Acreditamos naquilo que queremos

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Ashley POV
Após receber a visita de Harry, recebi meus amigos, escutei as lágrimas de broncas de Niall e abracei ele até que ele dormisse com uma das mãos presas a minha em uma cadeira ao lado de minha cama. Minha irmã só conversou comigo, disse que a família estava mais unida agora, nossos primos tinham vindo visitar e nossos tios vinham quatro vezes no mês. Contou que a investigação sobre a tentativa de assassinato não estava indo muito longe, embora estivessem procurando os caras que suspostamente adulteraram o combustível do carro e colocaram um explosivo lá, pelas imagens da câmera de segurança podia-se ver dois homens. Não contei a ela da ligação, mais pedi que chamasse meu pai, e que eu precisava conversar com ele. E então a hora chegou. Ele entrou no quarto cheio de felicidade. O rosto resplandecente, com alegria em me ver acordada. Me abraçou, me deu um beijo na testa. Deixou flores na mesa de canto do quarto. E então se sentou.
- E então, qual o assunto que quer tratar comigo? - ele perguntou se ajeitando na cadeira.
- A tentativa de assassinato. Contra mim. - eu digo e ele parece frustrado.
- Não conseguimos nada ainda. Estamos em busca claro. Reforço redobrado em tudo que fazemos, mais nenhuma pista até agora. - ele diz e eu me sento melhor na cama.
"Que eu tenha forças, por favor." Peço a Deus em pensamento.
- Talvez se você contasse a polícia o que anda fazendo com seu dinheiro e sua política, eles soubessem quem fez isso. - digo mais dura do que achei que seria possível, diante de meu próprio pai.
- Do que você está falando? - ele diz trazendo o corpo para frente.
- Não sou mais tola papai. Você fez algo, eu não sei aonde, quando, porque, e pra quem, mais isso, quase custou a vida de sua própria filha, e de alguém que não tinha nada a ver com seus assuntos, Gemma pode não sobreviver por conta de suas mentiras, o que você fez?
- Eu não sei sobre o que você está falando. - ele diz e se levanta.
- Alguém me ligou antes de baterem no carro. Alguém que disse que queria vingança contra você. Eu não sei quem. Mais isso quase me matou, e levou a vida da minha filha. Seja lá o que você fez, ou anda fazendo, tem que parar. - digo e percebo que estou quase chorando.
- Eu não fiz nada! - ele grita. Olha para mim com olhos tristes, porém vejo sua mentira estampada. - Tem que acreditar em mim, sou seu pai.
- Acreditamos no que queremos acreditar papai. E eu não vou me submeter aos seus erros, enquanto você tripudia em cima disso. Eu não colocarei a vida de mais ninguém em risco, e isso também inclui a sua. Você vai parar com isso agora, pelo bem da sua família, ou, vou conversar com a polícia sobre a ligação que recebi. É uma checagem no meu celular e depois em seus contatos fará mágicas a essa operação. Não quero te colocar na cadeia, mas se for preciso fazer isso para manter minha família em segurança, eu farei, então por favor, faça o que tem que ser feito e acabe logo com isso. Seja lá o que for. - digo e ele me olha indignado.
- Você não é a Ashley que eu criei. Está muito mais venenosa e astuta. - ele diz. Eu olho no fundo dos seus olhos e digo.
- Eu sou sua filha afinal. Faça o que precisa fazer, e não deixe que o que você andou fazendo, machuque mais alguém. Ou mate mais alguém. Agora por favor. Saia. - eu digo e ele fica parado no meio do meu quarto. - SAIA. - digo mais alto e ele parece ouvir agora. Respira fundo e sai.
Derramo lágrimas e logo após a saída dele Niall entra novamente.
- Eu tinha esquecido meu celular...- ele diz e me olha. - O meu Deus o que foi? Você está com dor? Você pode ficar sentada? - ele vem correndo desesperado e eu o abraço forte. Ele fica parado por dois segundos e retribui. Se senta na cama e depois de um tempo pega meu rosto com as mãos.
- O que foi? - ele pergunta preocupado.
- Meu pai pode ter sido a causa de tudo isso. Eu o pressionei. Tenho medo de ele nunca voltar a falar comigo. - eu digo e solto um soluço.
- Se o seu pai for o culpado de tudo isso, não sei exatamente como, mais Deus ajude que ele não seja, ele vai pagar por isso Ash. E você sabe que ele merece pagar, não sabe? - ele pergunta.
- Sei, mais ele é meu pai. - digo enquanto soluço.
- Sim. Então ele vai entender que fez isso pelo seu bem, e de todos a sua volta. Você não precisa defender ele por ser seu pai. Precisa fazer o que é certo. Okay? - ele pergunta e eu aceno com a cabeça que sim.  - Ótimo.
Ele me abraça novamente e permanece no quarto comigo até que Harry venha para dormir.
Antes de ele sair eu o relembro.
- Nini, eu te amo. Você é meu melhor amigo. Nunca se esqueça disso. - digo e então ele me dá um beijo na testa e sai.

A Contratada || H.SDonde viven las historias. Descúbrelo ahora