A Hérege : O Primeiro amor de Niklaus Mikaelson (EM REVISÃO)

Lembranças - Parte 2

                      MAYA ON

26 de novembro - 10:35 da manhã "aldeia"

-- Você tem o cabelo mais lindo que eu já vi! - Rebekah diz penteando meus cabelos ondulados. Estamos um pouco afastadas da aldeia, mais precisamente, na entrada da floresta.

-- Obrigado. O seu também é muito bonito! - sorrio pra ela e me levanto colhendo algumas flores pra fazer um ramalhete.

-- Gosta de flores? - ela pergunta e me ajuda a pegar algumas.

-- Eu sempre fui apaixonada por flores, elas são tão frágeis, e precisam ser tão bem cuidadas... além delas exalarem um perfume natural que eu amo! - sorrio olhando encantada para as flores.

-- Você fala de um jeito tão doce... já deve ter ganhado muitos buquês, e deve ter tido muitos admiradores! - ela diz se sentando no chão e se encostando na árvore.

-- Alguns... Mas nunca me importei com isso! - digo com desdém e me sento ao seu lado.

-- Nunca se interessou por nenhum rapaz?

-- Não e você? - é a minha vez de olhar curiosa pra loira ao meu lado.

-- Tem muitos rapazes bonitos aqui na aldeia, mas eu também nunca me interessei por nenhum! Bom... pelo menos até agora não. - ela sorri divertida e eu retribuo.

-- Aí está você! - o irmão loiro da Rebekah aparece nos assustando. - Te procurei por toda parte Rebekah!

-- Nik... O que houve? - ela se levanta e se aproxima do irmão.

-- Mamãe está procurando por você! - ele diz e Rebekah me olha e eu assinto pra mesma.

-- Depois conversamos...- Digo pra ela que sai correndo em direção à aldeia, me deixando sozinha com o irmão dela.

-- Oi! - ele me encara meio nervoso e coça a nuca.

-- Oi... Niklaus não é? - pergunto sorrindo, e ele assente se aproximando.

-- Posso me sentar aqui?

-- Claro! - respondo e pego uma fita de cabelo e enrolo nas flores, fazendo um ramalhete.

Ele fica parado me olhando, e parece que quer dizer algo, mas não sabe como começar..

-- O que foi? - incentivo o loiro a dizer.

-- É... Rebekah nos contou o que houve com sua mãe! - diz nervoso e eu o encaro com tristeza. - Eu sinto muito pela sua perda... deve ter sido difícil pra você! - olho em seus olhos e vejo pena.

-- Não foi difícil! Esta sendo difícil...- afirmo pra ele. - É uma dor horrível! Acho que nunca vou superar isso. - abaixo meu olhar e tento segurar as lágrimas que querem rolar. Sinto sua mão levantar meu queixo e ele me encarar de uma forma indescritível.

-- Você não pode pensar assim. Ela não iria querer te ver dessa forma, concerteza ela iria querer te ver feliz..- ele diz de forma carinhosa e eu tento esboçar um sorriso, mas falho.

-- Minha madrinha disse a mesma coisa.

-- Ela está certa! Você tem que se permitir viver, e ser feliz. Seguir em frente!

-- Pode ser! Só que eu não faço a menor ideia, de como fazer isso...- Não consigo segurar e as lágrimas rolam pelo meu rosto.

-- Se você me permitir... Eu posso te ajudar! - ele diz limpando uma lágrima do meu rosto, e eu o olho confusa.

-- Como?

-- Me ouça, ela sempre vai estar presente em seu coração... sempre tente se lembrar das coisas boas, dos momentos bons que passou com ela...- ele diz e eu o ouço atentamente. - Me fale dela, como era sua relação com ela?

-- Ela era uma mulher maravilhosa, eu sempre fui muito próxima dela. Além de mãe, ela também era a minha melhor amiga, minha confidente! Eu contava todos os meus segredos pra ela, éramos muito felizes! - sorrio olhando pro nada, me recordando da mãe perfeita que ela foi.

Ficamos alguns minutos conversando, até Rebekah aparecer e ele sair e nos deixar a sós novamente. Sorrio. Ele é um rapaz legal, além de ser muito bonito...

                      *********

-- Tem certeza que quer ir nesse jantar? - minha madrinha pergunta pela terceira vez e eu assinto.

-- Não posso fazer essa desfeita com a Rebekah! Além disso, foi a mãe dela que convidou e é uma boa oportunidade de conhecer os pais da minha nova amiga.. - termino de arrumar meus cabelos em uma trança de lado e me viro. - Como estou?

-- Está linda como sempre. Você herdou a beleza de sua mãe! - ela sorrindo e retribuo.

-- É... mamãe era linda mesmo!

-- É melhor você ir, senão fica muito tarde. Peça pra alguém te acompanhar pra vir embora depois...
- assinto pra ela, beijo sua bochecha e vou em direção a casa dos Mikaelsons.

                       **********

-- Rebekah tinha razão. Você é muito bonita mesmo! - Esther diz me encarando. Agradeço pra ela, e todos continuam a jantar. Sinto um olhar queimar sobre mim, e encaro o homem em minha frente, que me olha estranho.

-- Mikael da pra parar de olhar assim pra garota? - Esther manda o olhando torto, e o mesmo ignora com desdém.

-- Pai, assim você vai assustar ela!

-- Assustar porque? Não estou fazendo nada! - diz de forma grossa e eu abaixo a cabeça meia sem graça.

-- Eu acho melhor eu ir... - digo me levantando da cadeira.

-- Mas já? - ele diz de forma irônica.

-- Pai! - Rebekah fala brava com ele.

-- Obrigado Esther pelo jantar, mas eu tenho que ir!

-- Eu te acompanho! - Niklaus se levanta e vem ao meu lado.

-- Desculpe pela grosseria do meu marido querida..

-- Não tem problema! Boa noite pra vocês e obrigado mais uma vez Esther! - agradeço a ela, e ela sorri pra mim. Saio da casa acompanhada de Klaus, e me direciono pra casa.

-- Desculpe! - o encaro de lado e o mesmo está envergonhado pelo ocorrido. Toco sua mão, e sinto um choque percorrer pelo meu corpo.

-- Não foi culpa sua... - paramos em frente a casa da minha madrinha e eu o encaro. - Obrigado pela companhia, e pela noite! Nos vemos amanhã... - sorrio e vejo um pequeno brilho em seus olhos.

-- Nos vemos amanhã! - ele sorri. Dou um beijo em seu rosto e entro rapidamente pra dentro.

Amanhã será um dia longo...