Capítulo Vinte Dois

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Lembranças Luiza

_ Eu não aguento mas aquele babaca! . Digo indignada, depois de mas uma apresentação que o idiota de Will Miller, fez questão de perturbar.

_ Talvez, ele esteja se vingando de você, já que mas uma vez ignorou
sua solicitação de amizade no facebook. Gabi diz, se sentando no banco comigo no pátio do colégio.

_ É você acha mesmo, que eu iria aceitar um cara insuportável daqueles como meu amigo? .Bufo de raiva, nunca trocamos uma única palavra e não tinha a menor vontade de ser sua amiga.

_ Mas uma coisa temos que admitir! ...ele tem os olhos mas lindos do colégio. Gabi diz, fazendo que eu à olhe boquiaberta. Só faltava essa, Gabi suspirando por aquele babaca.

Tudo bem, até que o idiota era bonito, e todas as garotas morriam por ele. Mas, pra mim ele ainda continuava sendo um playboyzinho que se achava melhor que todos, e não sei porque ele resolveu me atormentar. Talvez porque eu sou a única, que não caiu e nem vai cair em seus encantos.

*****

Will

_ Diz logo Kevin! ,seja homem e fala pra todo mundo a  verdade!. Digo ó empurrando más uma vez contra a parede, enquanto ele me olha assustado sem esboçar nenhum reação.

_  Chega Will! ,seu irmão não é culpado de nada, isso foi uma fatalidade. Meu pai diz,me tirando de perto de kevin, e me fazendo sentar em uma cadeira.

_ Sou sim! Kevin diz, quebrando o silêncio, e fazendo todos ó olharem.

_ Do que você está falando Kevin? . Minha mãe pergunta sem entender nada.

_ Eu sou! ...o pai do filho de Luiza! .Aquelas palavras caem como uma bomba. Todos se entreolham esperando que ele continue.

Vejo Kevin respirar fundo, e começar a relatar tudo que aconteceu entre ele e Luiza, dês do primeiro encontro a descoberta da gravidez, sua tentativa de fazê-lá abortar e a queda da escada e até nossa briga. Todos pareciam atordoados com tudo aquilo, mas meu pai era quem mas parecia perturbado com a verdade.

_ Como você pode fazer isso com minha filha?,....seu canalha! . Senhor Roberto diz, com raiva indo em direção de Kevin, mas é impedido por meu pai.

_ Calma Roberto!

_ Calma!, como posso manter a calma diante disso? ,seu filho mas velho desgraça a vida da minha filha, enquanto o outro está fingindo estar casada com ela, e assumindo um filho que não é dele. Senhor Roberto grita me encarando.

_ Não é fingimento!. Eu e Luiza nos amamos! ,esse casamento e verdadeiro. Admito que tudo começou com um acordo, que eu propus pra ela, já que não achava justo ela assumir um filho sozinha sem pai. Mas com a convivência tudo mudou, pois acabamos nos apaixonando, ...eu juro! .Digo, torcendo para que eles acreditassem.
_ Luiza se sentia muito mal em mentir para vocês, ela só queria evitar todo esse sofrimento, e também que vocês se decepciona-se com ela. Relato, vendo uma nuvem de tristeza pairando sobre todos ali. Não queria causar mas sofrimento a ninguém, mas não suportava carregar tudo aquilo comigo, principalmente agora sem Luiza.

*****

Depois de toda aquela tormenta na sala de espera, o silêncio reinou naquele lugar. Kevin foi embora, seguido por meu pai, senhor Roberto foi ficar com senhor José, e tentar acalma-ló já que ele continuava muito nervoso.
Minha mãe decidiu ficar comigo a noite toda se fosse preciso, e eu fiquei muito grato por isso, acho que não conseguiria ficar ali sozinho sem seu apoio. Mas agora nesse momento eu teria que ter forças para poder ver Luiza naquelas condições. Pois doutor Eduardo, permitiu apenas a entrada de duas visitas, então eu não à teria por perto.

Eu e dona vera caminhávamos em silêncio pelo corredor do hospital, seguindo a enfermeira, iríamos ver Vitor depois Luiza. Dona Vera parecia que tinha envelhecido uns dez anos em poucas horas, seu olhos antes alegres e amáveis agora era algo sem vida. Num impulsoseguro sua mão, tentando lhe dar um pouco de apoio, e lhe dou um sorriso fraco, mas infelizmente não consigo evitar as lágrimas que escorrem pelo meu rosto. Ela retribuiu o sorriso, e passou a mão em meu rosto sem dizer nada. Mas mesmo sem palavras, sabíamos muito bem oque cada um estava sentindo.

Dona Vera fui primeiro ver seu neto,como ele estava na incubadora, não podíamos ficar lá por muito tempo. Uns minutos depois ela sai muito emocionada.

_ Ele é lindo Will! ,...se parece com você. ..!. Ela comenta, depois fica em silêncio se dando conta do que havia acabado de dizer, enquanto eu apenas à encarro.

_ Não importa se você não é o pai biológico dele, ...oque realmente importa e que você o ama como um pai, e esteve ao lado de Luiza esse tempo todo,isso que é ser pai!. Ela diz, segurando minha mão.

_ Então vai lá conhecer seu filho! ...que eu vou, ...ver minha filha! Ela sussurra com a voz trêmula.

Respiro fundo e entro na enfermaria neo-Natal, a enfermeira me informa que infelizmente não poderia toca-ló . Mas vê-lo e ter a certeza que ele estaria bem já era o suficiente. Quando vejo meu pequeno, meu coração salta em meu peito.Dona Vera tinha razão, ele se parecia muito com Kevin,e mesmo sabendo que ele era o pai verdadeiro de Vitor, não diminuía meu amor por ele, e eu faria de tudo para protegê-lo e cuidar dele.
_ E aí pequeno!....finalmente a gente se conheceu, pena. ..que as coisas não saíram como esperarmos! . Sinto minha voz falhar, quando penso na possibilidade de que Luiza nunca possa vê-lo.

_ Mas, pode ter certeza que eu sempre estarei aqui! ,...sua mãe, ...ela vai sair dessa! ,e nos três finalmente vamos ficar juntos. Digo, tentando ter fé naquilo, pois eu tinha que ser forte para poder me manter firme e não desistir, por Vitor e Luiza.

*****
Todo meu alto controle emocional, desabou no momento que eu abri aquela porta. Passei a mão pelo meu rosto, numa tentativa de acordar desse pesadelo, mas infelizmente eu estava ali de verdade. Vendo. Luiza deitado naquela cama, com todos aqueles aparelhos conectados a ela, sua cabeça enfaixada e seu rosto pálido.
Fui chegando devagar, então segurei sua mão, e ela estava gelada. Então não pode aguentar, chorei novamente, meu peito queimava, pois não podia acreditar que aquela, ,garota tão linda e cheia de vida,estava ali imóvel e que talvez nunca mas poderia acordar.

_ Tiamo! ....é isso que eu iria dizer a você, ...e não pode! . Sempre ti amei, dês do momento em que ti vi naquela sala da turma da pré escola! ...e vou tiamar até a última batida do meu coração! Desabafo.
E tudo que se podia ouvir ali naquela sala, era meus soluços misturados com os apitos dos aparelhos da UTI.

Infelizmente eu tive que deixa-lá, e só poderia voltar a vê-lá no dia seguinte. Minha mãe insistiu para que eu fosse pra casa descansar, mas eu não queria deixar Luiza e Vitor. Então passei a noite inteira sentado naquela cadeira da sala de espera, sem conseguir pregar o olho um só minuto, enquanto via minha mãe dormindo um tanto  desconfortável, e me senti culpado por isso. Mas assim que  começou amanhecer, à convenci a ir embora e prometi que assim que visse Luiza e Vitor novamente, também iria.

Depois de tomar um café bem forte na lanchonete do hospital, estava esperando a permissão para entrar e visitar meus amores, então escuto alguém me chamar, levanto a cabeça e vejo Gabi e JP, parados na minha frente.

_ Will! ,diz que tudo é uma mentira! ...que Guilherme se enganou, ...é que Luiza está bem! Gabi diz, com a voz embargada.

Assento a cabeça em negativa, ela cobri a boca numa tentativa de abafar seus soluços. Vou até ela e à abraço forte, enquanto JP afaga nossas cabeças.
Se eu pudesse voltar no tempo, teria feito de tudo para não  me atrasar, e quem sabe agora teria Luiza em meus braços sorrindo com suas lindas covinhas, e me fazendo o homem mas feliz do mundo.

A voz do CORAÇÃO Where stories live. Discover now