A Hérege : O Primeiro amor de Niklaus Mikaelson (EM REVISÃO)

Lembranças - Parte 3

                           MAYA ON

09 de Dezembro: 14:25 da tarde.

-- Calma Rebekah! - a loira me puxa pela mão correndo.

-- Quero chegar a tempo de ver meus irmãos competindo.. - ela fala alto ainda me puxando.

-- Competindo o que? - pergunto confusa, tentando acompanhar ela.

-- Com espadas!

Chegamos onde eles se divertiam com espadas. A maioria das pessoas da aldeia assistiam eles e Niklaus parecia estar ganhando de Elijah. Sorrio encarando ele, que perde o foco por alguns segundos me encarando e sorrindo pra mim.

-- Preste atenção Niklaus! - Elijah ordena o irmão que volta a prestar atenção na luta.

Hoje fazem exatamente 2 semanas desde o jantar desastroso na casa dos Mikaelsons. Nesse meio tempo, eu e Rebekah ficamos mais unidas, e Niklaus e eu nos aproximamos bastante. Nós três ficávamos horas conversando... E confesso que me sinto bem melhor agora.

Nessas semanas também percebi o quanto Mikael é grosso e bruto com Niklaus, nem parece que é pai dele...

Dispenso os pensamentos e volto a prestar atenção na luta. Eles são muito bons, mas algo me diz que essa competição não vai acabar bem.

Mikael se aproxima em passos fortes e olha fulminantemente para o loiro, no mesmo instante que ele vence Elijah, cortando seu cinto. Olho pra Rebekah que arregala os olhos ao Pai, com medo do que ele possa fazer.

A alegria do vencedor não dura muito, logo se evapora ao reparar na raiva estampada na cara do pai.

-- O que está acontecendo aqui? - ele diz bruto e as pessoas se aglomeram em volta deles.

-- Nada pai... estávamos só... - Klaus diz com receio e medo e deixa a frase no ar.

-- Eu ja não disse que não quero vocês fazendo isso? - ele se aproxima perigosamente dele.

-- Pai... era uma pequena luta, não é de verdade! - Elijah tenta acalma-lo, mas parece que não resolve, pois ele pega a espada da mão do mesmo e vai em direção á Nik, me preparo pra interferir caso seja necessário.

-- E pelo o que eu vi, você estava todo alegre por ganhar de seu irmão... porque não seja homem e me encare agora. Vamos lá, uma luta justa!

-- Não pai... Eu não quero! - ele diz desviando o olhar de Mikael.

-- NÃO SEJA COVARDE GAROTO! - ele grita o assustando e avança em cima dele, o segurando pela gola. Corro rapidamente e entro na frente dele o interferindo de agredir Niklaus.

-- Você não ouviu? Ele disse que não quer!  o olho desafiadora e ele me fuzila.

-- Acho melhor você não se intrometer garota!

-- Você estava quase agredindo o seu filho na frente de todos! - olho chocada pra ele.

-- Ele é meu filho. Eu faço o que quiser com ele!

-- Não na minha frente... - o intimido com o olhar e ele ri olhando pro filho atrás de mim.

-- Chegou a esse ponto, que precisa de uma garota para o defender? - diz sarcástico.

Olho pra trás e vejo seus olhos lacrimejados.

-- Hein garoto? É tão desprezível a esse ponto?  - Klaus não o responde e sai correndo em direção a floresta.

-- Tá vendo o que fez? - brava, estou muito brava com esse homem. O que custa tratar o filho bem?

Corro atrás dele pra floresta e o procuro.

-- Nik? Onde você está? - exclamo preocupada com ele. Ouço um choro baixo e o encontro sentado no tronco de uma árvore. Me aproximo cautelosa e me sento ao seu lado.

Ele levanta o olhar me encarando e vejo seus olhos tristes. Quando cheguei aqui na aldeia, era eu que estava assim, agora os papéis se inverteram. Me sinto mal por ele...

-- Não fique assim! - acaricio seus cabelos. - Não dê ouvidos á ele, ele não sabe o filho incrível que tem...

-- Ele me acha desprezível! - sua voz sai falha.

-- Mas você não é! - digo o fazendo me encarar. - Muito pelo contrário, você é um cara incrível.

-- Sério? - seus olhos brilham pra mim, um brilho tão intenso que me faz sorrir instantaneamente.

-- Não duvide disso! - o puxo pra um abraço confortante e acaricio os seus cabelos macios denovo.

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-- Obrigado por me fazer esquecer aquilo e por me fazer rir! - ele diz sorrindo. Fiquei meia hora o fazendo rir, contando piadas sem graça, que por incrível que pareça ele estava gostando.

-- Tudo pra te ver sorrir! - digo e na mesma hora percebo o que disse e coro. Ele me olha com um sorriso de lado.

-- Já está ficando tarde né... melhor voltarmos. - me levanto e ele se levanta também.

-- É... tá na hora de encarar a fera! - diz desanimado e eu me aproximo dele segurando suas mãos.

-- Olha, se precisar eu sempre vou estar aqui pra te ajudar! - abaixo o olhar e quando levanto ele está sorrindo pra mim.

-- Obrigado! - ele sussurra baixinho e quando percebo estamos mais perto que o normal. Ele aproxima seu rosto no meu, e sinto minha respiração falhar.

Não tenho tempo nem de protestar e sinto seus lábios mácios nos meus. Sinto sua língua pedir passagem e cedo rapidamente, mergulhando em um beijo calmo e maravilhoso, talvez o primeiro e o melhor beijo da minha vida...

Nos separamos por falta de ar, coro violentamente ao olhar pra ele e o encontrar com um sorriso lindo.

Somos interrompidos por Rebekah chegando, me fazendo se separar rapidamente dele, nervosa.

-- Ah. Aí estão vocês! - ela diz aliviada e logo em seguida nos olha com uma feição estranha. - Pera... O que foi que aconteceu aqui?

-- Nada! Afinal... O que aconteceria? - digo rapidamente e ela solta um riso.

-- Eu atrapalhei alguma coisa? - pergunta divertida.

Olho pra Klaus pra ele dizer alguma coisa e ele apenas dá de ombros rindo.

-- Não Rebekah! - droga, estou nervosa. Será que ela viu o que acabou de acontecer?

-- Hm... sei!

-- É melhor irmos né...- saio em direção à aldeia com eles me seguindo.

-- Ah qual é Maya... vai ficar assim só porque vi vocês se beijando? - Rebekah ri e eu a fuzila com o olhar.

-- Você viu?

-- Não. Não vi, mas pela cara que você fez quando cheguei... Eu adivinhei! Além da sua boca estar vermelha é claro. - ela diz soltando uma gargalhada com a minha cara de espanto.

-- Rebekah você esta deixando ela envergonhada. Pare! - Klaus se intromete, e eu o olho agradecida. Ele pisca, e sorri pra mim, me deixando novamente corada.