Capítulo 12

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         O ômega não queria parecer chorão ou fraco, mas pela primeira vez ele sentiu a liberdade de poder sentir e não aguentou aquela carga toda sobre si.

— Posso entrar Cass? — Jensen bateu na porta e perguntou.

— Sim. — O menor respondeu enxugando o rosto e colocando um sorriso notavelmente desonesto.

           O alfa entrou no quarto e fechou a porta. Reparou que o ômega tinha o rosto vermelho e algumas marcas de lágrimas, aproximou-se e sentou na cama ao lado do menor, tomou o seu rosto em suas mãos e limpou as gotas salgadas.

— Eu sou um idiota, não é? Estraguei tudo de novo. — Castiel perguntou sem ter coragem de olhar para o alfa.

          Ele não poderia se culpar por seu coração bater mais forte cada vez que eles se tocavam, não conseguia evitar aquela pressão no estômago quando tinha o calor do toque dos Winchester contra sua pele.

           Mas ele ainda estava machucado, por dentro ainda doía e eram muitos 'e se?' em sua mente. O mais velho afastou seus toques e o Novak suspirou pela falta deles, quando se tornara tão dependente?

— Não meu anjo, não estragou nada. Desculpa Cass, fomos grosseiros com você. Em momento algum eu quis dizer que você não era forte ou não era capaz de praticar qualquer atividade, pelo contrário, já te disse que você pode ser quem você quiser ser. Eu confesso que fiquei assustado com o que você gosta de fazer, é arriscado e eu temo por você, nós temos medo de te perder. Você é precioso demais. — Jensen explicou vendo o ômega o ouvir atentamente.

— Está tudo bem, eu me exaltei e falei demais, eu só estava cansado e sobrecarregado, eu apenas soltei tudo de uma vez em vocês que não tinham nada a ver com a situação.

— Mas você não mentiu em momento algum, infelizmente nossa sociedade é muito preconceituosa. — O alfa explicou sentando-se de lado na beira da cama e opinando.

            Após acenar em confirmação, ambos ficaram em silêncio olhando para suas próprias mãos até Castiel tomar coragem.

— Jensen? — Chamou.

— Sim?!

— Você pode é... eu posso te pedir uma coisa? — Pediu um pouco envergonhado.

— Pode pedir ômega, o que você quiser eu dou.

— Você pode me abraçar?

            Jensen analisou para aqueles olhinhos pidões e jamais negaria um abraço para aquele ser.

— Claro pequeno.

            O alfa deitou na cama e trouxe o garoto para seu peito o abraçando, sentiu os braços tímidos o contornarem e logo a cabeça do outro aninhando em seu peitoral. Não se sabe quanto tempo ficaram ali, mas o Winchester sentiu o corpo do moreno amolecer aos poucos, estava saindo do abraço para deixa-lo dormir quando sua mão foi segurada.

— Fique! Eu gosto do seu cheiro, ele me acalma. — Novak pediu meio grogue de sono.

           Jensen sorriu e voltou para o ômega, pouco tempo depois a porta foi aberta e dois outros alfas entraram vendo a cena.

— Nossa me senti abandonado agora. — Dean afirmou fazendo seu típico drama e Castiel piscou os olhos quase dormindo de fato.

— Pode deitar também.

             Os outros alfas surpresos aceitaram o convite se deitando na cama e logo Castiel se virou aconchegando em Dean involuntariamente, o sono o pegou desprevenido.

OURS (triplets Winchesters) Destiel ABOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora