Capitulo 02 - Conhecendo o lugar

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Jason

Eu estava em meu escritório distraído olhando o retrato de Amy ela estava tão linda na foto seu cabelo loiro voando ao vento e em seu ventre nossa filha  fiquei com um nó na garganta ... minha filha ...
Fazia 3 anos desde que as perdi em um acidente de carro naquela época fiquei acabado não pensava em mais nada a não ser que viver não fazia nenhum sentido, fiquei perdido quase desisti de terminar a faculdade de psicologia mas pensei que amy não fosse querer isso para mim então terminei a faculdade e me formei comecei a trabalhar em uma clínica que por um acaso o dono da clínica e um velho amigo de meu pai o doutor Marcos Bryan .

Sinto falta de Amy e de minha filha que nunca chegou a nascer , como estaria minha vida se estivessem aqui ?. Bom eu nunca vou saber .
Minha vida e apenas do trabalho para casa não saio com muita frequência e desde amy não me interessei por nenhuma outra mulher virei um cara bastante solitário . Eu não me envolvia seriamente com ninguém porque percebi que sempre estava procurando algo nelas que me lembrasse de amy e isso não era certo , então prefiro apenas ficar sem compromisso. No começo me sentia culpado por ficar com mulheres achava que estava traindo amy e passei um tempo me privando disso eu sabia que precisava seguir de algum jeito minha vida mas de alguma forma não conseguia .
Fiquei algum tempo pensando olhando a foto de amy até que meu celular me tirou de meu devaneio  atendi :

- Alô?.

Era doutor Bryan :

- Olá senhor fitz precisamos conversar ...

Ele me falou que eu tinha uma nova paciente que se chamava Hannah tinha 17 anos , sua mãe havia morrido em um incêndio e ela estava com alguns lapsos de memória ele me mandou sua ficha e comecei a ler um pouco sobre ela ,parece que tinha problemas na escola ,estava mostrando-se um pouco alterada e agindo estranhamente nos últimos meses segundo os relatos de sua antiga psicóloga da escola ela costumava ser uma ótima aluna porém nos últimos mêses teve uma grande mudança em seu comportamento afastando-se até de seus amigos .

Respirei fundo antes de guardar sua ficha bom amanhã eu iria começar com ela , adolescentes problemáticos era sempre um desafio que me interessava resolver e ajudar . Acho que quando conseguia ajudar alguém eu me sentia vivo me sentia bem comigo mesmo sabendo que pelo menos tentei ajudar algo na vida de alguém ... como não pude ajudar na de amy.

Hannah

Abri os olhos e por um momento achei que tudo fosse um sonho mas me veio tudo a mente de novo... mãe ... ainda não podia acreditar.

Ontem policiais me interrogaram e me fizeram tantas perguntas ,perguntaram tudo que eu lembrava ou seja nada , eu não lembrava de nada . O doutor Bryan disse a eles que eu não estava em condições de ser interrogada e explicou a eles de meu problema de memória , fui avisada de que eles iriam acompanhar o meu caso até eu recobrar a memória ou melhor "parte dela" perguntei sobre a morte de minha mãe se havia algum suspeito ou descobriram alguma coisa , eles disseram que não podiam compartilhar algumas coisas mas que até o momento não sabiam de nada concreto . Pude respirar aliviada quando aqueles homens foram embora.

Estava cansada de ficar no quarto então resolvi sair um pouco levantei devagar da cama meu corpo ainda doía, eu estava com uma camisola branca, pensei comigo mesma que precisava de roupas.
A porta se abriu e Aly entrou com uma sacola dizendo animada :

- Oi , que bom que está de pé eu trouxe algo para você vestir , consegui com uma garota do outro andar.

- Ah obrigada . Leu meus pensamentos ?.

Consigo esboçar um sorriso. Ela sorri também e diz :

- Bom parece que sim . Vamos vista isso  vou levá-la ao refeitório para comer algo e lhe mostrar a clínica.

Assenti e fui ao banheiro tomar um banho, meu Deus... quanto tempo eu não tomava banho?.
Depois de me vestir Aly me levou ao refeitório. Passamos por uma sala de estar onde tinha um sofá e uma TV com algumas pessoas assistindo ,outras sentadas em mesas fazendo algo , algumas delas me olharam quando passamos , meu olhar se deteve em um garoto que também me olhava e acho que devia ter minha idade ,tinha cabelos loiros com cachos não sei porque me lembrou de imediato um uma imagem angelical, eu não tinha muita certeza de que cor eram seus olhos mas pareciam azuis de fato  lembrava uma figura angelical . Ele me olhava sem piscar fiquei parada me sentindo um pouco envergonhada e so depois de uns segundos eu corri os olhos observando aquele lugar não era exatamente um hospital ... não um hospital normal.
Apesar de eu achar que uma clínica de reabilitação seria um lugar estranho com pessoas estranhas , aquele era um lugar agradável aparentemente que estranho...

O garoto ainda me olhava , aly olhou de mim pra ele e sorriu dizendo :

- Ei vai ficar parada aí o dia todo ?. hannah?.

Eu desviei o olhar do garoto rapidamente e olhei para ela que ainda sorria . Eu disse :

- Desculpe vamos estou morrendo de fome .

Ela sorriu e continuamos andando Aly me deixava confortável gostava dela , ela me tratava como se fôssemos conhecidas de tempos .
Não estava com tanta fome quando aly me deixou no refeitório e saiu logo em seguida, fiquei apenas ali brincando com a comida lembrando-se de minha mãe , ela odiava quando eu brincava com a comida .
E agora o que seria de mim ?. O que eu iria fazer ?.
Uma lágrima involuntária escorreu em meu rosto caindo em meu prato, e com ela vinheram muitas outras .

AterrorizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora