capítulo 50- um buquê de rosas púrpuras

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"Duas pessoas que conheço da visão mostrada pelo livro dos elementos, se posicionam de frente para um garoto de olhos caramelos e cabelos loiros, com um sorriso simpático no rosto, ele gesticula com as mãos como se tentasse avisar algo, então o sonho muda, dessa vez vejo ambos, juntos a mim e Sarah, de frente para uma figura de cabelos brancos, com uma nuvem prateada, todos machucados e com expressões cansadas"

A luz inunda meus olhos e acordo num salto, minha vista demora a se ajustar, sentada do lado de fora do saco de dormir está a princesa, com as mãos cobrindo os braços, quando ela as tira consigo ver marcas recentes de queimaduras, apenas manchas vermelhas, mas sei que doem, muito:

- Isso aconteceu de novo?- pergunto baixo me sentando ao seu lado- me desculpa...eu...

Abraço-a e ela apoia a cabeça em meu peito e seus cabelos azuis escorrem como uma cascata pelas minhas mãos:

- Tá tudo bem- ela fala ainda com as mãos sobre o ferimento, levantando os olhos pra me encarar- fica aí, eu vou tomar um banho.

Ela se levanta e saí da tenda, e eu fico observando-a até sair, deixo meu corpo relaxar, estico os braços e cubro o rosto, está se tornando uma atividade cansativa acordar de noite dessa forma, estou acostumado com os pesadelos, mas desde daquele dia:

"Você não vai contar a ele o preço por desfiar a morte?"

Quase tive vontade de rir da situação precária em que nós encontrávamos, a maldição não foi quebrada, ela foi apenas modificada, agora a pessoa afetada pelas minhas emoções não sou eu, mas sim a pessoa a quem meu "afeto" está dirigido.

Já fazem duas semanas, duas semanas desde quê tudo virou de cabeça para baixo, ainda não temos notícias dos regentes do país da água, mas depois de discutir nossos próximos passos, decidimos que continuariamos a procura a os dominadores de terra e ar, Will veio junto, mas Poe ficou no Palácio a contra vontade, já que ele precisava cuidar dos estragos causados no reino por Prescoot, ele continua solto, ainda tem uma ameaça de guerra pairando sobre nós, até que tudo seja esclarecido, não podemos fazer nada, no momento estamos na floresta sherly, na fronteira do país do fogo com o do ar, estamos acampando a cerca de três dias, estamos indo devagar, seguindo notícias recentes, ligamos os pontos, eles estão próximos daqui, e esperamos encontra-los, então tem meu "relacionamento" com Sarah, não sei qual dos dois está mais desacustumado com isso, mas depois de um tempo o problema se agravou, sempre que ficamos muito próximos, meu corpo reage, deixando marcas e queimaduras, não podemos ficar juntos, não completamente.

Minha perna começa a bater repetidamente no chão acolchoado, até que não aguento mais, levanto saindo da cabana, ajeito a camisa amassada deixando o ar doce invadir meus pulmões, paramos de frente para um rio que corre, o limite entre os dois países, vejo a garota parada de frente para o mesmo, suas mãos tremem, ela caí de joelhos, corro para ajuda-lá, mas ela parece em perfeito estado, em suas mãos vejo um buquê de rosas púrpuras, de uma floresta que reconheço bem, entre as flores está um bilhete:

"Venha busca-los"

Ela olha pra mim com os olhos brilhando:

- Eu sei onde estão meus pais.

~~~~~~~~~~~~~~FIM~~~~~~~~~~~~~~
Obrigado a todos que leram até aqui!
A continuação:
2-Crônicas elementares: terra e ar, estará disponível em pouco tempo!
Cheia de novos personagens histórias e mistério!

1- Crônicas Elementares - Água E FogoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora