Vinte e um.

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Zayn.

"Falou com seu pai?" Rachel me pergunta depois de um tempo. Eu sabia que ela perguntaria.

"Falei" falo um pouco incomodado.

"Está tudo bem?" suas pequenas mãos tocam meu peito nu.

"Podemos sair do estacionamento e depois falarmos disso?" abro um sorriso.

"Ah meu Deus, claro" ela sai do meu colo.

"Você está realmente bem?" a olho procurando suas roupas.

"Estou Zayn" ela abre um sorriso calmo.

"Ótimo, eu dirijo" abro a porta e desço indo até o banco do motorista.

[...]

Meu pai e eu de certa forma nos entendemos. Nunca fomos muito próximos mas estamos de volta aos velhos tempos. Minha mãe antes de casar teve um breve relacionamento com meu pai de sangue. No leito de morte ela revelou a ele a verdade, mesmo assim ele ficou comigo durante todos esses anos e se quer tentou me falar a verdade.

"Vai ficar tudo bem" Rachel diz ao meu lado na cama depois de lhe contar tudo.

"De certa forma eu entendo ele" falo rápido.

"Oi?" ela me encara.

"É... Ele amava a minha mãe, e além do mais ele sempre me viu como filho" faço uma reflexão rápida.

"Certo... Cadê meu marido? O que fez com ele?" ela sorrir.

"Ele está aqui, só estou pensando como pai e como um marido" suspiro.

"Acho que gosto mais desse Zayn maduro" ela beija meu pescoço.

"Também gosto mais dele" a abraço.

[...]

Tempos depois...

O escritório está em novo gerenciamento, fui rebaixado novamente a cartonista depois de tudo realmente não esperava outra coisa. Brittany continua presa, sua sentença temporária sai em duas semanas. A verdade é que ainda não entendi como e por que isso aconteceu. As ameaças terminaram ou pelo menos deram um tempo, faltam dois meses para o Oliver nascer, é Oliver, Rachel escolheu o nome, pensei muitas vezes em querer trocar mas quando dei por mim já o chamava de Oli, baby Oliver, e todo o tipo de nomes que pais de primeira viagem inventam para os filhos. Na verdade estou bem ansioso para isso, cada sapatinho, cada peça de roupa me faz pensar em ter ele logo nos braços, algo que tempos atrás nunca pensei. Semanas atrás montamos o berço, na verdade tentamos fazer isso, caindo na gargalhada todas as vezes que alguma peça caia e até mesmo o próprio. Drake me ajudou com isso pois obviamente ele tinha mais jeito. Treinamos também com a filha da Kate, já que ela passa maior parte do tempo na nossa casa. Kate sofreu por depressão pois parto e ainda se recupera, Josh tem a ajudado bastante com isso, o que é ótimo já que assim ele fica distante da Rachel.

"Ei, Zayn!" alguém me chama.

"O que?" encaro o rapaz a minha frente.

"Atenda a droga do seu telefone" ele esperneia e respondo com o dedo do meio.

"Alô" atendo.

"Oi amor! Por que não atende o celular? Fiquei preocupada" Rachel fala em um tom nervoso.

"Desculpa amor, ele deve estar em algum canto" procuro em meio a papelada da mesa.

"Certo, minha mãe vem aqui essa noite" sua voz parece calma mas percebo que não está.

"E?" a encorajo.

"E... Eu estou nervosa. Não sei Zayn eu só estou" ela fala desesperada e acho graça.

"É sua mãe Rachel" tento a acalmar.

"Por isso mesmo, ela é horrível quando quer, vai me criticar em tudo" sua voz é de choro.

"Amor, fica calma" acho graça.

"Não ria" ela chora.

"Tudo bem, eu chegarei cedo" arrumo meus papéis e acho meu celular.

"Até mais" ela desliga.

"Problema com a mulher?" o mesmo rapaz a minha frente pergunta.

"Não" bato meus dedos na mesa.

Começo a fazer meus últimos cartoons. As horas passam rápidos e me dou o privilégio de sair mais cedo. Rachel sempre fica tensa com a visita da mãe. Também não posso negar que fico um pouco com a do meu pai. Passo em um supermercado e enquanto procuro o sorvete na parte de frios percebo alguém me encarando. Estou desarmado e isso é um ponto negativo. Pego um pote e caminho no corredor, ouço passos atrás de mim e viro para o outro. Puxo um carrinho e jogo contra alguém, não um simples alguém.

"Greg?" falo assustado.

"Droga Zayn!" ele está no chão e se contorce um pouco de dor.

"Senhor está tudo bem?" um funcionário do lugar se aproxima.

"Ele está... Ele tem... Tem uma síndrome e baixou a pressão" o levanto e ele concorda.

"Está tudo bem!" Greg se apóia em mim.

"Você não estava preso?" falo entre dentes.

"Estava, sai hoje" ele arruma alguns produtos que caíram da prateleira com sua queda.

"Ah que ótimo! Um ex presidiário atrás de mim" bufo.

"Você precisa saber... Podemos ir a outro lugar?" ele fala impaciente.

"Preciso pagar isso" pego o pote de sorvete.

Vamos até o caixa e pago o sorvete, Greg pede desculpas com seu sorriso mais sinico no rosto aos funcionários. Caminhamos até o lado de fora e entramos em um bar da frente. Sentamos em um balcão próximo a porta e peço uma bebida, estou putamente atrasado para o jantar.

"Logan está vivo" Greg fala e derrubo o copo no balcão.

Já vai acabar ❤

My Fake Brother III| Última edição| Z.Onde histórias criam vida. Descubra agora