Ah, aquele maldito sorriso

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 Severo Snape, o temível e terrível mestre de poções, outrora tão assustador agora se colocava na personagem de homem amendrotado e temeroso. Ele parecia uma barata tonta andando de um lado para o outro, estava sem rumo e sem direção, parecia que havia perdido o controle de suas pernas.

 Inconsientemente ele se levou até o lado de fora do castelo. Ele precisava de ar fresco. Severo com os dedos trêmulos e desajeitados desfez o aperto da gola de suas vestes, mas a tremedeira era tanta que ele acabou por rasgá-la.

 Ele sentia-se sufocado.

O esqueleto dela jazira na Câmara para sempre

 Aquele aviso apenas servira para pertubá-lo ainda mais. Tudo bem, nem ele e nem ninguém sabia se a escritura se referia a Anastasia ou a nova desaparecida, Gina Weasley. Mas era o suficiente para deixar a todos apavorados, principalmente Minerva que desmaiara assim que colocara seus olhos na mensagem.

 Ele já não aguentava mais, não poderia ficar ali de braços cruzados, enquanto sabia que Anastasia corria perigo. E então lembrou-se, Lockhart muitas vezes gabara-se de saber onde era a entrada da câmara secreta. 

 Severo acreditava nele?

 Não

 Obviamente não. A mínima perspectiva de que todos aqueles feitos, escritos em livros, e adorados pelas pessoas eram de fatos reais, ou melhor, que Gilderoy havia os realizado era simplesmente patético.

 Mas e se dentre todas as muitas mentiras, houvesse ao menos uma pequena verdade. Severo tinha que tentar.

—... Tente usar o bom senso, meus livros não venderiam nem a metade se as pessoas não acreditassem que eu tinha feito tudo aquilo.

 Severo conseguiu escutar a confissão suja de Lockhart enquanto se aproximava da sala do professor de DCAT. Além da confissão, ele conseguiu ouvir Harry e Ron confrotando-o

— O senhor é uma fraude. Está levando crédito do que outros bruxos fizeram.

— Tem alguma coisa que saiba fazer?

— Sou muito bom com os feitiços da memória. Ou então os bruxos já teriam saido por ai falando de mim e eu não teria vendido mais nenhum livro. 

 Céus, o quão falso e odioso era aquele homem. Tão desprovido de caráter que usava feitiços de memória nas pessoas e ainda pior, ele é quem levava o crédito pelos feitos dos outros.

 Ele era um verdadeiro... Severo não conseguia pensar na palavra certa.

 Como era mesmo que Anastasia chamava aqueles a qual ela não gostava? 

 Ah, sim!

 Embuste.

 Era de embuste que ela os chamava.

—... Na verdade eu vou ter que fazer o mesmo com vocês. — Essa foi a deixa para que Severo revelasse a sua presença e adentrasse na sala com a varinha empunhada ameaçadoramente para Lockhart.

— A única coisa que você ira fazer aqui Lockhart é nos levar a câmara secreta e se você falhar conhecera algo bem mais doloroso do que um feitiço da memória.

— Oh meu Deus. — Anastasia exclamou e se aproximou da pequena forma do outro lado da câmara. Cuidadosamente, ela desvirou o corpo, podendo identificá-la como a pequena Weasley, Gina.

 A loira checou a pulsação da ruiva, fraca. A Weasley estava muito pálida, desacordada e fraca mas pelo menos estava viva.

— Riddle, o que você fez?! — O tom da menina era duro e repreendedor. Aquilo fazia-a parecer tão decidida. Tom gostara daquilo.

O Anjo de Severo SnapeDonde viven las historias. Descúbrelo ahora