Rebel Love Song - Versão Portuguesa

❣ Capitulo 60 ❣

--------------------------------------- ❣ Vii P.O.V. ❣ ------------------------

❣ Os meus olhos doíam. Doíam de tanto eu chorar. O meu corpo doía. Doía da tareia que tinha levado há poucas horas. Estava há horas acorrentada neste sítio frio e húmido. Não entrava luz do dia, apesar de se ouvir barulho de rua. O meu estomago roncava de fome e de dor e eu encolhia-me com medo de fazer barulho.

❣ De repente, ouvi passos. Estavam cada vez mais próximos. Eu encolhi-me na parede, tentando ficar escondida ao mesmo tempo que a porta rangia. Senti o bafo da rua a invadir o local frio e húmido que estava presa. Ele aproximou-se de mim, com um sorriso nos lábios. Sorriso que outrora me alegrava de ver, agora assustava-me. Nunca pensei que ele me pudesse fazer mal.

XX – Princesa, tens de comer. * Coloca-me um prato com comida, que até tinha bom aspecto, no chão*

Eu *encolhida* - Não tenho fome.

XX -Oh, vá lá. Sabes perfeitamente que isso não te faz bem. * Ele lança-me um sorriso charmoso e eu sinto calafrios. Olho para o chão e fico calada.* - Não vais mesmo comer nada? * Decidi não responder. Mordi o lábio com força, com medo de chorar.*

❣ De repente, ele dá um pontapé à comida. Eu salto, assustada e olho para cima. A sua expressão estava mudada. Estava mais frio e chateado. Outra vez, não, por favor...Rezo mentalmente.

XXX – Pensas que aqui podes fazer o que queres? Que aqui tens liberdade? Bem vinda ao meu mundo, Violet!

❣ Arrepiei-me e voltei a olhar para o chão. Oiço-o a suspirar e ele aproxima-se de mim, ajoelhando-se há minha frente. Coloca a sua mão imunda direta no meu queixo e puxa a minha cara na direção da dele. O meu coração saltava, de medo e eu tinha vontade de gritar e chorar. De lhe bater. Mas não podia.

XX – Violet, podemos ser felizes juntos... Não podes reconsiderar o meu pedido?

❣ Durante horas, ele pediu-me para deixar o Andy e ficar com ele. E durante horas eu respondi negativamente. Ao inicio, quando estávamos na rua ele não me fazia nada, para alem de rir. Mas quando chegamos a este sitio odioso a primeira coisa que ele fez foi prender-me nestas correntes apertadas e bater-me. Durante 5 minutos fui golpeada na cara, na barriga e nas costas. Doía-me o corpo todo.

Eu * mordo o lábio, para conter as lágrimas que queriam sair* - Eu...

XXX – Bebé, sabes qual é a resposta que quero ouvir... Se voltares a proferir o nome dele aqui, sabes que vais ter consequências graves e feias para ti... * Eu engulo a seco* - Vá lá, sabes que eu sou de longe melhor que ele.... * Não lhe respondo. Tenho medo de responder* - Precisas de mais tempo para pensar... Eu entendo. Eu preciso de ir. Tens uma semana para pensar... Acho que chega perfeitamente, não?

Eu * assustada* - Uma semana? Vou ficar aqui tanto tempo?

XX – Oh, vais ficar aqui o tempo que eu desejar...

Eu – Mas... eu não posso! Isso é rapto!

XXX * encolhe os ombros* - Achas que alguém me vai apanhar?

Eu * chorando* - Não podes fazer isto! O meu pai vai encontrar-me! Eu sei que sim! * Ele ri-se à gargalhada e eu sinto-me humilhada*

XX – Vai? Com que descrição? Com o teu belo cabelo castanho, comprido e ondulado? Já olhaste para ti? Mesmo se saísses para a rua, ninguém te reconhecia! * Eu senti uma bofetada. O meu cabelo estava curto e loiro. Um loiro horrível, pintado na casa de banho do avião enquanto eu estava drogada* Daqui a algum tempo a polícia esquece-te, tal como esqueceu todas as outras desaparecidas...

Eu – O Andy nunca me vai deixar! Ele vai encontrar-me! Ele vai.... * Ele manda-me um murro. A sua cara estava contorcida de irritação. Eu sinto algo quente a escorrer do meu nariz. Sangue. Dor e sangue preenchem a minha cara. Ele aproxima-se de mim e puxa-me o braço, apertando-o. Eu olho para ele assustada, enquanto ele retira uma pequena navalha. Eu grito de dor quando sinto a faca a cortar-me o braço direito. A dor é momentânea, e depois passa, até ele voltar a cortar. Olho para ele e ele sorri. *

XXX – Não voltes a pronunciar o nome dele... Ou as consequências serão terríveis. * Ele devolve-me o braço e eu encolho-me no canto da sala.* - Tu serás minha. De uma maneira ou de outra *Oiço os passos dele a afastarem-se e a porta a abrir, lançando, novamente, o bafo quente da rua.*

❣ Não faço ideia onde estou. Não consegui perceber durante todo o caminho. Sei que estou longe de casa. A língua que oiço na rua é diferente. Não é inglês. Pelo menos, não parece.

❣ O meu coração doía. Tinha tantas saudades do Andy, do meu pai, da Hayley e do Ronnie. Todos eles, sem excepção. Desejava que eles me encontrassem e tirassem deste pesadelo. Tenho medo do que ele me pode fazer. As lágrimas escorriam, sem cessar, dos meus olhos. Sentia-me sozinha e vazia. Mas tenho a certeza de que eles me vão encontrar. O Andy nunca vai desistir de mim.

------------------------------- ❣ Fim do capítulo ❣ ------------------------------------

❣ Eu sei tenho demorado uma eternidade a atualizar, mas estou cheia de trabalho (vida de mestrado é difícil XD) Espero que tenham gostado do capítulo XD Quem acham que é o "mauzão" que está a fazer mal à Vii?