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— Susie está a caminho para pegar Gretchen — Louis falou ao sentar-se ao lado de Harry na sala de espera do hospital.

Ele estava com expressão ausente e meramente fez um gesto de assentimento. Seu olhar pousou na filha, ainda de pijama, sentada no chão a folhear um livro infantil.

A última hora fora um pesadelo. No instante em que Louis chegara à casa, Poppy já respirava, mas permanecia inconsciente. Os dois o carregaram para o carro, colocaram-no no assento de trás e o levaram em disparada para o hospital mais próximo.

Minutos após sua chegada, Poppy foi levado para exames e todos ficaram na sala de espera aguardando... aguardando... aguardando.

— Por que ninguém vem aqui para nos dizer o que está acontecendo? — Indagou Harry.

Ficou em pé, nervoso demais para permanecer imóvel.

— O que pode estar levando tanto tempo assim?

— Tenho certeza de que alguém virá para nos dizer algo assim que tirarem algumas conclusões— Disse Louis, enquanto o observava caminhar de um lado a outro.

— Papai?

Gretchen fechou o livro e levantou-se.

— Poppy irá ficar bem?

Harry pegou a filha nos braços. Gretchen enroscou as pernas ao redor da cintura do pai.

— Tenho certeza de que sim. O céu não o irá querer e o inferno não poderá lidar com ele — acrescentou, rezando para que suas palavras pudessem ser verdadeiras.

— Papai, você disse uma palavra feia.

— Eu vou lavar a boca do seu pai, com sabão, mais tarde — murmurou Louis.

Gretchen riu e desceu do colo do pai. Pegou o livro do chão e aproximou-se.

— Você poderia ler isto para mim?

— Claro.

Louis colocou a menina em seu colo. Conforme começava a ler, Harry mais uma vez perambulava pela pequena sala de espera.

Sentia muita culpa desde o instante em que viu Poppy caído no chão. Jamais devia ter brigado com o avô, permitido que suas emoções fluíssem em tamanho descontrole.

Nunca se perdoaria se algo acontecesse com ele. Se morresse antes que Harry tivesse a chance de lhe dizer o quanto o amava.

Parou de andar quando o Dr. Carterson entrou na sala de espera. Instantaneamente Louis estava a seu lado, a mão em seu cotovelo, como para ampará-lo caso houvesse más notícias.

Sentiu-se grato. A despeito das diferenças, era bom saber que estavam juntos naquilo. Ali eram simplesmente duas pessoas que amavam Poppy.

— Ele está descansando neste momento — o Dr. Carterson falou.

Um suspiro de alívio escapou da boca de Harry e ele se inclinou contra Louis, sentindo uma súbita fraqueza.

— Entretanto, ainda não está fora de perigo — acrescentou o médico. — Sofreu um ataque do coração ameno, devido a diversas artérias bloqueadas. Precisamos levá-lo para uma cirurgia imediatamente e limpar aquelas artérias para minimizar o risco de outra ocorrência.

— Angioplastia? — Perguntou Louis. Dr. Carterson assentiu.

— É um processo relativamente rotineiro e não antecipamos quaisquer complicações. A despeito deste ataque recente, está em boa saúde.

Um novo amanhã l.sWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu