— Eu não trouxe nada para cá — observei o Nick correr e se jogar em uma espécie de casinha estupidamente cara que o Fragoso providenciou para ele. Quando eu digo que ele é mimado demais, não estou exagerando. — Até o Nick teve o direito de trazer a tigelinha dele e eu mal pude pegar algumas peças de roupa.
A risada dele ecoou na cozinha.
— Não vou te deixar voltar lá, Joyce.
Ok, eu estava tentando fazer ele me deixar ir lá e me trancar até ele me esquecer. Mas, parece que não deu muito certo. Droga de homem que me conhecia tão bem! Nem mentir eu posso!
— Está muito calada, meu apartamento não é tão ruim assim... Nem eu. — apareceu na pseudo porta da cozinha, a camisa tinha sumido e agora só restava a bendita bermuda sem nada por baixo.
Eu salivei, era como se estivesse perdida em um deserto e ele fosse a única poça d'água.
Permaneci em silêncio, engolindo a seco. Não podia bancar a maluca e transar com o Guilherme. Seriam dois meses presa, encarcerada e morando com ele, foder com ele não estava na minha lista de pretensões.
Tudo bem que, pela a a aparência dele, ninguém diria que é um martírio.
Mas, parece que o Fragoso não está disposto a me dar uma trégua.
— Você está sem nada aí debaixo, sem camisa, fazendo lasanha e provavelmente, se eu me levantar ou sequer me virar para te olhar, vou me trair e nós vamos transar no chão dessa cozinha — não se enganem, eu queria. Muito. Guilherme é um pecado ambulante. E eu não nego: nasci para me afundar e pagar todas as penitências sem dar um pio.
— Está insinuando que estou te seduzindo?
Eu ri.
— Não comece um jogo que não vai conseguir terminar, Fragoso.
Ele cruzou os braços, sorrindo de um jeito que deveria ser proibido.
— Meu doce... — um passo, dois passos, três passos... — Eu só invisto nos lugares certos— piscou e eu jurei que se ele me beijasse, eu esqueceria essa besteira e me entregaria. Sem frescuras ou expectativas. Só para matar esse desejo infernal.
— Quer jogar? — ri — Porém, lembre-se, eu sou virgem, mas a ingenuidade passou bem longe de mim. Quando o assunto é sexo, — me levantei, aquela cobertura luxuosa me deixava com a sensação de estar em um sonho. Ficando a uma distância segura, balancei a cabeça, soltando o meu cabelo do coque frouxo que fiz, agradecendo mentalmente a recente hidratação — eu posso te surpreender, Fragoso.
Guilherme abriu a boca, sem saber o que falar.
Prendi o sorriso e tive uma súbita ideia.
— Sempre quis fazer algo... — comentei, tímida.
Ele inclinou a cabeça.
— Uma coisa que te deixa com vergonha? É algo pervetido? Safado demais? — começou a chutar e eu podia ver os olhos azuis esverdeados brilharem com as ideias maldosas. Tive que rir e mexer a cabeça, negando toda aquelas pornografias (que eu até gosto), que estavam passando pela mente dele. — Então o que é?
— Tem sistema de som? — perguntei, amarrando o cabelo novamente.
Guilherme aquiesceu, dando de ombros.
— Óbvio — estendeu o celular — Você controla pelo aplicativo... Para quê você quer isso? — enrugou a testa e eu sorri, digitando o nome da música. O mesmo aplicativo regulava a iluminação do lugar. Escondi a surpresa com sofisticação dessa cobertura. — Ihhhh —murmurou, vendo a luz baixar — Estou fiando com medo... Vai me matar?
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O Sabor Dos Seus Lábios - As Whiter's
RandomASSIM COMO MAR CALMO NUNCA FEZ BOM MARINHEIRO, SÃO OS INVESTIMENTOS DE RISCO QUE FAZEM OS EMPRESÁRIOS DE SUCESSO. O que uma mulher bem sucedida que venceu vários preconceitos por ser jovem e acima do peso, conseguindo chegar ao cargo de Supe...