Capítulo 28

4.1K 447 45
                                    

      Castiel acordou tonto deitado em um sofá. Levou a mão a sua cabeça afastando a mão de alguém que mantinha um lenço com álcool em seu rosto.

– Onde eu estou? – Perguntou ao olhar para seus alfas que agora pareciam aliviados.

– Cass, graças às deusas. Quase nos matou do coração. – Alan abraçou o menor.

– O que houve? – O ômega indagou se sentando melhor.

– Você desmaiou baby. Está melhor? – Jensen perguntou analisando a face do companheiro.

          Então Castiel olhou ao redor e pareceu lembrar do que aconteceu.

– Cadê ele? – Questionou olhando ao redor.

– Ele quem Cass? – Jensen tornou a indagar.

– O Robert. Ele estava aqui. – Castiel respondeu levando a mão à cabeça ao parecer receber várias memórias ao mesmo tempo.

– Cass não tinha ninguém lá. Você demorou e sentimos que você não estava bem, quando chegamos lá você estava fora de si e sozinho. Você apagou duas vezes. – Alan explicou acariciando os cabelos do ômega.

– Ele saiu antes. Dean é ele. Você o conhece diz que o viu aqui. – Castiel pediu o alfa.

– Você deve estar confuso, ele não estava aqui amor. Em momento algum eu o vi. Deve ter sido alguém parecido. – Dean falou tentando acalmar o menor.

– Ok. Vocês não acreditam em mim, ele é o Chuck, meu pai não morreu. – Castiel exaltou querendo ser ouvido.

– Baby você não está bem, melhor a gente te levar para um hospital. – Jensen disse se aproximando.

– Eu estou ótimo, era ele Dean, só o Chuck me chamava do jeito que ele me chamou. – Cass explicou ainda olhando em volta.

– Você não reconheceu o cheiro dele. – Dean afirmou refutando a ideia do companheiro.

– Inibidores. Eu sei que era ele. – Castiel continuou já se levantando.

            Os Winchester apenas não queriam que o menor se iludisse, algum tempo atrás eles tinham ido atrás do pai ômega de Castiel e o que encontraram foi uma certidão de óbito.

– Chega Cass! Você só deve estar confuso pela chegada dos seus amigos e a lembrança do seu pai, deve estar confundindo pessoas como forma de sua mente não acreditar que seu pai infelizmente não está mais aqui. – Jensen disse encerrando a conversa.

          O ômega ficou triste pelos alfas não acreditarem nele, ele tinha certeza do que tinha visto e ouvido. Além do fato de Jensen ter sido grosso com ele.

– Ok alfas, foi só coisa da minha cabeça. – Falou a fim de encerrar aquele assunto.

– Ótimo. Vamos jantar. – Jensen disse e tentou tocar o ômega que desviou do seu toque saindo daquele escritório.

               Dean e Alan olharam para o irmão rosnando baixo.

– Não precisava ter sido grosso com ele. – Dean reclamou e saiu sendo seguido por Alan.

            Durante o jantar o silêncio reinava, o ômega mal tocava na comida e o único som era o dos talheres batendo contra os pratos. Assim que eles acabaram a refeição Dean elogiou seu subchefe e logo foram para casa.

– Vamos dormir Cass? – Alan chamou retirando seus sapatos deixando na entrada.

– Ah hoje não Alan. Eu quero dormir sozinho. Boa noite alfas. – Castiel despediu e subiu as escadas, chegando no quarto de hóspedes ele se jogou na cama e começou a chorar baixo.

          Ele estava triste e os alfas sentiam isso por causa da ligação, mas decidiram cada qual ficar no seu canto e dar espaço para seu ômega.

          No meio da noite Jensen rolava de um lugar para o outro e o sono não vinha, decidiu sair do quarto e ir beber água, contudo ao passar pela sala encontrou o ômega deitado no sofá.

– Cass?

         Porém o menor estava dormindo, Jensen foi a cozinha e bebeu sua água, retornou pegando o ômega no colo e o levando até o quarto de hóspedes. Ia saindo quando ouviu o menor falando em meio ao sono e algumas lágrimas.

– Não vai... papai.... pa.. pai...

– Baby. – Jensen chamou o menor tentando o acordar.

– Me solta... papai... Não... NÃO. – Cass acordou em um grito.

          Jensen o abraçou.

– Está tudo bem baby.

– Eu quero meu pai. Eu estou com saudades. – Cass chorava nos braços do alfa.

– Eu sei meu amor, eu estou aqui não precisa ter medo.

– É ele, eu sei que é. Jensen, o Robert é ele.

– Cass entendo que você esteja ...

– Quer saber deixa, você acha que estou louco, você não acredita em mim.

– Não é isso. Eu...

– Deixa, independente do que eu falar não vai resolver. Por favor me deixe sozinho. – Castiel pediu afastando o alfa.

          De manhã o ômega se juntou aos alfas para tomar seu café, porém nada descia seu estômago embrulhava com qualquer coisa. Voltou para seu quarto e pegou seu celular, procurou o contato recentemente adicionado.

– Alô.

– Oi Ash. É o Cass.

– Oi Cassie. Está tudo bem?

Sim, preciso de um favor!

– Diga.

– O Robert está aí?

– Não.

Tem o número dele? É uma emergência!

– Claro. É esse aqui, anota aí 0 00 000000-001.

– Obrigado Ash.

– Disponha Cass.

– Até mais.

– Até.

            Castiel esperou os alfas saírem e assim que não ouviu nenhum barulho deles ligou para Robert.

– Oi. – O homem respondeu assim que atendeu a ligação.

– Olá Robert ou devo te chamar pelo seu nome de verdade. – Castiel falou enquanto sentia seu coração bater tão forte que parecia que iria quebrar sua caixa torácica.

– Castiel.

– Sim eu. Precisamos conversar.

Obviamente.

– Daqui meia hora no RoadHouse. Não falte. – Avisou o mais novo.

Pode ser, não faltarei. Até lá Little Angel.

Até lá Chuck.

              Castiel desligou antes do outro dizer algo e saiu de casa, lê-se escapou. Caminhou até o local escolhido encontrando o ômega mais velho já sentado junto a uma mesa próximo a uma janela olhando por ela.

– Chuck?! – Cass chamou esperando a reação do outro.

– Oi filhote, precisamos conversar.

OURS (triplets Winchesters) Destiel ABOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora