• Batalha final parte 1 •

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E assim começou a guerra.  Lobos se transformaram no exato momento de colidir com os vampiros, num impacto brutal que fez várias duplas de corpos adversários voarem enquanto se arranhavam, mordiam, e rasgavam tecidos e faces.

As espadas e machados tiniram e se cruzaram quando elfos encontraram Orcs, em duelos sangrentos e mortais.

Raios de poder elemental se misturam a outros de pura energia e a feitiços de magia branca, sombria ou das trevas quando bruxas enfrentaram bruxas.

Mas em pouco tempo, os alvos se mesclaram, e a batalha avançou. Eu uso as armas que tenho, me adequando a utilizar minhas lâminas e meus poderes juntos.

É tudo rápido demais pra ser relatado com precisão. Minhas adagas se movem com agilidade, desviando,  atacando,  enquanto corta e perfura, eu corro em campo desferindo os ataques em combinações a giros e rasteiras.

Os lobos cravam presas e arrancam membros com facilidade, arranham e estraçalham agindo em seu instinto mais violento e inescrupuloso.

Os vampiros se movem em ainda mais alta velocidade, e usando também da sua força para quebrar ossos em ataques rápidos  e fatais quando não arrancam pedaços do pescoço no local das jugulares.

Elfos e sua habilidade em espadas usam táticas e estratégias em pequenos grupos de quatro a cinco, com movimentos sincronizados e precisos, decaptando cabeças e transpassando corpos.

Orcs usam suas espadas e machados, além de sua força pra desferir ataques pesados e fatais muitas vezes acertando mais de um adversário.

As criaturas satânicas invocadas pelas bruxas negras, usam habilidades próprias em combate. Seres humanóides com partes de bestas profanas, como braços curvos, escamosos, ou cabeças de monstros. Uma delas tem chifres em toda a extensão da cabeça no lugar do cabelo. Outro tem vermes gigantes no lugar dos braços, e por ai vai.

Um vampiro salta em direção a um lobo,  que abocanha sua perna em pleno ar, mas o vampiro agarra em seu pescoço e quase o gira por completo, de uma só vez, o levando ao chão. Um outro lobo que estava por perto aproveita a perna machucada desse vampiro e morde no mesmo local enquanto chacoalha seu corpo, arranca a perna do desgraçado e o joga longe, um elfo próximo finaliza o serviço.

E eu vou seguindo. Um corte na diagonal em um, um giro de meio círculo com uma cravada de adaga na costas em outro, chute no estômago do terceiro seguido de uma perfuração na garganta. As lâminas vêm e vão, pra frente e pra trás. Desvio uma espada com a adaga direita pro lado, enfiando a esquerda abaixo das costelas do orc e jogando o corpo pro chão.

Então algo me ocorre. O movimento dos adversários, a direção que atacam e correm...

– ESTÃO TENTANDO NOS CERCAR! NÃO  DEIXEM! NÃO DEIXEM! DISPERSAR AGORA!  DISPERSAR!

Parte dos inimigos tentam encurralar parte do nosso lado. Graças  aos encantamentos  de objetos pra facilitar a comunicação, logo a ordem é transferida, e o contingente que está sendo cercado do meu lado começa a se distanciar pra quebrar a tentativa de cerco.

Os inimigos insistem na tática e vem forçando de modo a tentar reunir-nos em um só local.

– FORMAÇÃO NORTE AGORA! 

Nós sob o ataque tático nos deixamos cercar, nos reunindo em um grupo em círculo. Dentro do círculo, elfos,  lobos, e bruxas, e no perímetro  do círculo nós  elementares, esperando a maior proximidade possível.

– FOGOO! - Gritei no momento oportuno.

As labaredas queimaram, longas e poderosas, alimentadas ainda mais pela força dos elfos. Logo as três primeiras fileiras inimigas  que nos cercavam foram extintas, sendo a primeira completamente carbonizada.

 Rainha Negra: A Guerra Where stories live. Discover now