Capítulo Doze

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Luiza

Ver aqueles olhos verdes outra vez, me fez sentir protegida, assim como no dia do encontro no elevador, da queda na escada,e durante os últimos dois meses e meio que passamos juntos.
Depois daquela mensagem recebida no dia anterior,achei que Will nunca fosse me perdoar. Havia chorado praticamente a noite toda, me sentindo uma ingrata por ter fugido depois de tudo que ele havia feito por mim. Mas, não poderia permanecer ali, com Kevin tão próximo, tinha muito medo do que ele poderia fazer comigo e com meu bebê.

_ Me desculpa Will! Digo, ainda com o rosto colado em seu peito, enquanto minhas lágrimas molhava sua camisa.

_ Tudo bem! Ele diz, limpando meu rosto, enquanto seus lábios finos formavam um sorriso. Os mesmos lábios que à um dia, havia tocado os meus, e lembram daquele momento me faz sentir um frio na barriga.

_ Mas o que está acontecendo aqui? Ouço a voz do meu pai vindo da porta, fazendo com que eu me afastasse de Will. Estava tão distraída com minhas lembranças, que não vi que ele, meu avô e meus irmãos haviam chegado.

_ Pai, você se lembra do William? Pergunto com a voz trêmula.

_ Eu me lembro muito bem desse filhinho de papai, então esse cafajeste que acabou com seu futuro!. Meu pai diz, fuzilando Will com os olhos, e tudo que eu menos queria estava acontecendo. Will estava pagando pelos meus erros e de Kevin.

_ Não é ele. ....!

_ Sou eu mesmo, senhor Roberto! ...eu sou o pai do bebê de Luiza. Will me corta, antes que eu diga a verdade.

_ Eu vou acabar com sua raça, seu miserável! Meu pai parte pra cima de Will.

_ Chega Roberto! ,vamos conversa como pessoas civilizadas, se o rapaz está aqui e por alguma razão, então deixe que ele se explicar. Vô Jose interveio, para meu alívio.
Meu pai obedece, senta no sofá com a cara de poucos amigos, então sinaliza com a mão para que Will fale.

_ Estou aqui, para assumir minha responsabilidade com luiza e o bebê. Will diz,me olhando com carinho.

_ Então porque você à abandonou, Luiza disse que vocês não estavam mas juntos? Meu pai pergunta, e podia ver em seu rosto que ele estava tentando ao máximo conter sua raiva.

_ Eu não à abandonei! Tivemos uma discussão, então luiza veio embora sem eu saber,mas assim que descobri que ela tinha vindo para Campo Lindo, vim atrás dela. Ouvindo Will falar daquela forma, tão entusiasmado, nunca dividiria que não temos nada. ,o tom de suas palavras eram tão verdadeiras.

_ Isso era de se esperar, Luiza sempre foi impulsiva, faz as coisas sem pensar. Minha mãe diz.

_ Já sabemos quem ela puxou não é! Vô Jose fala enquanto coloca a meu pai.
Ele tinha toda razão,meu temperamento era igual do meu pai,talvez por isso nos damos tão bem, e pensar que ele pode estar magoado comigo doía muito.

_ Então isso quer dizer, que você está disposto a casar com minha filha? Meu pai pergunta, me fazendo encara-ló em pânico.
Minha vontade era gritar e pedir para que eles parassem com aquilo, eu não podia me casar com Will, nós éramos só amigos, e aquilo estava indo longe demais. Olhei para Will, na esperança que ele entendesse meu apelo, e dissesse não.

_ Se o senhor ficar mas tranquilo com isso, nós nos casamos! Ele diz para meu desespero,aonde Will está com a cabeça.

_ Sendo assim, está tudo bem. Pelo menos minha filha não vai ficar falada na cidade como mãe solteira, ...e que esse casamento não demore para acontecer, quanto mas rápido melhor! Eles estavam decidindo minha vida, sem ao menos me consultar, e eu estava deixando isso acontecer por medo.

_ É só o tempo de eu me estabelecer na cidade, e começar a trabalhar. Will diz finalmente me olhando, e minha vontade era estrangula-ló, por estar concordando com meu pai.

Com os ânimos mas calmo, meu pai vai para cozinha, seguido do meu avô e minha mãe, mas nem um só momento ele me dirigiu a palavra, e aquilo me feria muito.

_ Uau! ,eu não acredito que minha irmã vai se casar com nada mas nada menos, que a lenda do colégio Cema, ....minhas amigas vão surtar quando souberem disso! Julia diz, saltitante e digitando algo no celular.

_ Ainda tenho minhas dúvidas sê realmente nós dois dividimos a mesma barriga, por quase nove meses! Guilherme fala implicando com Julia como sempre. _ E aliás, bem vindo a essa louca família Will! ...mas vou ti avisando, se fazer minha irmã sofrer você vai se ver comigo! Guilherme o ameaça, e sai em direção a cozinha.

_ Nossa! Pelo visto eu estou perdido! ...ou ando na linha, ou vou acabar morto por algum dos Ferras. Will brinca.

_ Talvez você não precise esperar tanto, pois estou morrendo de vontade de fazer isso agora! ...que ideia maluca é essa de nós nos casamos? Pergunto irritada.

_ O que queria que eu fizesse? ...ou era isso ou ser morto pelo seu pai! Will tinha razão,meu pai não ficaria nada feliz se ele não aceitasse.

_ Isso está indo longe demais Will! Não queria que te envolver nessa estória, por isso tentei assumir tudo sozinha. Desabafei.

_ Luiza, você não está me obrigando a nada, ...eu deixei isso bem claro,que eu nunca vou me afastar desse pequeno, nem de você !....,e me casar com minha melhor amiga ,não deve ser tão ruim assim. ..pode ser até vantajoso! Will diz com seu sorriso encantador com sempre.

_ Você é que pensa! ,sou bem ciumenta em relação com as coisas que me pertence,...e um pouco possessiva! Brinco, tentando relaxar,pois sei que Will não mudaria de ideia.
E devo admitir que estava feliz por ter ele por perto, alguém que sabia toda verdade, e poderia me apoiar quando as coisas ficassem difíceis.

A voz do CORAÇÃO Where stories live. Discover now