CAPÍTULO VINTE UM ×

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Uma sala de hospital fria e deserta. Ao por os pés no chão sinto o frio percorrer meu corpo e meu braço doer, no lugar onde havia um cateter ligado, me sinto estranho dentro dessa vestimenta.

Caminho até a porta e está mais deserto ainda. Não vejo um pé de gente e em vez em quando as luzes piscam. Não sei o que quero mais dentro de me, eu estou procurando algo. Continuo andando e até os quartos estão vazios, macas bagunçadas, mais nenhum sinal da médico, enfermeira ou paciente.

Continuo caminhado e viro a esquina e na primeira sala através do vidro, vejo um corpo sobre a maca cheio de fios ligados nele. Ele estava vivo pois de fora eu podia escutar o barulho do aparelho. Caminho lentamente até a sala é me aproximo do paciente eu não o conhecia mais senti pena dele, olho para todos aqueles aparelho e não entendo nada, mais de uma coisa eu sabia ele ainda estava com vida.

Mais de repente o som do aparelho que era de maneira suave, se tornou em um barulho continuou e infernal, os batimentos sumiram da tela e o homem começou a se mexer na cama eu não sábia o que fazer.

No mesmo instante que os corredores estavam vazios, agora ele estava movimentando. Pessoas entrando e saindo, médicos carregando macas, pessoas chorando e se abraçando eu gritava pedido ajudar, mais parecia que ninguém me ouvia, era como se eu nao estivesse ali, era como se fosse um pesadelo.

A ambulância correr o mais rápido que pode, as sirenes são pra tentar ajudar chegar o mais rápido possível, mais só faz meu coração apertar mais.Seguro a mão da mamãe e do Rick na esperança de tudo ficar bem. Ao olhar seu belo rosto, ainda me recordo de quando o vir na porta baleado e desacordado e de lá pra cá nada mudou, só ador que triplicou.

Os dois estão desacordados, Rick parece está dormindo, ele é tão lindo parece um anjo. Eu fecho os olhos e começo a ora sei que para muitos Deus condena os homossexuais, mais eu sei que nesse momento ele vai me ouvir.

Chegamos ao hospital e vejo as macas serem levadas por lados diferentes e sou obrigado a ficar na espera, eu tento entra na sala mais sou contido mais de uma vez.

Cada minuto nessa sala de espera parece uma eternidade. Eu chorei quando a vovó se foi, mais dessa vez é diferente e eles ainda estão aqui comigo. A cada médico que surgia eu levantava rapidamente da cadeira, mas nenhum deles era o que poderia me resgatar ou terminar de me afundar.

Eu queria apenas um abraço, alguém para por a cabeça no ombro é descansar em silêncio até que esse inferno acabasse, mais não tenho ninguém estou sozinho e perdido e como se eu estivesse em um labirinto sem saída.

Vejo algumas pessoas recebendo notícia que seus ente querido se foram e parte ainda meu coração, a maneira que eles dão as notícias, eu queria fugir daqui eu não queria ser o próximo ao ouvir o que eles tinham a dizer é já faz horas que eu estou aqui e a única coisa que ouço e "tenha calma a cirurgia irá demorar, eles estão dando o máximo de sí".

Ando de um lado para o outro, Já tomei uns dez copinhos de café mas nada me acalmar e nada de notícias. Sento em uma cadeira e mais uma vez começo a falar com Deus, acho que nunca falei tanto com ele, como falei hoje. Até que sinto uma mão áspera e cansada pousa sobre a minha. Era uma senhora de cabelos branco sentada ao meu lado com aparência abatida e cansada.

- Meu marido sofre de câncer em estado terminal e passo todos os meus dias aqui. Toda vez que vamos pra casa eu tenho que voltar horas depois. Eu estou passando por isso a seis anos, eu nunca desistir dele, tenho que admitir eu estou cansada já tenho sessenta e dois anos, mais eu não desisti ele vai ser curado e voltarei para casa feliz e poderei dormir e não açorda no dia seguinte, mais eu irei com a missão cumprida. Tenha fé meu querido seja o que estiver acontecendo vai passar.

Eu não conseguia largar a mão daquela senhora, eu não conseguia para de olhar para ela e também não conseguia controlar as lágrimas que começará a jorrar, até ver os médicos é responsável pela cirurgia se encaminhar até a minha direção.

Cada passo que eles davam era como se estivesse se distanciando de me, eu não sabia se queria ouvir o que eles teriam a me dizer é  não conseguia levantar minhas pernas pensavam e o pânico mais uma vez tomou conta de me.

SEU AFILHADO (ROMANCE GAY)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora