Capítulo 18 - Civilização dos Inquebráveis. Parte IV

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O vale estava tão dourado e aquecido! Era bom estar ali novamente, sim! Os girassóis estavam cheios de vida e beleza

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O vale estava tão dourado e aquecido! Era bom estar ali novamente, sim! Os girassóis estavam cheios de vida e beleza. Tonto estava caminhando entre eles e suas mãos tocavam as folhas e suas sementes nos miolos, era bom estar de volta. O sol do seu vale era vívido e emanava uma energia reconfortante.

Tonto sentia sua pele absorvendo o calor dos raios do sol. E seu sorriso se libertou quando ele caminhou um pouco mais e viu sua casa logo após os girassóis. Quantas saudades ele sentia do seu lar, do seu pequeno quarto e dos seus pais. Rapidamente, Tonto correu em direção a porta dos fundos, que estava aberta e adentrou como um raio cheio de energia.

— Mãe! Estou de volta! Papai! Estou de volta haha!

Ele correu até a sala, que estava vazia, mas não desanimou. Foi até a cozinha novamente pois teve certeza que ouvira algo se movendo ali, mas esta também estava vazia. Partiu para o quarto dos pais, que para a sua lástima, estava frio e escuro e nesse momento, ele sentiu um nó se formando em sua garganta. Algo estava errado.

Cabisbaixo e tentando segurar as lágrimas, Tonto foi até o seu quarto que estava iluminado, pois pela sua janela, os raios do sol entravam com bravura. Ele se sentou na cama e baixou o olhar, com lágrimas já molhando seu rosto.

— Porque eu decidi abandonar vocês? Por que? Eu deveria ter ficado! — se lamentou.

Havia, porém, naquele quarto, uma presença que Tonto não havia notado. No canto mais afastado da cama, onde os raios do sol não podiam chegar, estava Goque paralisado. Quando o menino conseguiu vê-lo, quase congelou, e ao mesmo tempo explodiu de felicidade.

— Ah, Goque! Você não pode imaginar o quanto eu senti sua falta! Você disse que me esperaria do...

E ele parou de falar no exato momento em que viu o papa-cristal se mover em sua direção. Ao se revelar na luz do dia, seu corpo refletiu e refratou os raios do sol, deixando o quarto iluminado por uma energia pálida e ao mesmo tempo gélida. Tonto apertou os olhos e viu arco-íris por toda parte e sentiu uma sensação estranha com toda aquela luz que ofuscava.

E despertou.

Tudo não passara de um sonho, mas sua respiração estava ofegante, suas mãos estavam suadas e ele ainda sentia seus olhos arderem como se o seu choro realmente tivesse acontecido. Olhou em volta e viu os outros dormindo. Flora estava abraçada a Olati e Halva estava em uma posição um tanto que engraçada e desconfortável, pois seu pescoço estava tão torcido que ela com certeza acordaria com muitas dores. Corteo dormia profundamente mais afastado, com as pernas para fora da cama, as mãos por cima da barriga e o cenho franzido como se estivesse tendo um sonho não muito agradável. Tonto se moveu muito devagar, saindo da cama de maneira que os outros não despertassem. A iluminação no quarto estava muito baixa e de certa forma, era bom. Havia apenas uma vela em uma das mesinhas e estava quase no seu fim.

O Inventor de EstaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora