Eu estou passando por isso a seis anos, eu nunca desistir dele, tenho que admitir eu estou cansada já tenho sessenta e dois anos, mais eu não desisti ele vai ser curado e voltarei para casa feliz e poderei dormir e não açorda no dia seguinte, mais eu irei com a missão cumprida. Tenha fé meu querido seja o que estiver acontecendo vai passar.
Eu não conseguia largar a mão daquela senhora, eu não conseguia para de olhar para ela e também não conseguia controlar as lágrimas que começará a jorrar, até ver os médicos é responsável pela cirurgia se encaminhar até a minha direção.
Cada passo que eles davam era como se estivesse se distanciando de me, eu não sabia se queria ouvir o que eles teriam a me dizer é não conseguia levantar minhas pernas pensavam e o pânico mais uma vez tomou conta de me.
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SEU AFILHADO (ROMANCE GAY)
RomanceDar o melhor presente, assumir responsabilidades, compartilhar o que tem de melhor essas sempre foi uma tarefa de um bom padrinho, coisas que para Maurício nunca foi necessário quando tudo isso era substituto por luxo. Mais quando seu segredo é desc...