Apartment 12 ▶JB.

Capítulo 10

― Há quanto tempo, Jinah. ― Disse uma conhecida voz.

― J-J-J-Jinyoung Oppa!

Algumas garotas pareciam surpresas, e ao mesmo tempo assustadas.

― Você não vai bater nela, vai? ― Jinyoung abre um sorriso cínico. ― Porque se bater... não é com a escola que você terá que se justificar. É comigo. Lá fora.

Jinah me lançou um olhar diabólico e soltou bruscamente o seu pulso da mão de Jinyoung.

― Park Jinah! ― Vociferou Mark, se aproximando de nós. ― O que está fazendo? Arranjando confusão novamente? ― Quase gritou as palavras ao parar próximo a ela.

Jinah solta um riso em deboche.

― O que há? Todos agora querem proteger essa franguinha aí? ― Sua face estava possuindo um semblante irônico.

― Você sabe as regras da escola, Jinah! ― Disse Mark. ― Não é porque o seu pai é o diretor, que isso te torna superior!

Todos os alunos que estavam no corredor, pareciam ter parado de fazer o que estavam fazendo, para observar aquela discussão. E logo o grupinho de Jaebum, composto por Jackson, BamBam e Yugyeom se aproximaram.

― E não é porque você é líder das turmas, que te faz melhor que todos nós. ― Disse Jaebum.

Mark deslizou o seu olhar de Jinah e passou a encará-lo.

― Não se intrometa, Im Jaebum.

Disse Mark, o que fez Jaebum rir e se aproximar mais dele.

― O que disse?

Jaebum o olhou com um olhar quase mortal.

O pequeno conflito, que estava se transformando agora, em um "grande conflito", estava distribuído entre Mark e Jaebum que estavam um de frente ao outro. Jinah que estava ao lado esquerdo de Jaebum, um pouco atrás dele. Jinyoung na lateral, entre os dois, e eu ao lado de Jinyoung, próximo a Mark. E o grupo de Jinah e Jaebum, estavam ambos atrás deles. E os telespectadores ― os alunos ― formavam uma roda entre a gente, observando aquela confusão que Jaebum e Mark estavam começando a expandir.

― Você sempre coloca o seu nariz onde não deve, não é, Im Jaebum?

― Você que deveria não aparecer nos lugares que ninguém te chama.

― Acha certo agressão em meio ao corredor? Entre os outros alunos mais novos? Qual a impressão que iremos passar a eles? Violência? Medo?

Jinyoung soltou um suspiro.

― Esses garotos... ― Negou com a cabeça. ― Não podem se encontrar que logo passam a viver a história de cão e gato. ― Jinyoung se meteu entre os dois. ― Ei! Vocês! Podem parar, huh? ― Franziu o cenho. ― Jinah errou em querer bater em Dara. E continuar com as mesmas infantilidades de antes! Mark errou por se meter em uma confusão que ele não tem nada a ver, mas como a obrigação de um líder de turmas é manter o trabalho em equipe, ele está livre. E você, JB... ― O olhou. ― Deveria ter ficado longe.

Jinyoung se afastou deles e pegou em minha mão, me puxando para longe do corredor. Logo em seguida os professores se aproximaram para amenizar o conflito e levar a sua determinada turma para a sala de aula.

― Você está bem? Ela machucou você? ― Perguntou ele ao pararmos no jardim, analisando a minha face.

― Eu estou bem. ― Digo. ― O que está fazendo aqui? Pensei que só viesse no fim de semana, já que a sua mãe disse que você estava trabalhando.

― Trabalhando? ― Me olhou confuso. ― Ah. ― Parece lembrar-se de algo. ― Não conte a ela, mas... é que eu estou fazendo aulas de teatro escondido. Se ela souber... o país inteiro saberá. E... eu não quero ver os amigos da mamãe me prestigiando 24h por dia. Como aconteceu quando eu me inscrevi no show de talentos da escola.

― Eu não vou contar. ― Ri. ― Mas, o que veio fazer aqui?

― Você sabe que dia é amanhã?

Soltei um suspiro ao lembrar-me.

― Já fazem três anos, Park Dara. Eu sinto muito.

― Eu deveria já ter me acostumado, mas... nesse meio tempo, as coisas estão complicadas. Eu sinto a falta deles. Eu queria... não ter sido salva por meu pai, quando... o carro caiu do penhasco. ― Respiro fundo, sentindo um nó em minha garganta. ― Ele me forçou pular antes que o carro caísse, mas se fosse por mim... eu teria ido junto. Viver sem eles... é pior que qualquer outra dor. Eram meus pais. Me apoiavam... me amavam de verdade. Eram os amigos que... qualquer um não poderia ser.

Respirei fundo, tentando me controlar para não chorar. Jinyoung me abraçou, tentando me confortar.

― Eu sabia como você ficaria antes do aniversário de morte deles. Por isso eu vim. Quando você estava em minha casa, eu podia reconfortá-la, mas como está longe agora, principalmente sozinha, não tinha certeza do que podia acontecer. Então, achei melhor vir.

― Obrigada. ― Aperto o nosso abraço. ― Obrigada por ser quase como se fosse um irmão para mim. Por cuidar de mim. Me proteger...

― Você é como se fosse a minha irmã mais nova, Park Dara. Eu me sinto no direito de cuidar de você. ― Acariciou o meu cabelo. ― Eu precisarei ir em um lugar agora, mas logo voltarei e irei para o seu apartamento, está bem?

Concordo e Jinyoung deixa um beijo no topo de minha cabeça.

― Eu estou indo. ― Desfez o abraço e caminhou até a saída da escola.

Fiquei ainda um momento ali. Quieta. Sentindo a brisa do vento se chocar contra os meus cabelos. Durante alguns minutos, pensei sobre algumas coisas e agradeci por outras. Embora meus pais não estivessem mais comigo, parte de minha família em geral, aceitou cuidar de mim. E o que fizeram durante esses anos, eu sou extremamente agradecida.

― Você está aí.

Ouvi uma voz atrás de mim.

― Mark. ― Sorri e logo passei minhas mãos por meus olhos, enxugando as gotas de lágrimas que ainda estavam alojadas por ali.

― Estava chorando? ― Se aproximou. ― Jinah fez algo com você? Você está bem? ― Perguntou preocupado.

― Está tudo bem. ― Tentei acalmá-lo. ― Jinyoung conseguiu impedir. Eu agradeço por isso, pois... talvez eu fosse suspensa da escola. ― Digo brincalhona.

― Bateria de volta em Jinah? ― Riu.

― Sei que você não apoiaria violência no corredor, mas... não havia problema. Ao menos eu seria punida sem deixar barato para ninguém.

Mark riu se divertindo do que eu havia dito.

― O que você queria me dizer? ― Perguntei.

― Bem... é que... ― Respirou fundo. ― É meio difícil para mim dizer isso, mas... não tivemos muito o que conversar na noite anterior então...

Mark aparentava estar nervoso.

― O que acha de sair comigo hoje?