A voz do CORAÇÃO

Capítulo Onze

Will

As palavras de Luiza ainda perturbavam meus pensamentos, por isso resolvi sair do apartamento,antes que disséssemos coisas que pudesse ofender um ao outro. Fiquei perambulando pelo campus da faculdade, tentando colocar minha cabeça em ordem, e esquecer a raiva que estava de Kevin. Acho que nunca mas vamos tem uma relação agradável de irmãos, a cada dia ele se parece mas com meu pai. Um egoísta,que só penso apenas em ser bem sucedido, não se importando oque faço para chegar no topo.
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_ Até que em fim você chegou, estou fazendo uma lasanha daquelas para nosso jantar. JP diz todo animado.

_ Acho que hoje não vai rolar amigo!

_ Espera aí! oque aconteceu, porque você todo detonado assim? JP pergunta confuso.
Relato tudo oque aconteceu, a briga com Kevin e a conversa que tive com Luiza.

_ Caraca! ,Kevin a cada dia se supera mas! ...e Luiza, aonde ela está? JP diz, me deixando confuso.

_ Ela não está no quarto?

_ Não, ...dês que cheguei não à vi, achei que ele estivesse com você! Naquele momento, senti como tivesse levado um soco no estômago.

Fui até meu quarto, onde Luiza estava durante esses meses, e perdi o chão quando vi que nenhuma das suas coisas estavam lá.

_ Não acredito que ela fez isso! Resmungo, enquanto vejo JP me encarrar. _ Luiza foi embora! ...ela disse que todo nosso acordo havia acabado, e achei que ela estava falando aquilo, porque estava nervosa. Digo apoiando minhas cabeças mas mãos.

_ Pelo jeito ela estava falando sério. Sinto muito Will. JP diz, dando tapinhas nas minhas costas.
Então ouvimos a campainha tocar, corro até a porta com a esperança de que seja Luiza, mas me decpiciono assim que vejo Gabi ali parada.

_ Gabi, aonde está Luiza! Digo impaciente.

_Provavelmente a essa hora, está em Campo Lindo!

_ Droga! Droga! Grito e dou socos na parede.

_ Calma Will! Ficar assim não vai adiantar nada! JP me consola.

_ Eu disse pra ela, que era uma loucura !mas a teimosa  não me deu ouvidos! ...só pediu pra lhe dizer, que você à perdoe por tudo, e que ela é muito grata pelo que você fez por ela. Gabi diz.

_ Legal! Ela me agradece e o leva meu pequeno embora! Digo irônico. Como vou continuar essa minha vida sem graça, sem meu pequeno. Eu já me via com ele, fazendo coisas que meu pai nunca fez comigo. Mas se Luiza pensa que desistirei tão fácil assim, ela estava enganada.
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_ Então parceiro, acho que é aqui que nós nos separamos. Digo à JP, que veio comigo até a rodoviária, logo de manhã.

_ Vou sentir falta amigo! ,...quem será minha cobaia agora? JP ri. E eu também vou sentir falta do meu amigo, e de todas nossas aventuras, e também das várias encrencas que nós envolvemos.

_ Você poderia convidar a Gabi, para ti ajudar com seus novos pratos. Aproveita e se declara para ela, logo de uma vez. Digo, fazendo JP me encarrar assustado.

_ Está tão na cara assim? Ele coça a nuca.

_ Muito! ,eu não sei como ela não percebeu ainda! Gabi é uma garota legal,então não a deixe escapar.

Me despeço do meu velho amigo, e vou em direção ao ônibus que havia chegado.

_ Will! ...,você deveria fazer o mesmo com Luiza! JP grita, me fazendo olha-ló sem entender do que ele falava. Tudo que eu tinha com Luiza,era apenas amizade,e um grande carinho que sentia por aquele pequeno.

As duas horas de viagem até Campo Lindo, pareceu uma eternidade,e agradeci mentalmente ao desembarcar na rodoviária. Pego um táxi, e vou para casa de Luiza, meu coração parece que iria sair pela boca, e não conseguia entender o porque disso. Chego em fim na sua casa, era simples mas cheio de vida, bem diferente da minha, que era dez vezes maior mas as pessoas que viviam lá, mau se falavam. Respiro fundo, então bato palmas, logo sua mãe sai e vem ao meu encontro. Nunca havia reparado como as duas são parecidas. Ela chega até o portão, e me encara parecendo confusa.

_ Boa tarde! ...sou William Miller, um amigo de Luiza, ela está?.

_ Eu sei quem você é, e o filho mas novo do senhor Alberto Miller,patrão do meu marido, só não estou entendendo porque está procurando Luiza, ...vocês nunca foram amigos! Ela diz, com ar de desconfiança, e percebo que se não dizer toda a verdade, ela não me deixará falar com Luiza.

_ Na verdade, somos mas que amigos! ...eu e Luiza estamos juntos, eu sou o pai do filho que ela está esperando! Ela respira fundo, e passa a mão pelo rosto, e me fuzilando com os olhos.

_ Não acredito que Luiza, mesmo sabendo de sua fama foi se envolver com você! ...não reconheço mas minha filha! . Mas oque você está fazendo aqui, ela disse que vocês tinham terminado?
Pelo menos Luiza, não tinha dito a verdade sobre ela e Kevin, agora eu tinha que pensar em alguma explicação para dar,antes que tudo ficasse complicado.

_ Eu não terminei com Luiza! ...nos tivemos uma discussão, e então ela foi embora sem dizer nada, estou aqui para ficar com ela, e assumir minhas responsabilidades com nosso pequeno. Falo, esperando que ela acredite.  _ Por favor! ,me deixe ver Luiza e meu pequeno, a senhora não sabe como é insuportável não estar perto dos dois. Sou sincero.

_ Tudo bem! ,vocês dois precisam mesmo conversar! Ela diz me dando passagem.
A sigo até sua casa, feliz por ela ter acreditado em mim e me deixado ver Luiza.

_ Vou dizer a Luiza que você está aqui! A mãe de Luiza diz, saindo para um corredor. Enquanto eu fico ali parado como uma estátua, planejando oque vou dizer quando vê-lá, e não sei porque estou desse jeito?, nunca me senti assim antes. Então tento me distrair olhando alguns porta-retratos numa pequena cômoda, e percebo que muitos deles são de Luiza, da época do colégio.

_ Will! . Escuto um pequeno sussurro atrás de mim. Me viro, e vejo Luiza com seus olhos castanhos e cílios grandes me olhando, vestida com um short e uma camiseta justa que não escondia sua barriga. Ela estava completamente diferente, do que a via na capital, mas vê-lá assim me fez sorrir. Então ela me dá um sorriso triste, corre ao meu encontro, e me abraça. Um abraço tão forte e cheio de sentimento, como se eu fosse sua salvação naquele momento. O que me fez sentir um aperto por dentro, pois eu esperava  por tudo, menos por aquele abraço.