Capítulo 3

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\○/ Olha eu aqui de novo!! Nem acredito que já estou no capítulo 3. Uau. Espero que estejam gostando da história!! Peço que deem uma olhada nos capítulos 1 e 2 porque eu fiz algumas alterações. Pretendo revelar o passado de alguns personagens e o da própria Ray também, além de adicionar mais deles a história... Se gostar deixe o seu votinho por favor! Beijos dos anjos!☆
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Eu não sei porque isso estava acontecendo.

Eu havia acabado de explodir meus travesseiros e quebrar o meu espelho. E agora eu estava brilhando.

Mas não como sempre, quando eu sentia o poder correr pelo meu corpo, desta vez, foi inesperado. Desta vez linhas e desenhos brilham sobre minha pele. Desta vez eu explodo coisas.

Levo minha mão ao pescoço, procurando meu colar, meu cristal. A única coisa que faz que esse meu poder pare.

-Não está aqui. Droga! Não está aqui.- Pensei em voz alta.

Alguém tentou abrir a porta. Ouvi a maçaneta girando lentamente, num pulo, a tranquei.
- Ray? Que barulho foi esse aí dentro? Você está bem?- Carter perguntou, batendo na porta.

- Está! Está. Eu só... eu só estou procurando uma coisa, que não estou encontrando. - disse entrando em desespero, esperando que a porta também exploda depois do meu toque, e que todos me vejam.

Então eu me lembrei, eu dei meu colar para Wei-Wei, no dia em que ele foi embora. Céus! Estava com ele!

Saí pelo quarto à procura de um papel, um único pedaço poderia me ajudar.

Encontrei um caderno, a minha salvação, na gaveta da penteadeira, arranquei-lhe a folha, o caderno congelou. Me afastei, olhando para minhas mãos. Tinha que ser rápida.

Escrevi um bilhete e fiz uma dobradura, um aviãozinho de papel.

O pus no chão, respirei fundo, uma onda de medo me atingiu, era a hora de explorar o que eu aperfeiçoara ao longo dos anos. Senti a pontada ardente me percorrer o corpo, o poder nas minhas veias, aquilo que eu não sabia controlar, vi uma luz vermelha aparecer, dançando no ar, criada por mim. Sorri internamente.

Mexi os dedos, fazendo com que ela se movimentasse, ela voava no ar, um raio vermelho, leve como uma pluma, com as duas mãos a fiz ir até o avião, já fiz isso muitas vezes antes. Transformei a luz em luzes.

Esse era o significado da tatuagem de Wei-Wei, as mensagens que nós mandavamos pelos aviõeszinhos de papel, pelo meu poder, desde que éramos crianças.

O avião rodopiava no ar ao lado dos raios vermelhos, ele dançava graciosamente, enquanto eu batia os dedos no ar, como uma maestra regendo seu concerto.

Abri a janela, mas, ao meu toque, o vidro explodiu, o som dos cacos se partindo encheu o ambiente, eles viaram para todos os lados, um dos cacos voou, acertando, de raspão, minha bochecha, a toquei, uma fina linha de sangue machou minha mão. Recuei, fechando os punhos.

Fiz com que as luzes conduzissem o aviãozinho para fora. Sentei na borda da janela, encolhendo-me, o observando seguir seu destino.

Fechei os olhos, recolhendo as mãos sobre o peito.

Então as imagens voltaram a minha cabeça, como todas as vezes.

Eu estou aqui, de novo. No lago congelado, essa lembrança deveria ser linda. Mamãe sorri, pegando minhas mãos e deslizando para a superfície congelada. Ela me encara com seus lindos olhos verdes esmeralda, eu escorrego e caio, ela ri, e vai ajudar me a levantar.

Mas algo acontece antes, sinto uma onda ardente e familiar percorrer meu corpo, quando minhas mãos tocam o gelo eu o sinto se abrir, o terror me envolve, as rachaduras se expandem. Minha mãe trava, percebendo o que acontece, sua face se enche de temor, abaixo de seus pés, as rachaduras continuam. "Ray, querida, por favor. Pare com isso, sei que você consegue. Controle." ela pede, seus joelhos tremem, e ela dá o primeiro passo na minha direção. "Eu não consigo controlar!" Choramingo, mas as rachaduras continuam se abrindo, e ela continua a caminhar. Pare! Eu penso, mas não consigo mais abrir a boca. Não faça isso! Eu quero gritar, mas as palavras não saem. Então, o que eu temia acontece. O gelo sob seus pés desaba. E ela cai num mergulho profundo na água gelada. "Mãe!" Grito. Mas ela já está na água, debatendo-se. Posso vê-la, abaixo do gelo, ela bate nele, vejo suas mãos preensadas contra a superfície gelada desesperadamente tentando voltar, mas o buraco onde caiu já está muito longe. Chamo seu nome, grito, choro, mas não me atrevo entrar na água, tentar buscá-la seria suicídio.

As Crônicas de Rayrah Scarlett: Mistérios em Mondian [RETIRADA EM 25/01/22]Where stories live. Discover now