Prólogo

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– Você é uma decepção para a família! – O homem gritava ao passo que chutava o pequeno garoto encolhido no asfalto.

– Para papai! Para! Por favor! – O jovem pedia tentando evitar as agressões.

          Enquanto isso algumas pessoas em suas casas observavam, mas não faziam absolutamente nada.

– Não ouse me chamar de pai, você é uma aberração. Onde já se viu um homem ômega e gay? Eu tenho nojo de você. – O homem berrava distribuindo cintadas contra o filho.

– Eu não escolhi is...

          Um soco foi desferido contra o rosto do garoto, que chorou ainda mais tentando ocultar a face diante das agressões.

– Eu tenho nojo de você, sua aberração, você é desprezível.

         O homem iria bater com o cinto no jovem mais uma vez, contudo sua mão foi parada e o objeto apanhado.

– Pare agora! – O terceiro que havia chegado mandou reverberando sua voz deixando claro o sinal de perigo.

– Quem você pensa que é? Você não tem direito de me impedir de acabar com essa aberração. – O velho respondeu tentando apanhar de volta seu item.

– Quer que eu chame a polícia? – O transeunte que acabara de chegar questionou erguendo uma sobrancelha.

         Ele lutava consigo mesmo para não espancar o homem que batia no pequeno moreno caído no chão.

– Eu tenho que limpar a sociedade desse lixo. – O pai do garoto que apanhava disse cuspindo no jovem encolhido no chão.

          O terceiro rosnou baixo e se colocou entre o agressor e a vítima.

– Então se mata seu velho imundo. Não ouse tocar nesse ômega mais uma vez.

– Esse ômega é uma desgraça! Ômegas são seres inúteis que só servem para reproduzir.

           Esse terceiro segurou o pai do moreno pela gola da camisa e o prendeu contra o carro.

– Não ouse xingar ou bater nele, pessoas como você são a escória da sociedade. – O desconhecido pronunciou sufocando o agressor.

– Então pega esse lixo para você, suma com ele. Eu não quero ver esse merda nunca mais na minha vida. – Mandou apontando para o jovem encolhido na calçada suja.

– O único lixo aqui é você seu cretino.

         O terceiro apenas socou o pai do moreno e o jogou no chão. Ao ver que ele mais rosnava do que mordia deixou-o lá e andou rapidamente até a vítima.

– Você está bem? Consegue andar? – Perguntou preocupado avaliando a situação do ômega que estava muito machucado.

        O menor tentou com cuidado mexer a cabeça sentindo dor.

– N...Não Sr. Jensen. Pode me deixar aqui, não se preocupe. – O moreno pediu virando a face fugindo do olhar do seu salvador.

– Eu não sou o Jensen, eu sou o Dean. Venha comigo ômega.

         O Winchester pegou o menor no colo e com esforço, devido à ocupação das mãos, abriu a porta traseira do carro e colocou delicadamente o pequeno lá dentro e fechou.

– Nunca vai volte seu inútil. – O homem mais velho na cena gritou se levantando cambaleando, não se sabia se pelo soco ou pelo fedor de bebida que estava impregnado nele.

      Já haviam vários vizinhos bisbilhoteiros por perto, o alfa apenas lançou o cinto com força acertando o pai de Castiel que caiu novamente pelo impacto.

– Nunca mais fale assim dele seu monstro, eu nem irei sujar minhas mãos com você e quanto a vocês. – Dean gritou se referindo aos vizinhos. – Vão caçar o que fazer seus fofoqueiros.

         O trigêmeo do meio deu a volta e entrou no seu carro, olhando o garoto apagado no banco de trás e em seguida acelerou o carro saindo daquele lugar.

– Quem é você afinal? – Dean perguntou para si mesmo em referência ao ômega.

       Para não ter que pensar muito apenas manteve a atenção no trânsito e dirigiu para sua casa com muita cautela para evitar que o outro acordasse.

OURS (triplets Winchesters) Destiel ABOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora