•Revelação•

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Acordei normalmente, descendo para tomar café com minha tia e meus primos, acabei por decidir ir até a biblioteca.

Caminhei pela rua tranquila observando o movimento, ainda era cedo, mas a vida das pessoas já havia começado faz tempo. Carroças iam e vinham carregando todo tipo de bagagem uma vez que era dia de feira. Mas não qualquer uma. Era A feira mensal, uma vez por mês uma enorme acontece, onde vários comerciantes, tanto locais quanto vizinhos comparecem para tentar vender seus produtos.

As pessoas caminhavam ansiosas carregando diversas caixas, uma leve poeira levantava do solo devido aos passos apressados. O sol havia se levantado a pouco e parecia estar com um pouco de sono, pois estava ameno e não emitia fortes ondas ainda.

Apesar de Wallya não ser uma cidade grande o comércio não deixa nada a desejar. Ela não está nem no interior nem no centro do reino, o que a deixa em uma posição onde pode até mesmo ser chamada de ponto de encontro. Um local onde as vilas vizinhas podem vir com mais facilidade fazer negócio.

Cheguei ao meu destino, e passei pela porta, ouvindo a familiar sineta. Jason estava atrás do balcão da recepção, enquanto lia um livro. Estava tão concentrado em sua história que nem a sineta da porta o despertou. Aproximei-me por trás bem devagar. Até ficar a centímetros de seu ouvido. Acreditem se quiser, mas ele não me viu.

- Buh! - gritei o fazendo saltar de súbito da cadeira.

- Sam! Quer me matar? - ele perguntou com a mão no peito, enquanto ofegava e tentava se recompor.

- Sua cara foi impagável - disse entre gargalhadas. - foi hilário!

- Pra você! Eu quase infartei aqui! - ele me respondeu fazendo bico. - E ainda estragou minha leitura.

- Para vai. Não é pra tanto, foi só um sustinho - ele continua irritado comigo - desculpa se estraguei sua leitura - o encaro e ele me olha de volta com uma sobrancelha erguida.

- Tem certeza que não está passando mal? Porque pra você pedir desculpas deve ser uma febre alta. - ironiza rindo.

- Idiota - tento ficar séria, mas suas gargalhadas contagiantes acabam me vencendo e fazendo-me rir junto - mas você estava tão imerso no livro. Qual é?

- Frankeinstein.

- Amo esse livro. Você lembra que esse foi...

- O primeiro livro que você leu - ele me interrompeu, completando minha frase sorrindo - como poderia esquecer? Foi eu que ajudei a achar.

- Sim! Você queria me empurrar um conto de fadas.

- E você quase me fez engolir o livro. - ele disse e nós dois caimos na risada novamente.

- O que eu posso fazer? Detesto conto de fadas. Você sabe.

- Fiquei sabendo naquele dia. Aquele foi um dia muito importante pra mim - pousou o livro na mesa e me encarou.

- Porque?

- Ganhei minha melhor amiga ora! - disse arqueando as sobrancelhas.

- Bobo. Mas eu também ganhei o meu. Enfim, o que você tem de novo pra mim?

- "Drácula" acabou de chegar. - disse me entregando um livro grosso, com uma capa em preto e vermelho.

- Serve, me parece bom. - respondi enquanto folheava as páginas - Tem algum sobre lobisomens?

- Tem sim, mas porque que você quer saber deles? - bebeu um copo com água.

- Pra ler oras! Você sabe que eu gosto de histórias com lobisomens. Eu gosto deles.

 Rainha Negra: A Guerra Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt