Capítulo vinte e quatro

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Hello pessoal! Estou aqui com a minha armadura escondida atrás de um muro com um colete à prova de balas. Só queria pedir desculpas pelo capítulos anterior, mas as coisas tendem a piorar. Já peço Desculpas desde agora.
Boa leitura e não desistam de mim ❤️

Não consegui me mover durante o que pareceram ser anos

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Não consegui me mover durante o que pareceram ser anos. Não por ter alguém me segurando, e sim por conta da realidade que ainda não conseguia processar.
Minha garganta guardava um grito que não saia de jeito nenhum. Meus olhos estavam arregalados, olhando para todos aqueles que eu amava estendidos abaixo de mim. Mortos.

Aquilo não era real... Onde estava a voz do Marco ao longe me dizendo que aquilo era tudo um sonho. Um delírio. Uma alucinação da minha mente a ponto de ter um surto?
A única coisa que eu tinha consciência naquele momento era a pequena caixinha de madeira em minhas mãos. Ela era pressionada entre meus dedos com uma força descomunal, seu conteúdo esparramado do lado oposto.
Mas aquilo era tudo um delírio. Não era o dedo do Toffee que estava ali.

—Então, estava com você esse tempo todo?!—uma voz perguntou ao longe, mas eu a ignorei complemente—Eu vou matá-la assim que conseguir recuperar essa parte perdida de mim mesmo. E pensar que tive que esperar tanto tempo por isso...

Não me interessava em virar. Eu não reconhecia aquela voz. Não era minha mãe, ou meu pai ou as pessoas da terra. Eu não ligava pra ela.
Ajoelhei ao lado do Marco que estava jogado no chão. Meus olhos marejavam, mas minha mente insistia que ele estava apenas dormindo ou inconsciente.

—Marco— chamei e mexi no seu ombro —Anda, Marco. Não está na hora de dormir agora.

Ele não se mexeu. Continuou parado, pálido e mole.

—Marco por favor não ouse em me abandonar logo agora que mais preciso de você...— murmurei e o trouxe mais perto—Marco Diaz, por favor...

Um lado de mim já tinha consciência do que estava verdadeiramente acontecendo.
Aquilo se tornou óbvio quando a cabeça dele pendeu pro lado e eu pude olhar com clareza seus olhos vazios e a ficha caiu totalmente.
Não adiantava mentir pra mim mesma. Eu sabia que ele estava morto. Porque Toffee havia o matado.
Minha visão turvou enquanto eu trazia o corpo dele mais pra perto de mim. Estava difícil de respirar e as lágrimas desciam desesperadas enquanto eu me dava conta de que eu havia falhado. Eu não havia conseguido salvar meu melhor amigo dessa loucura.
E a culpa é toda minha. Se eu tivesse persuadido a ficar. Se eu tivesse me despedido de forma correta... Se eu...

Os soluços vieram quando eu me dava conta de que todos aqueles que eu mais amava estavam mortos. Não só ele, mas minha mãe, meu pai. Todos eles mortos por minha causa. Tudo por conta desse dedo idiota.
Era tudo culpa do Toffee.

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