O Começo de Tudo

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- Alteza. - cumprimentou o soldado, ajudando a Imperatriz a subir na carruagem, o cocheiro da a partida, várias carruagens circulavam pelas ruas, o povo curioso observava a nobreza.

  Ouve uma época, não faz muito tempo, em que nós vivíamos em um mundo encantado de elegância, palácios e grandes bailes.

O grande pátio do palácio de Catarina estava lotado de carruagens, estrelas iluminavam o céu da noite.

  O ano era 1909, e o meu filho, Nicolau, era o Czar da Russia Imperial.

O salão principal estava lotado de pessoas, suas paredes de mármore com detalhes em ouro, evidenciavam a riqueza e poder da família imperial. Boa parte dos convidados dançavam no meio do salão em um ritmo frenético e rápido,enquanto uma grande multidão os observava, sob as escadas no topo a frente do grande quadro da família imperial haviam três tronos de ouro, o da direita médio, que pertencia a Czarina, o do meio o maior que pertencia ao Czar, e o da esquerda um pouco maior do que os que estavam abaixo, pertencia a mãe do Czar. No meio das escadas haviam quatro pequenos tronos de ouro, que eram ocupados, o primeiro por uma jovem de 14 anos, o segundo por uma de 12, o terceiro por uma de 10 e o quarto e último estava vazio. A Imperatriz se dirigiu ao seu lugar e sorridente acenou para uma pequena loirinha que dançava no salão, era ela... a menina que faltava.

- Olá querida.

  Estávamos comemorando o tricentésimo aniversário do governo da nossa família.

A garotinha que faltava possuía 8 anos, era baixinha, loira e possuía os olhos azuis de toda sua família,ela dançava com seu pai, e sua mãe os observava alegremente ao lado, ela desvia de seu pai e marotamente mostra a língua para suas irmãs, que reviram os olhos divertidas. A menina se vira para o pai, que a ergue e gira no ar, fazendo sua kokochnik que combinava com suas vestes cair, mas ela nem ao menos se importou.

- Ah! papai. - a menina diz rindo quando é erguida no ar, ele a coloca com cuidado no chão, ela faz uma respeitosa reverência. 

- Tudo bem, pode ir. - ele diz a ela.

   E naquela noite, nenhuma estrela era mais radiante do que aquela da nossa doce Anastasia, a minha neta mais jovem.

A menina subiu os degraus correndo, quando chegou ao encontro de sua avó entregou a ela um desenho, a idosa sorriu. Um pequeno menino de cabelos castanho-claro, com roupas simples e sujas, saiu de uma porta, ele observava atentamente a avó e a pequena Grã-duquesa.                                                                

  Ela me suplicou para não voltar para Paris e então eu mandei fazer um presente muito especial para ela, para tornar a separação mas fácil, para nós duas.

A Imperatriz-viúva puxou de dentro de sua bolsa uma caixinha arredondada, era de ouro puro, com algumas pequenas pérolas, sua tampa e alguns detalhes eram de esmeralda. 

- Pra mim? - a Imperatriz passou a caixinha para a menina,que observava encantada. - É uma caixinha de jóias?. - o pequeno menino de dez anos ainda observava tudo mas então...

- Dimitri! - um homem careca e bigodudo repreendeu o ato do menino. O mordomo tinha um terno em estilo pinguim, ele pegou o menino o erguendo no ar. - O seu lugar é na cozinha. - ele o arrastou para fora do salão.

A Imperatriz puxou de sua bolsa, um pequeno colar.

- Escute .- disse pegando a caixinha, ela encaixou o colar e deu duas voltas, quando se abriu haviam dois pequenos bonequinhos,a menina reconheceu eram o Czar e a Czarina, seus pais. A caixinha começou a tocar uma melodia suave, a menina disse feliz e surpresa.

O Anjo de Severo SnapeWhere stories live. Discover now