Capítulo Um - O início

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ESTAMOS em cerca de 49 EC. Uma embarcação cuja figura de proa é o "Sol Invicto", provavelmente um grande navio para transportar soldados, navega desde a ilha mediterrânea de Malta até ao Egipto. A bordo estão Romin e outros soldados romanos. Diferentemente dos outros soldados, Romin não faz essa viagem com a mesma ânsia de conquista que estampava os rostos dos outros tripulantes. Em vez disso, ele esta ai devido ao serviço militar obrigatório, sendo o único rapaz de sua família, ele não teve escolha. Só que ele nem imagina que essa viagem que achava que era o seu fim, na verdade será o ponto de partida para cravar o seu nome na história com letras douradas. O seu nome seria conhecido desde Roma até a parte mais distante da terra, como o soldado de ouro.

Mas a nossa história começa bem mais ao sul do continente negro, em um lugar onde hoje fica o norte de Angola. Lá existia um reino Poderoso que chamava-se Kongo, e neste reino de terras verdes, e gente trabalhadora, existia uma bela princesa e de coração humilde.

Seu nome era Kenya. Ela tinha o costume de sair todas as manhas para banhar no riacho, e já que não gostava levar as suas servas nestas viagens ela tinha um acompanhante, o seu irmão Xyame que à acompanhava a todos os lugares por onde quer que fosse.

Numa certa Manhã, a princesa pôs-se a caminho do seu banho, como sempre com o seu acompanhante. Enquanto ela tomava o seu banho, Xyame rondava a floresta, ele era um pequeno explorador. O rapaz decidiu explorar um murro que estava perto, lá foi ele subindo e quando chegou ao topo pode ter uma vista geral do vale. O verde das arvores e dos arbustos tornavam aquele lugar como se saísse de um quadro de pintura.

Mas de repente um barulho estranho tirou a sua atenção do vislumbre maravilhoso daquele lugar. Ele procurou focar o seu olhar para o lugar de onde provinha o barulho, foi quando viu um cavalo que corria e corria sem direção, e pode reparar que nas suas costas carregava um homem coberto de sangue.

Assustado foi descendo depressa, e foi correndo ao encontro de sua irmã Kenya, que pelo visto estava terminando o seu banho no rio.

- Maninha - gritava Xyame.

Não demorou muito pra Kenya ouvir o grito do irmão. Terminou o seu banho de imediato e correu ao seu encontro.

- O que foi? - perguntou ela assustada, encontrando -o pelo caminho.

Ele mal conseguia falar, estava tão assustado que a voz não saia.

- Respira e inspira, respira e inspira - disse ela tentando acalma-lo.

- Vi um homem ferido, esta montado em um cavalo - disse ele finalmente.

- Em que lugar exatamente

- Vem me segue - depois de ter dito isso Xyame saiu correndo. Kenya confiava no seu irmão e simplesmente foi segui-lo.

*******

Depois de um tempo chegaram ao morro. A partir daquele ela pode avistar o cavalo com o homem as costas, e nesse momento reparou que o cavalo ia perdendo a sua força, galopando cada vez mais devagarinho. O cavalo cansado foi cambaleando ate que não aguentava mais e então caiu.

caiu não muito longe do lugar onde ela estava.
Vendo que o cavalo estava caído, Kenya saiu correndo até o local. Quando chegou perto pode reparar que o cavalo estava fraco, e com muita sede. De seguida colocou o ouvido no peito do homem desconhecido, e pode notar que o seu coração ainda batia, embora fraco ainda batia.

- Xyame vá correndo a aldeia buscar ajuda - disse ela, e de seguida saiu correndo também, e adentrou o bosque.

Nesse momento ela lembrou das aulas de medicina que teve com sua avó, procurou as ervas que que poderiam ajudar na reanimação do homem, e de seguida foi até ao rio pegar água para o cavalo.

Minutos depois saiu do bosque, com a água e as ervas medicinais. Deu de beber ao cavalo, e em seguida pisou aquelas ervas, começou colocando nas feridas do homem desconhecido, depois mastigou outras e colocou o liquido na boca dele, como se fizesse respiração boca a boca.

Parecia que Xyame demorava uma eternidade, e sem saber porque ela começou a lacrimejar. Olhava para os lados e nada e nada do seu irmão chegar com a ajudá.

Ela voltou então a colocar o seu ouvido no peito dele, e assim pode notar que o coração do homem desconhecido começou a voltar a bater no seu ritmo quase no seu ritmo normal. Mas a preocupação não saia do seu rosto, pois quando olhava para o homem, ela conseguia sentir o seu sofrimento.

A empatia fazia parte das suas qualidades e acima de tudo, o que ela mas temia era que o homem morresse bem nos seus braços. E por esse motivo as lagrimas não abandonavam o seu rosto.

Romin - A armadura Dourada Onde histórias criam vida. Descubra agora