Seis.

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Zayn.

Matar Brittany é a primeira coisa que vem na minha mente. Como raios ela conseguiu meu número? Ainda mais o de casa.

"Zayn?" Rachel fala mais uma vez.

"É uma universitária. Ela quer fazer uma entrevista" rodo algo em cima do balcão.

"Entrevista?" percebo o tom curioso da sua voz.

"É, parece que é algo relacionado ao seu artigo" minha saliva parece cortar a garganta ao engolir.

"Certo" ela volta a fazer o que estava fazendo que nem lembro mais.

"Certo?" estranho seu tom de voz.

"Algum problema com isso?" ela me olha irritada.

"Nenhum" comprimo os olhos e tento controlar minha raiva.

"Vá fazer companhia a Kate, não a deixe só" mandona.

"Tudo bem" atravesso o balcão e deixo um beijo no seu rosto.

Vou até a sala e vejo Kate por entre as almofadas. Sua barriga está realmente maior, seus olhos inchados. Sento ao seu lado e a encaro de lado.

"Estou horrível né?" ela me olha e abro um sorriso.

"Não" lhe dou um empurrão de leve.

"Parece que estou carregando meu peso multiplicado por cinco" ela se arruma no sofá.

"E ainda é o começo" pego o controle da TV.

"Zayn...posso perguntar uma coisa?" seus olhos enchem de lágrimas mas elas não as derruba.

"Pode" a encaro de frente.

"Você acreditaria em mim? Se você fosse meu namorado e se isso acontecesse com você... Acreditaria?" okay, essa pergunta foi longe.

"Kate, se eu tivesse uma relação com você de confiança e afeto é claro que acreditaria" enxugo a única lágrima que rola no seu rosto.

Kate levanta e enxuga as lágrimas. Ao contrário da Rachel ela não chora na frente de muita gente. Logo a Kate reconstruída está a minha frente falando da inutilidade dos programas de TV atuais. O jantar é servido e no balcão falamos sobre os benefícios dos legumes na minha frente, mas a única coisa que ronda minha cabeça é Brittany e em como vou me livrar dessa garota.

[...]

Depois de um quase pequeno e rotineiro acidente na avenida principal finalmente chego no trabalho. Mal pude escolher uma roupa descente pro meu primeiro dia efetivo como editor chefe, Rachel me ajudaria com isso mas com toda certeza isso não era sua preocupação, então vesti minha blusa preta de sempre com a calça da mesma cor e minha companheira jaqueta de couro. Meu chefe fala mais uma vez da responsabilidade que devo ter e falo que isso não vai mais ocorrer. Mentira! Vou até a minha sala e termino de arrumar o que não terminei ontem. Lembro que guardei o número daquela garota em algum lugar... Dentro da carteira! Pego o papel e disco seu número no celular.

"Alô" sua voz estridente me dá raiva.

"O que diabos acha que está fazendo?" quase grito.

"Zayn?" ela solta um riso no fim.

"Me responde o que acha que está fazendo? Por que ligou para minha casa? Como conseguiu meu número garota?" esmurro minha mesa.

"Eu... Eu achei que não incomodaria eu pedi pro seu chefe" ela diz da forma mais sínica.

"Quer saber? Suma! Está proibida de vim até aqui e procure outra pessoa para participar do seu trabalho"

"Não! Por favor" ela fala talvez chorando mas isso não importa.

"Brittany, suma!" desligo o celular e jogo contra o sofá.

Ando de um lado para o outro na sala e espero realmente que esse nervoso que estou sentido seja de alívio. Vou até minha cadeira e começo a desenhar algo. Não pareço produtivo hoje. Vários funcionários vem me mostrar algo e os ajudo nas seleções. Rachel me envia uma mensagem falando que devo procurar algo para presente para o filho de Drake e reviro os olhos. Não é comigo comprar coisas de bebê. Meu celular toca mais uma vez e atendo sem saber quem é.

"Não desliga por favor" a voz da Brittany me invade, droga!

"Fala logo" prenso o celular contra o ouvido e volto a escrever no papel.

"Me desculpe, eu fui estúpida... Me desculpe Zayn" ouço o som alto cortando sua voz e soluços evidências de choro.

"Só isso?" erro uma palavra do meu relatório e soco a mesa.

"Eu sou realmente uma fodida" ela falando assim parece uma cópia de saía minha anos atrás.

"Eu estou ocupado" falo quase baixo.

"Eu sei... Eu...Droga eu estou tão leve, tão relaxada eu não sei...Como sair" ela fala enrolado e isso me desperta largo a caneta e caminho até minha janela com visão panorâmica da rua.

"Onde você está?" não posso negar que estou preocupado.

"Não importa...Só não me faça sumir" pessoas gritam ao seu redor.

"Fala aonde está?" pego minha jaqueta.

"Eu... Eu estou em uma fraternidade. Eles estão fazendo sexo na sala, céus! Eu quero sair daqui... Me ajude a sair" sua voz parece fraca.

"Qual fraternidade?" caminho pela saída da editora.

"A... A... Dos jogadores" ela desliga.

Droga, eu não deveria me importa. Mas sei as merdas que acontecem dentro disso. Bebidas, drogas! É algo que te prende ali. Aperto repetidamente o elevador até ele chegar. Logo estou no estacionamento do lugar e subo na minha belezinha de moto. Corro em alta velocidade pela pista até chegar na universidade dela. O campus está deserto e a única coisa que me chama atenção é o céu escuro me evidenciando a noite que caiu. Música alta me chama atenção e sigo seu volume. Logo estou frente a uma das casas do lugar. Garotos e garotas em suas brisas mais altas, cheiro de bebida por todo canto ainda na entrada. Estaciono minha moto e alguns me olham, faço um sinal de okay e entro. Uma garota esbarra em mim e a ajudo a levantar. A sala está cheia e a fumaça com cheiro típico desperta meus sentidos. Procuro a garota de cabelo azul ou outra qualquer cor esteja hoje e a encontro dançando com uma outra garota. As duas estão visivelmente drogadas, atravesso o mar de pessoas em outra dimensão e puxo seu braço.

"Você veio... Dance comigo" ela se joga contra meu corpo.

"Vem vamos" a  puxo pela sala.

"Dance comigo...Aí nós vamos" ela se aproxima ainda mais.

Serro meus olhos e a encaro. Ela não está drogada ou algo do tipo. Ela está mais sóbria que qualquer um nessa sala, ela me manipulou. Seu corpo pequeno está no meu. Minhas mãos involuntariamente vão até sua cintura na intenção de a empurrar mas eu simplesmente pouso elas lá enquanto ela dança e isso me faz...Droga isso me excita. Não deveria acontecer mas ela é realmente boa no que está fazendo, faz isso muito bem. Seu traseiro agora toca minha área mais íntima quando a puxo por trás. Droga! Droga! Em um movimento repentino me afasto mas ela me puxa novamente e sinto seus lábios no meu, sua língua invade sem piedade a minha boca. Um toque de menta e vodka, a fumaça em volta me faz sentir falta dessa sensação. Estou de volta a anos atrás, isso é tão nostálgico.


Meus amigos voltei (...)

Eita hein zaddy Zayn.

My Fake Brother III| Última edição| Z.Where stories live. Discover now