Capítulo Doze - Rebeldes

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Romin Narrando:

Finalmente estamos  chegando a Gambela. Makeda me tirou da cama de madrugada, acabou com o meu sono. Na verdade eu era o único que ainda estava dormindo, pois assim que sai de casa, todos os outros estavam montados em seus cavalos a nossa espera, não espera, na verdade era a minha espera.

E foi assim que partimos, pelo caminho fiquei encantado com a paisagem dessa terra, lugares lindos, que nunca poderia ver se estivesse no conforto de casa. Não sei a mal que vem para o bem, mas estou amando estar aqui e viver essas aventuras. Contudo, estou loco pra voltar pra casa, ver minha mãe, e minha irmã. Comer aquela comida gostosa dela, só de pensar já fico com água na boca. Isso não iria demorar muito. Makeda pediu pra que trouxesse as minhas coisas,  fiquei surpreso e feliz, pois ela não diria que eu trouxesse se não fosse para me mostrar uma rota de regresso a casa, finalmente voltarei.

— Pareeemmmm - foi um grito de Makeda, que nós deixou atordoados.

— O que foi? - Perguntou Salim, o braço direito dela naquele grupo.

— Alguém esta nos observando....

Daí, todos tiraram as suas espadas, eramos dez (10). Então cinco desceram do cavalos e colocaram-se em posição de defesa. Makeda tinha sentidos apurados e pude comprovar isso, quando dentre os arbustos saíram vários homens com espadas, eram media de doze homens, pelas caras eu tinha certeza que eram ladrões.

Por ultimo, vindo de trás deles, apareceu um homem moreno e magro, com certeza era o chefe.

— Olha olha, que bela surpresa o destino me pregou -. disse ele, com os olhos vidrados em Makeda e um sorriso falso no rosto. — Pra onde está indo, Princesa?

Primeiro fiquei confuso como ela conhecia aquele tipo, embora não muito, afinal ela era uma rebelde. Segundo estou perplexo, ainda não consegui assimilar isso, Makeda é a princesa da Etiópia, ou seja foi o seu pai que foi deposto? Agora estava tudo explicado. O porque dela se empenhar tanto nesta causa, ao ponto de arriscar a sua vida. Era a sua luta a sua causa e agora queria eu, mas do que nunca dar-lhe todo o meu apoio e me juntar a essa nobre causa.

— Isso não é da sua conta, Salif - disse ela em um tom serio, mostrava que não ia com a cara daquele homem.

— Não brinque comigo.... Você sabe que a vossa cabeça esta a premio.

— Tenta me pegar, caso sejas homem pra tal.... Sua cobra.

— Eu vou te pegar.... Devias seguir o teu pai no Egipto.

— Estou onde deveria estar ....

— Garota Marrenta.... Você ainda sera minha. Vou te deixar ir agora porque o seu chefe vale o meu peso em ouro, tu vás me levar até ele.

— Vai sonhando.... A minha espada vai atravessar o seu coração muito antes disso.

E assim ela voltou a montar o seu cavalo, e continuamos a viagem. Eles ficaram nos olhando enquanto partiamos, estava claro que estavam tramando alguma coisa. Imagina o sofrimento que preenche o seu coração, cada vez fico mas sensibilizado com a dor de Makeda. Longe da familia e ser rebelde em seu próprio reino, deve ser angustiante.
                                      
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Chegamos a Gambela, mas ficamos distante em uma casa que estava no bosque. Era um ponto estratégico, a partir dai, se poderia alcançar facilmente o carregamento de ouro, que vinha da terra do ouro.
Parece que Makeda não estava bem, desde aquele ponto da viagem em que aqueles ladrões apareceram, não mas saiu uma palavra de sua boca. Ela não estava dentro da habitação, estava sentada por baixo de uma árvore, não muito longe daquela casa. Deixei os outros conversando lá dentro e foi até ela.

Romin - A armadura Dourada Where stories live. Discover now