Capítulo Nove - História de Romin

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Chegou o dia de Romin se apresentar ao rei e ao conselho do reino. Eles queriam saber da sua história, de onde vem, e o porque de ter chegado meio que com a vida por um fio. O nervosismo ò consumia, ele não sabia mentir. Como vão reagir? Será que acreditarão em minha história? São perguntas que passavam em sua cabeça enquanto se preparava para enfrenta-los.

Ele se dirigiu a Ombala onde todos o esperavam. Os guardas abrem passagem e assim entra no recinto. Lá em seu trono estava o rei, oito homens faziam parte do conselho e estavam divididos em quatro pra cada lado, entre eles estava Samukolo, a esquerda de seu pai. E um pouco mas afastadas estavam Kenya e sua mãe. Assim que os olhares se encontraram, o nervosismo de Romin se foi, estava calmo e pronto, até mas do que pronto, já era hora de Kenya saber mas sobre ele.

- Diante de vocês esta Romin, que se apresenta hoje perante o reino - disse o moderador daquela seção - Fique no centro e prossiga com a a apresentação.

E assim olhando para todos e sem medo no olhar, começou a sua apresentação:

O povo me chama de Romin, o meu nome é Celius Albert Romin, da província romana da Acaia. Antes de chegar aqui foi um soldado do nosso grande império, o império romano...

Sinceramente lembrar do tempo de soldado era difícil demais para ele. Havia sofrido muita humilhação, começando pelo centurião da sua centúria ate aos seus colegas, achavam-no fraco e um estorvo, pois Romin não gostava de ir em batalhas, o medo o paralisava. Sendo filho de um artista, as suas mãos eram dedicadas a pintura, isto sim era a sua praia.

Já as batalhas, eram muito violentas e Romin não era propriamente um mercenário de guerra. Na sua sede de poder e politica de expansão, o império romano começou a conquistar o norte de África, conseguiu uma parte da líbia e foi até o Egipto. De seguida dirigiu-se ao sul, e se preparava para atacar a Etiópia, Romin estava no batalhão que marchava em direção a Etiópia.

O comandante daquela legião ficou sabendo que os etíopes sabiam da sua vinda e que estavam preparados para resistir, o que significa que o ataque surpresa estava fora de questão. Como estava escurecendo, o comandante romano decidiu espera, e apenas atacar as madrugadas, na tentativa de apanhar os etíopes cansado de tanto esperar.

Para que os etíopes não se apercebessem da presença deles em seu território, o comandante deu uma ordem, ninguém deveria fazer lume, não importa a circunstância. A palavra foi passadas para cada centurião, estes por sua vez transmitiram aos chefes de dez (10), e não demorou muito pra informação chegar na tenda de Romin. Naquele momento Romin estava dormindo em sua tenda, e por isso não teve o prazer de ouvir o comunicado.

Os colegas já não gostavam dele e por isso foram maléficos e, não o avisaram daquela ordem importantíssima. E não demorou muito pra que Romin despertasse do seu sono. Normalmente quando alguém se encontra na escuridão a preocupação é procurar maneiras de trazer luz no lugar em que esta. Romin não fez diferente, diante da escuridão acendeu um chaminé que estava perto da sua cama.

Ele pode então notar que estava sozinho na tenda, de imediato procurou sair pra fora, para sua surpresa também não havia ninguém ai. A legião havia partido e o deixado pra trás, os seus colegas preferiram perder a tenda e correram o risco de dormir ao relento, tudo para que Romin ficasse, eram maus, não havia duvidas de que Romin era odiado.

Procurou acender uma tocha para melhor visibilidade, e saiu caminhando na esperança de alcançar a centúria, mas parecia em vão, pois não via nenhuma chama, nenhuma tocha acessa. Ele se perguntava se estava no caminho certo, ou se apartava ainda ainda mais. Mas logo ouviu passos que vinham em sua direção.

- Apaga isso - disse um dos quatro soldado que vieram correndo. - Tá louco.

Agaram ele pelo braço e o levaram ate ao centurião, que estava aguardando ele dentro de uma tenda que não permitia a que a luz vazasse. Pela cara dava pra ver a sua fúria, andava de um lado para o outro, pensando no que fazer.

- Era uma ordem muito fácil de cumprir - O centurião dizia, enquanto batia com a espada em sua mao. - mas nem isso conseguiu cumprir.

- Eu não sabia de nenhuma ordem...

- Como não, sua escorria .... Ela foi passada de centúria em centúria, ate aos grupos de dez, como dizes que não?

- Esteja a vontade pra perguntar perguntar em meu colegas... Não sabia de nada, tem de acreditar em mim.

Nesse momento um dos soldados entra as pressas na tenda, todos olhares vão ate ele, pois parecia que vira um fantasma.

- O que foi homem? - o centurião pergunta, enquanto coloca a espada na bainha.

- Está amanhecendo .... E pelas colinas e visível soldados etíopes se aproximando -

Com essas palavras o julgamento de Romin tinha de ser adiado pra outra hora, havia algo maior pra se preocupar. O centurião saiu de pra fora de imediato, e de longe pode avistar numerosos soldados se aproximando. O imperador etíope havia mandado quase toda tropa que estava disponível no império, de modo que não havia comparação com aquela legião romana, não havia hipótese pra eles. O caçador havia se tornado a caça.

O comandante romano percebeu que nao tinha hipótese de vencer, por isso deu o sinal de retirada. Os outros concordaram e assim toda legião foi batendo em retirada. Mas o comandante não havia esquecido do julgamento de Romin, por isso deu uma ordem, a quatro dos soldados mais fortes da centúria.

A ordem era simples, amarar Romin a uma árvore, e abandona-lo no campo de batalha, para que os etíopes o encontrassem e o acabassem com a sua vida. Com um golpe ò colocaram para dormir, e assim foi amarrado a árvore, e lá foi abandonado a sua sorte.


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Curiosidade:

O domínio do mundo por Roma aconteceu gradualmente. Primeiro, sua influência disseminou-se pela inteira península itálica e, com o tempo, ao redor do Mediterrâneo e bem mais além. O nome da cidade tornou-se praticamente um sinônimo do nome do império.

Nos assuntos internacionais, Roma atingiu o zênite de sua glória sob os Césares. Júlio César, nomeado ditador por dez anos, em 46 AEC, mas assassinado por conspiradores em 44 AEC, encabeçou esta lista. Depois de um intervalo, em que um triunvirato tentou segurar as rédeas do poder, Otaviano por fim se tornou governante único do Império Romano (31 AEC-14 EC)

Romin - A armadura Dourada Where stories live. Discover now