12 | P r i s o n

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- Podem amarrá-la! - ordenou ele. Ouvi o barulho das correntes colidirem com o chão e os passos apressados em minha direção.

- Ei que porra é essa? - Vanessa entrou na minha frente.

- Saia. Não queremos machucar você. - ele continuou - Você não faz parte disso. - outros três homens entravam na casa.

- Nenhum de vocês vai tocar nela. - Beatrice se juntou a Vanessa.

- E é você que vai nos impedir? - ele deu uma risada - Pode amarrá-la também, é outra deles.

- O que? - gritou ela, quando eles seguraram violentamente seus braços, puxando os mesmos para trás e amarrando as correntes com força.

- Não... Não machuquem ela... - pedi ofegante, arrastando-me pelo chão - É a mim que vocês querem, não é? Deixem ela em paz... - eles vieram até mim e puxaram meu braço com uma força desnecessária, já que eu quase não conseguia me mexer.

As correntes apertaram os meus pulsos e eu soltei um grito de dor.

- Que merda está acontecendo? - Vanessa franziu as sobrancelhas - James o que é isso? - ele se virou para ela.

James usava um terno preto, seus cabelos eram curtos e negros, além de usar um óculos escuros que escondia sua identidade de fato. Sua postura era a de um homem importante e poderoso.

O perfume que vinha dele era amargo, ardia os olhos.

- Esta garota está no nosso espaço. No espaço dos Cartheres. E você fez um bom trabalho com a barreira na porta para capturá-la. - sorriu para Vanessa.

- Que barreira? Do que está falando? Capturar? - os olhos dela brilhavam em confusão com as palavras que tinham sido atiradas nela.

- Agradeça a sua mãe por te proteger deles. - voltou os olhos para nós, que estávamos jogadas no chão, sob os olhares de desgosto deles - Se você continuar na casa da sua amiga, Alice... Você morre. - franzi as sobrancelhas - O umidificador de ar daqui tem substâncias tóxicas que só afetam os Hadrias. Sua mãe é muito precavida. - sorriu novamente para Vanessa.

- Espera - ela interveio - A minha mãe sabe de tudo isso aqui?

- Provavelmente ela soube no dia que você convidou a garota para dormir aqui. Ela soube quem Alice era.

- Como você sabe que eu fiz isso?

- Somos uma grande família, querida. Não se preocupe. Sua mãe trabalha para nós e você está segura.

- É melhor você e seus amigos sairem da minha casa antes de que eu chame a polícia. - James a encarou com desdém.

- Pegue a compressa e desmaie as meninas. - ele ordenou para um dos homens. A corrente apertou-se ainda mais nos meus pulsos, puxando meu corpo. Imaginei que o lugar onde elas se apertavam já estava roxo.

Logo, um pano molhado com alguma toxina foi colocado entre minha boca e nariz.

Meus olhos lacrimejaram e os gritos não saíam.

Ouvia Beatrice exasperada ao meu lado, debater-se até não conseguir mais emitir som. Assim como eu.

- SOLTE AS MINHAS AMIGAS AGORA, O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? - Vanessa pegou o celular, mas um daqueles rapazes retirou o objeto da mão dela com muita facilidade e jogou no chão, quebrando-o, como se não fosse nada.

- Pare de agir como uma criança. - pediu James, aproximando-se dela - Ouça o que eu lhe contar sobre o que está acontecendo e você entenderá porque deve ficar do nosso lado. Afinal, depois de tanto pedir para ela te contar sobre isso e ela se fazer de desentendida... É porque há algo que você não gostaria de saber. - sussurrou a última frase no ouvido dela. - Algo que ela não quer que você saiba. - os lábios finos se estenderam num sorriso maquiavélico.

Alice [Completo]Where stories live. Discover now