Dia seguinte || XXI

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Acordo no dia seguinte sentindo como se um caminhão tivesse me atropelado. Abro meus olhos com dificuldade e então dou por conta que existe um peso emcima de mim, corro meus dedos e sinto um braço na minha cintura quando olho pra trás sinto meu coração parar e voltar a bater; Lucas?

Nesse momento milhões de perguntas começam a rodear a minha cabeça, por que eu estou aqui? O que ocorreu na noite passada? E o que aconteceu entre Lucas e eu?

Olho pro meu corpo e o último tiro é dado, por que diabos eu estou com uma roupa que não é a minha? Meu coração dispara e sinto ele bater disparado, logo sinto minhas bochechas queimarem.

- Bom dia. - A voz rouca do Lucas ecoa atrás de mim e eu travo minha coluna.

- Bom dia. - Eu digo tensa.

- Ta tudo bem? - Ele me questiona.

- Eu não sei. Eu não lembro. - Respondi confusa.

- Não lembra? - Ele pergunta e eu confirmo com a cabeça. - Eu disse pra você não aceitar o copo daquele cara ontem. - Ele falou sério e logo caiu na gargalhada. - Estou brincando, nós saímos da balada e fomos pra um bar, você bebeu algumas doses e como você não tinha condições de voltar pra casa, viemos pra cá.

- Só isso? - Ele confirma com cabeça. - E por que essa roupa?

- A sua estava fedendo a álcool. Mas antes de tudo, foi você quem colocou essa ai. Eu nem toquei em você. - Se defendeu.

Eu devia estar com uma cara muito engraçada por que ele não parava de rir, ele leva uma mão até minha bochecha e começa a acariciar.

- Você é mais bonita do que eu pensava, sabia? - Ele fala baixinho olhando nos meus olhos. - Mais maluca também.

- Lucas, eu acho melhor eu ir embora. - Disse um pouco gaguejante levantando e procurando minha roupa antes que alguma coisa a mais acontecesse.

- Como você vai? Esqueceu que mora longe.

Dou por conta das mentiras que já contei pro Lucas e a principal delas, o lugar onde moro. Logo quando começamos a conversar com medo dele bater na porta do meu apartamento acabei inventando um endereço longe do nosso prédio. Não sei por que fiz isso, mas estou profundamente arrependida.

- Eu vou de táxi. - Disse pegando minhas roupas que estavam jogadas no chão e indo pro banheiro me vestir.

- Mas vai dar muito caro. - Ele grita de dentro do quarto dele. - É longe.

- Não tem problema. Eu caminho um pouco e depois pego o táxi. - Digo terminando de me vestir, nunca coloquei uma roupa tão rápido na minha vida.

- Eu te levo. - Ele diz aparecendo na porta do quarto fazendo meu coração disparar.

- Não Lucas, não precisa. Eu me viro. - Disse tentando parecer calma.

- Você sabe que não tem necessidade disso né? Eu poderia te levar tranquilamente. Você recém acordou depois de ter bebido ontem, deve estar tonta.

- Não, eu vou sozinha. Muito obrigada. - Digo indo em direção a porta, até que ele segura meu braço e me puxa pra ele.

- Me avisa quando chegar em casa, ta? - Ele pede e eu confirmo com a cabeça, abro a porta atrás de mim e mesmo com vontade de ficar, vou embora.

Tinder - T3ddyWhere stories live. Discover now