Capítulo 36

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— Não. Coelhinho da Páscoa. — Revira os olhos.

— Sério? Eu achava que ele era mais bonito. — Sorri cínica.

Jaebum bufou e olhou ao redor.

— O que está fazendo aqui? — Perguntei.

— Tomando banho, não vê? — Franziu a testa.

— Em Seul está faltando água?

— Pelo amor de Deus, Park Dara. — Levou a mão à testa. — Eu vim por outra causa. Que não envolve coelhinhos da Páscoa, tomar banho e muito menos falta de água em Seul!

— Você veio ver Jinyoung?

O olhar de Jaebum fixou-se no meu de um jeito inexplicável, tomando um ar sombrio.

— Parece que eu vim ver Jinyoung? — Ergueu uma das sobrancelhas.

— Então... O que veio fazer aqui?

— Você é idiota? — Disse exasperado.

— Não se irrite, madame! Guarde a sua TPM para depois!

Jaebum respirou fundo.

— Pode ao menos arranjar um lugar para eu ficar?

— Por que?

— Porque assim, eu poderei te explicar tudo.

— Explicar o que?

— A minha aparição repentina.

— E por que acha que eu quero saber?

— E não quer?

— E se eu não estiver a fim?

— Sua curiosidade fala mais alto.

— Está me chamando de curiosa? — O olhei perplexa e Jaebum cruzou os braços, abriu um sorriso debochado e deu de ombros.

— E também há uma coisa que eu sei que você não consegue parar de pensar. E quer entender a razão.

— Tipo o que?

— Você sabe muito bem.

— Não. Não sei.

— Eu posso repetir, se quiser. — Sorriu ladino.

Senti minhas bochechas ficarem quentes repetidamente. Seria aquele beijo?

— Então, arranje-me um lugar para eu ficar.

Reviro os olhos e concordo.

— Tudo bem. Há um lugar que pode servir para você passar esta noite.

(...)

— A casinha do cachorro? — Arqueou as sobrancelhas.

— Tem mais conforto que o meu próprio quarto. — Dei de ombros.

— Eu não vou caber aí! — Apontou para a pequena casinha de madeira.

— Do que você está falando? — Abri as portas do quartinho de jardinagem, nos fundos do jardim. — O antigo cachorro de Jinyoung não cabia nessa casinha, então, teve que ficar no quartinho de jardinagem. — Exponho o interior do pequeno local. — A casinha do cachorro. Tem todo o conforto. E ainda... Há um teto de vidro, que você pode ver o céu. — Sorri.

— Ah. Tá... — Olhou ao redor. — Talvez, seja melhor que Seul... — Encostou-se na porta e cruzou os braços, respirando fundo.

A chuva já havia parado, e uma fresca brisa corria por nós, deixando a noite ainda mais prazerosa.

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